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Apresentação do Nivus

A Volkswagen faz por meio de "live" a apresentação mundial do Nivus, crossover compacto desenvolvido no Brasil

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A Volkswagen do Brasil apresentou nesta quinta-feira, 28 de maio, por meio de uma “live” em sua página na internet, o seu lançamento mais importante para o mercado brasileiro neste ano: o Nivus. O marketing da marca alemã define o novo modelo como um CUV (Crossover Utility Vehicle) e afirma que ele inaugura um novo segmento, mas na prática o Nivus é um utilitário esportivo compacto com um estilo traseiro que remete aos cupês. Alguns modelos na Europa já lançaram mão dessa estratégia a partir de utilitários esportivos existentes em seus portfólios. No Brasil, no entanto, é uma novidade. Na apresentação, Pablo Di Si, presidente da marca alemã para o Brasil e para a América Latina, destacou que o Nivus é o coração da chamada Nova Volkswagen. Para reforçar o conceito de inovação, a fabricante apresentou ainda um novo logotipo para a região. O Nivus estará disponível para a pré-venda no Brasil no final da primeira quinzena de junho e nas concessionárias do país no começo do segundo semestre. Na Argentina, iniciará sua trajetória no final deste ano, e em outros países da América do Sul, apenas no início do ano que vem. A fábrica de Pamplona, na Espanha, produzirá o modelo para o mercado europeu a partir do segundo semestre de 2021.

Produzido na fábrica Anchieta, no ABC Paulista, o Nivus é montado sobre a Estratégia Modular MQB, a mesmo do hatch Polo e do sedã Virtus, que permite ampla flexibilidade de construção graças aos parâmetros variáveis, entre os quais, a distância de entre-eixos. O novo carro oferece espaço interno ideal para até cinco ocupantes. Tem 4,26 metros de comprimento, 1,75 metro de largura, 1,49 metro de altura e 2,56 metros entre os eixos. O porta-malas supera a maioria dos utilitários esportivos compactos do mercado, com capacidade para 415 litros. Segundo a Volkswagen, esse benefício se deve a um design funcional a partir de uma carroceria em estilo cupê. A abertura da tampa do porta-malas pode ser feita por um dos botões virtuais da grande “vedete” do modelo, o sistema de infoentretenimento e de funções essenciais do veículo, o VW Play.

Com três versões de acabamento, o Nivus terá sempre o motor 200 TSI (turbo), da família EA211, de três cilindros, flex e injeção direta de combustível. O propulsor entrega até 128 cavalos de potência e 20,4 kgfm de torque abastecido com etanol, associado à transmissão automática de 6 velocidades. O motor é produzido na fábrica de São Carlos (SP), que já voltou às atividades depois da paralisação imposta pela pandemia do coronavírus, bem como a fábrica Anchieta, e equipa atualmente os modelos Polo, Virtus e T-Cross. Conforme o plano de vendas da Volkswagen, o Nivus terá forte penetração no público jovem e ficará focado nos consumidores atuais de hatches e sedãs premium e de SUVs.

O Nivus foi desenvolvido inteiramente no Brasil e com clínicas feitas com clientes. Com ele, a Volkswagen está promovendo sua maior ofensiva de produtos na América do Sul. “O Nivus é um marco para a Volkswagen na nossa região. É o primeiro modelo desenvolvido no Brasil e que será produzido e comercializado também no mercado europeu, um dos mais competitivos do mundo. Desde 2017, renovamos por completo o nosso portfólio, na maior ofensiva de produtos da história da Volkswagen na região. O Nivus também inaugura na América do Sul o nosso New Brand Design. É muito mais do que um novo logotipo. É uma atitude de marca, com novas cores, mais próxima das pessoas”, comemora Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina.  

Com linhas marcantes, o Nivus carrega no design uma das características que o diferencia dos utilitários esportivos compactos concorrentes. “Desde o início, definimos que o design do Nivus precisaria ser inovador, atraente e ao mesmo tempo funcional”, explica José Carlos Pavone, Head de Design da Volkswagen para a América Latina. A queda rápida e fluida da coluna “C” (a traseira) é um dos destaques do estilo e que confere o seu jeito de cupê. “Na lateral, o Nivus tem um perfil de cupê bastante característico. As proporções e os volumes definem um caráter atlético e moderno”, acrescenta Pavone. As rodas de liga leve de 17 polegadas com desenho exclusivo e os protetores de para-lamas pronunciados contribuem para um conjunto com pegada esportiva e jovial, de acordo com o comandante do departamento de design da marca alemã.

 “Os faróis são conectados com uma grade bastante dominante e com a linhas marcadas no capô, que definem o caráter robusto ao carro”, detalha Pavone, que deu início aos primeiros esboços do Nivus há cerca de quatro anos. Os faróis, os auxiliares de neblina, as luzes de circulação diurna (DRL, daytime running light) e as lanternas são em leds e conferem uma identidade visual única para o Nivus, com iluminação eficiente em todas as condições de uso. Na grade, o novo logo da Volkswagen está mais simples e bidimensional. Para os engenheiros da marca alemã, a parte traseira do Nivus é um dos destaques do produto, com um elemento horizontal unindo as lanternas, formando uma peça única e elegante. As lanternas começam na tampa traseira e se prolongam até parte da lateral. Em cima, um spoiler integrado à tampa traseira provoca um efeito de prolongamento do teto, um detalhe essencial para definir o estilo cupê e esportivo do Nivus.

Na “live”, a Volkswagen não entrou em detalhes técnicos como o preço de largada, que deve ficar em torno de R$ 85 mil, até o top de linha, por volta dos R$ 100 mil. Dentro da disputa interna por mercado, deverá existir uma diferença de cerca de R$ 5 mil para o T-Cross Comfortline em comparação ao Nivus mais completo. Apesar de a fabricante fugir do assunto, o novo e moderno Nivus certamente “roubará” vendas do T-Cross, o primeiro SUV da Volkswagen produzido no Brasil e que chegou ao mercado bem depois dos utilitários esportivos rivais no país.  

A Volkswagen acredita que a chegada do Nivus ao público em tempos de confinamento popular pela Covid-19 e fechamento parcial das concessionárias no país não será tão afetada. “Pela Realidade Aumentada e a VW Play App, será possível que o cliente leve o Virtus para sua garagem e faça um teste-drive virtual do carro, embarcando no interior do veículo e até trocando sua cor, conforme seu gosto, tudo por meio de um tablet”, promete Gustavo Schmidt, vice-presidente de Vendas e Marketing da Volkswagen do Brasil.

Em termos de segurança, o Nivus incorpora equipamentos até então disponíveis somente em veículos de segmentos superiores. Entre eles, o Detector de Fadiga, o Isofix e top-tether para fixação de cadeirinha infantil no banco traseiro, Kessy (abertura das portas e partida do motor sem contato com a chave), Controle Eletrônico de Estabilidade e auxílio de partida em rampas e câmera de ré. O ACC (Adaptive Cruise Control) está entre os itens mais avançados do Nivus. Ele permite ao motorista ajustar a velocidade e a distância que deseja trafegar em relação ao veículo à frente. O sistema é capaz de acelerar e frear automaticamente. O Nivus vem equipado com o AEB (Autonomous Emergency Brake), que, ao identificar o iminente risco de uma colisão frontal, freia o carro de maneira autônoma, evitando, em alguns casos, completamente uma colisão.

Lazer em alta

O VW Play é a “estrela da companhia”, inclusive sendo apresentado antes mesmo de o Nivus aparecer sem camuflagens para o público. A Volkswagen assegura que a central multimídia, totalmente desenvolvida no Brasil, oferece uma inédita experiência de usabilidade intuitiva. Com tela de 10 polegadas de alta resolução, sensível ao toque, antirriscos e com botões virtuais, a plataforma adota não somente os mais modernos recursos de conectividade como também garante uma série de serviços e streaming. Aliado ao painel digital (Active Info Display), cria duas grandes ilhas digitais no painel do Nivus. São duas telas de 10 polegadas (tamanho de um tablet) interligadas, oferecendo conectividade e entretenimento sem precedentes em um veículo dessa categoria. Trata-se de um “cockpit digital”, dotado de uma interface intuitiva e moderna, que pode ser comandada pelos botões no novo volante.

Junto com o Nivus, estreia ainda a VW Play App, uma loja virtual exclusiva para o cliente Volkswagen, para download de aplicativos direto pelo VW Play, com a mesma facilidade com que se baixa um aplicativo em um smartphone. São 10 GB de memória (espaço suficiente para abrigar vinte e cinco vezes o tamanho do Waze, por exemplo) para download de uma série de Apps, uma parceria exclusiva com a Volkswagen. Estapar (estacionamento), Ubook (audiobook), Porto Seguro, Deezer (música), Waze (navegação) e IFood (delivery de comida) são alguns parceiros.  

Em resposta provocativa à Chevrolet, que oferece Wi-Fi pago, a Volkswagen faz a pergunta via texto de apresentação do Virtus: “Se você já paga uma conta de celular ou de internet sem fio na sua residência, por que ter outra conta para a internet do seu carro?”. Assim, a Volkswagen habilitou o recurso de conexão com a internet do VW Play, por roteamento de celular ou por um Wi-Fi. Ao ser conectado, o sistema oferece as mesmas funções de um dispositivo de tecnologia, buscando músicas, baixando aplicativos e atualizando rotas no sistema de navegação.

Nova versão híbrida

Toyota RAV4 2024 é um híbrido plug-in e desembarca no Brasil com preço de R$ 399.990

O utilitário esportivo tem autonomia de 55 quilômetros no modo 100% elétrico

17/04/2024 08h28

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid Divulgação

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A Toyota do Brasil acaba de anunciar a chegada do RAV4 Plug-in Hybrid.

O utilitário esportivo lançado em 1994, que chegou ao mercado brasileiro em 2013 na sua quarta geração, desembarca agora na sua versão híbrida recarregável na tomada. Importado do Japão, o modelo tem preço que parte de R$ 399.990 e cinco opções de cores: Branco Lunar, Prata Metálico, Cinza e Azul Topázio e Vermelho Emoção.

Independentemente da cor escolhida, o teto é sempre em preto. Seu conjunto Hybrid Dynamic Force une um motor a combustão de 2,5 litros com 185 cavalos de potência e 22,3 kgfm de torque a dois elétricos, o dianteiro de 182 cavalos e 27,4 kgfm e o traseiro de 54 cavalos e 12,1 kgfm.

Entrega uma potência combinada de 306 cavalos, aliando a transmissão do tipo CVT ao propulsor a combustão interna, que leva o SUV de zero a 100 km/h em seis segundos, com autonomia de 55 quilômetros no modo totalmente elétrico.

O modelo alcança ainda uma média de 35 km/l em ambientes urbanos e 30 km/l em estradas. Durante este mês, a marca japonesa comunicará quais as concessionárias da rede no país receberão o novo RAV4.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

O RAV4 tem quatro modos de operação para seu sistema híbrido plug-in: “Normal”, “Eco”, “EV” (elétrico) e “Sport”.

O SUV vem equipado com um carregador portátil convencional de 2,3 kW e um Wallbox de 7,4 kW, que permite a recarga das baterias em duas horas e meia.

De acordo com a marca oriental, a facilidade de carregamento é uma característica dos veículos híbridos plug-in da Toyota.

O bocal para introdução do plug está localizado no para-lama traseiro direito, sendo acessível por meio de uma tampa que trava e abre automaticamente conforme a abertura ou o trancamento do veículo.

O compartimento tem proteção térmica e uma luz indicadora para mostrar como está o processo de carregamento e quando ele é concluído.

A Toyota equipou o SUV com uma série de novos recursos de ajuda à condução e de segurança, como a assistência de permanência de faixa e alerta de oscilação, projetada para monitorar as marcações da estrada e ajustar automaticamente a direção para ajudar a não sair da faixa, fornecendo suporte de direção adicional e alertas sonoros.

O sistema traz câmera de reconhecimento frontal, radar e sensor de monitoramento de ponto cego, auxiliando o condutor em diferentes situações. Traz ainda assistência de farol alto automático e aviso de saída de faixa com opção de som ou vibração do volante.

“O RAV4 Plug-in Hybrid reforça a oferta de produtos eletrificados da Toyota no Brasil. A nova versão é mais uma alternativa para impulsionar a descarbonização por meio de novas tecnologias de eletrificação alinhadas ao contexto local e às necessidades dos clientes”, destaca Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

O Toyota Safety Sense segue presente no SUV, com o sistema de pré-colisão frontal com detecção de pedestres e ciclistas e frenagem automática de emergência.

O controle de cruzeiro adaptativo (ACC) teve mudanças e pode ser ajustado em todas as velocidades, com reconhecimento de placas de trânsito e redução de velocidade em curvas.

A lista de segurança inclui sete airbags - dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelhos do motorista -, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, freios ABS com EBD, assistência à frenagem de emergência, luzes de freio de emergência e dois pontos de ancoragem Isofix para cadeirinhas de criança.

Dentro, o SUV produzido em Takaoka e Nagakusa, no Japão, apresenta novidades em relação à versão SX Connect Hybrid, como tela de multimídia de 10,5 polegadas de alta resolução com conexão para smartphones e tablets, por meio de espelhamento com Android Auto ou Apple CarPlay, e visualização da câmera traseira com linhas-guia dinâmica.

O computador de bordo tem tela de TFT colorida de 12,3 polegadas, enquanto o Head-up display mostra informações de velocidade e conta com reconhecimento de placas de trânsito.

O RAV4 Plug-in Hybrid dispõe de ar-condicionado digital de duas zonas e acionamento remoto, abertura e fechamento da tampa do porta-malas também pela chave do veículo e retrovisores externos autorretrateis com ajustes elétricos, indicador de direção e sistema de aquecimento (desembaçador).

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

Com mais de 20 milhões de veículos comercializados, a Toyota lidera globalmente no segmento de eletrificados.

A marca japonesa celebra agora os 11 anos da introdução do primeiro híbrido no mercado nacional, o Prius, lançado em 2013, que ajudou na popularização de uma tecnologia até então desconhecida no país.

A montadora inovou também em 2019 ao lançar o sistema híbrido flex, com o Corolla sedã, e que equipa ainda o SUV Corolla Cross desde 2021.

Até 2026, a Toyota investirá R$ 5 bilhões na produção de um novo veículo compacto híbrido flex, com lançamento previsto para o próximo ano, além de outro modelo com a mesma tecnologia destinado especialmente para o Brasil.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

TEST DRIVE

Versão Savana é a mais radical da picape média Mitsubishi L200 Triton

A L200 Triton Savana tem preço sugerido de R$ 299.990 e é produzida em Catalão (GO)

15/04/2024 14h41

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana Luiza Kreitlon/AutoMotrix

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Desde sua primeira geração, apresentada no Japão há mais de 40 anos, a proposta da picape Mitsubishi L200 é reunir o conforto e a dirigibilidade de um utilitário esportivo de luxo com uma ampla capacidade para o off-road. Tal capacidade para enfrentar de forma destemida as trilhas, os lamaçais e os buracos é particularmente explícita na versão Savana. Criada em 2004 para o mercado brasileiro, é caracterizada por incorporar como itens de série modificações comuns entre os proprietários da L200 que faziam uso pesado, como pneus fora-de-estrada e snorkel. Apresentada há um ano, a atual L200 Triton Savana tem preço sugerido de R$ 299.990 e é produzida em Catalão (GO), na fábrica da HPE Automotores do Brasil, representante oficial da marca Mitsubishi Motors no país. A versão é oferecida em quatro opções de cores: Amarelo Rally (a do modelo testado), Verde Forest, Bege Jizan e Branco Fuji. A picape conta com cinco anos de garantia de fábrica.

A base da Savana é a L200 Triton Sport HPE, de R$ 269.990. Os generosos cromados do modelo original dão lugar a plástico preto sem pintura na grade, capa dos retrovisores e em outros detalhes. Sob o para-choque está uma placa de deslizamento, também em preto, que protege a mecânica e ajuda a transpor obstáculos. Os faróis são em leds e auxiliados pelas luzes de neblina. O snorkel vem de série e amplia a capacidade de transpor trechos alagados de até 70 centímetros. No teto da cabine está um bagageiro com capacidade para até 50 quilos e que abriga pranchas de desencalhe – que funcionam como uma versão “profissional” do macete clássico dos donos de Fusca, que colocavam os próprios tapetes do carro sob os pneus para escapar dos atoleiros. Na caçamba da Mitsubishi L200 Triton Savana 2024, que conta com acabamento anti-riscos, há uma caixa com chave na lateral. As rodas de liga leve de 18 polegadas com pneus 265/60 de uso urbano da L200 Triton Sport HPE são substituídas por rodas de aço estampado de 17 polegadas, mais resistentes a impactos. Os pneus são o Goodyear Duratrack 265/70R17, específicos para uso mais pesado no fora-de-estrada. Os para-lamas recebem alargadores em plástico para proteger a carroceria de riscos. Sob as portas, onde costumam ficar os estribos, estão os “rocksliders”, barras que protegem a parte inferior das laterais da carroceria.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix 

O motor da L200 Triton Savana é o mesmo que equipa todas as versões da picape média. É um 2.4 turbodiesel de quatro cilindros com estrutura leve em alumínio que traz a tecnologia de válvulas variáveis MIVEC e turbina de geometria variável. Desenvolve 190 cavalos de potência e 43,9 kgfm de torque. A transmissão automática de 6 marchas tem opção para trocas sequenciais por meio de particularmente avantajados “paddles shifters” localizados atrás do volante. O sistema Super Select 4WD-II (SS4-II) oferece ao motorista quatro modos de operação: “2H” – usado para estradas e vias públicas, privilegia a economia de combustível com desempenho suave –, “4H” – para estradas e pisos irregulares, inclusive asfalto, serra e em condição de chuva, com o sistema distribuindo automaticamente a tração entre os dois eixos, por meio do diferencial central –, “4HLc” – para terreno acidentado com superfícies de baixa aderência como terra e cascalho – e “4LLc” – para subidas ou descidas íngremes, rochas, areia e lama. A L200 Triton Savana conta ainda com o “Off-Road Mode”, preparando a picape para ficar mais resistente para terrenos mais severos, e o controle de descida em rampas. Para situações em que uma ou mais rodas estão sem contato com o chão, a picape conta com o sistema ativo de controle de tração. O bloqueio do diferencial permite que as rodas de trás recebam tração de forma idêntica, sendo útil em atolamentos.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton SavanaTeste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Experiência a bordo

A Mitsubishi L200 Triton Savana não tem um visual interno dos mais contemporâneos –, questão que talvez nem incomode o consumidor típico da versão. Mas isso deve ser resolvido com a esperada atualização da nova geração, já confirmada para o Brasil. Os instrumentos têm aspecto conservador. Uma grande alavanca de freio de mão no console ocupa um espaço bem maior que os botões dos freios de estacionamento eletrônicos das picapes mais recentes. A central multimídia JBL traz tela sensível ao toque de 7 polegadas – pequena para os padrões das atuais concorrentes –, integrada aos smartphones por meio das tecnologias Apple CarPlay e Android Auto, com GPS embarcado. A chave é simples, do tipo com com a parte metálica exposta, algo inesperado em um modelo da faixa dos R$ 300 mil.

Embora conte com alças frontais, a picape é alta e faz falta um estribo para facilitar o acesso – os “rocksliders” não cumprem a mesma função. Para aumentar a percepção de requinte, há detalhes em preto brilhante no painel e um inclinômetro gráfico longitudinal e lateral, assim como indicador de esterçamento das rodas dianteiras – equipamento bastante útil no “off-road”. Os bancos são em um revestimento de aspecto elegante, que imita couro, sendo o do motorista com regulagens elétricas. Os espaços na traseira são amplos e confortáveis. A picape traz ar-condicionado de duas zonas, que se completa com eficientes saídas de ar colocadas no teto, permitindo a refrigeração de toda a cabine de forma mais rápida. Os passageiros do banco traseiro podem ajustar a intensidade da ventilação em até quatro níveis. E o carpete do interior dá lugar a um material emborrachado, que facilita a limpeza.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton SavanaTeste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Impressões ao dirigir

A Savana é um off-road à moda antiga – do tipo que agrada saudosistas de veículos lameiros radicais, como o extinto Toyota Bandeirante e os Land Rover Defender do século passado. Nas trilhas, o conjunto da picape da Mitsubishi esbanja consistência e robustez. Não há mudanças mecânicas em relação às outras configurações da L200 e a Savana mantém o 2.4 turbodiesel, com construção em alumínio e variador de tempo de válvulas na admissão e no escape. O motor entrega 190 cavalos em 3.500 rpm e robustos 43,9 kgfm em 2.500 rpm – força suficiente para performances convincentes, tanto na estrada quanto fora dela. Tem boa elasticidade e se entende bem com o câmbio automático de 6 marchas, com opções para trocas sequenciais nos “paddles shifters”. As trocas são suaves e a oferta de torque é farta. Na estrada, não falta disposição para levar as mais de duas toneladas da picape até velocidades elevadas ou para fazer ultrapassagens seguras. Segundo a etiquetagem do Inmetro, o consumo da L200 Triton Sport Savana é de 9,3 km/l no uso urbano e de 10,3 km/l no rodoviário.

Se não há diferença mecânica da Savana em relação às outras L200, há características acústicas distintas. O som reverberado pelo snorkel na coluna frontal direita se faz notar na cabine. Os pneus lameiros impõem um rodar mais rumoroso e o rack no teto também emite sua sonorização adicional. A direção tem assistência hidráulica e é um tanto pesada nas manobras, também por conta dos pneus. O feixe de molas na traseira e o curso da suspensão dianteira não favorecem tanto conforto no uso urbano e nem um comportamento dinâmico mais arisco nas curvas em velocidades mais elevadas. Contudo, entregam uma reconfortante confiabilidade a quem enfrenta obstáculos como valões, atoleiros, pirambeiras e dunas de areia. O ambiente no qual a L200 Triton Savana se sente mais à vontade é nas trilhas – é o veículo mais robusto que a Mitsubishi Motors já produziu no Brasil. A sensação tranquilizadora no “off-road” é reforçada pelo sistema de tração 4x4, que conta com modos 4x2, 4x4 automático, 4x4 50/50 e 4x4 com reduzida, além do seletor de fora-de-estrada e o bloqueio do diferencial traseiro. A reduzida ajuda a passar por obstáculos mais complicados e os pneus reforçam expressivamente a valentia da Savana. O Off-Road Mode deixa a picape mais preparada para encarar os mais variados tipos de terreno, com quatro modos: “Cascalho”, “Lama/Neve”, “Areia” e “Pedra”. Os atributos para as trilhas são respeitáveis: ângulo de entrada de 33 graus, ângulo de saída de 24 graus e altura livre em relação ao solo de 23,3 centímetros.

As assistências semi-autônomas ativas – controle de tração e de estabilidade, assistente de frenagem de emergência, sistemas de frenagem autônoma, de monitoramento de pontos cegos e de prevenção de aceleração involuntária e controle ativo de tração estabilidade – andam valorizadas nas picapes médias mais recentes. Na linha L200 Triton, estão disponíveis apenas na versão Sport HPE-S, que custa exatamente os mesmos R$ 299.990, porém não aparecem na Savana. Tais tecnologias talvez nem combinem tanto com a proposta “ lameira raiz” da L200 Triton Savana, pois sensores e radares são equipamentos delicados, que normalmente sentem o impacto do uso mais extremo.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

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