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Por influência dos pais, filhos crescem com vontade de "fazer arte"

Por influência dos pais, filhos crescem com vontade de "fazer arte"

CASSIA MODENA

11/08/2017 - 10h30
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Do pai, eles herdaram um pouco mais do que certos traços, hábitos e sobrenome. Por influência dessa figura, também cresceram com a vontade de fazer arte e de trabalhar com ela – e decidiram experimentar o novo dentro da área, levados por esse impulso.

Marcas de tinta, gravuras e música erudita estavam em todos os cantos da casa em que Jonas Feliz e os irmãos cresceram, em Campo Grande. Quem os cercou disso tudo foi o pai, Júlio, que na época trabalhava ativamente como professor de Artes e desenvolvia pesquisa sobre criação de instrumentos musicais alternativos.

A técnica de confecção de instrumentos foi só uma das coisas que ensinou. Também incentivou com as aulas de violão clássico durante a adolescência do filho e apoiou o gosto dele e dos irmãos pelas artes em geral.  

Jonas Feliz formou-se em Música e hoje a ensina em escolas e projetos sociais, é fagotista na Orquestra Municipal Sinfônica da Capital e trabalha como produtor musical em estúdio próprio.

Atualmente, pesquisa também instrumentos musicais, como fez o pai, mas voltou-se para os étnicos. Teve ainda outras experiências na vertente musical com a Orquestra de Violões de Campo Grande e com o grupo de percussão Bojo Malê, dos quais fez parte.

A influência paterna foi além do ensino da técnica. “O mais importante que ele me passou foi a questão crítica, isso de saber selecionar, apreciar a música e usar esse tipo de disciplina no dia a dia e na carreira”, diz o filho.

Querer inovar no que pesquisa é algo que também vem do pai. “Sempre me incentivou a fazer isso, não só na música, mas em qualquer assunto. Ele diz que é preciso ter um aprofundamento, ir um pouco mais a fundo, e aprendi isso com ele”.

Tiveram muitas oportunidades de trabalhar e tocar juntos. Participaram, inclusive, de competições musicais. Atualmente, o pai mora em Portugal com a mãe de Jonas.

 O filho também será pai em breve e acredita que influências como as que ele teve são positivas quando a criança é atraída naturalmente pelas artes. “Não se força nada, o importante é deixar à disposição e ao alcance dela”.

VIOLEIROS

As lembranças dos primeiros shows em que Gabriel Sater viu o pai tocar permanecem. “Eu ficava arrepiado de estar ali. Ouvia cada música atentamente, sentado em meio à plateia”, conta ele. 

Nem pensa antes de dizer que Almir é o “grande ídolo” e que se espelhou nele ao escolher as carreiras de músico e ator. 

Ele morou com a mãe durante a infância e cresceu ouvindo não somente o pai, mas toda a família tocando. 

A paixão pela música surgiu aí e cresceu enquanto entendia que o pai estava fazendo história com uma viola na mão. “Fui descobrindo que aquilo que ele fazia com o instrumento era demais, que o estilo dele de tocar e de compor significava uma revolução musical e que ele estava fazendo escola na MPB”, diz Gabriel.

O mesmo aconteceu em relação à atuação, quando o pai estreou como ator na novela “Pantanal”, em 1990. “Isso também estava na nossa veia musical. Eu era muito fanático, assistia sempre à novela. Aquele universo ficou marcado na minha memória de criança e isso refletiu na minha paixão por essa carreira também”.

Decidiu ser músico aos 17 anos, apesar da desconfiança da mãe. Ela logo cedeu. Almir apoiou desde o início, e continua apoiando. 

O sobrenome abriu algumas portas, mas nunca facilitou nada. Apesar do apoio aberto, Almir não ajudou diretamente a alavancar a carreira do filho. Gabriel afirma que sempre entendeu o porquê. 

“Apesar de sempre apoiar e confiar no meu talento, nossas carreiras sempre foram totalmente independentes.

Ele nunca fechou show para mim e eu sempre tive esse espírito independente de querer ir lá e fazer eu mesmo. Paternidade e carreira são coisas que separamos. O que tive, sempre que precisei, foram os conselhos dele”, revela.

Pai e filho são vizinhos atualmente e moram em São Paulo (SP). Têm-se visto pouco, entretanto, porque estão atolados de trabalhos. 

Almir está em turnê com o projeto “Tocando em Frente”, enquanto Gabriel divulga o disco “Indomável”. Recentemente esteve no Festival de Inverno de Bonito (FIB) e apresentou o novo trabalho, que foi elogiado.

Além disso, o filho está produzindo clipes musicais com ídolos como Renato Teixeira e Sérgio Reis. Como ator, a carreira também vai bem. Ele conta que está envolvido em diversos trabalhos nessa área. 

Espera, agora, a oportunidade de estar ao lado pai no palco novamente. “É maravilhoso, acho que a última vez que tocamos juntos foi em Campo Grande, há muitos anos. Somos dois artistas singulares no palco, e isso é muito legal”.

TRABALHO

Lincoln Gouvea é publicitário e músico como o pai, Eduardo Lincoln Gouvea. São conhecidos pelos amigos e por familiares como “Lincão” e “Linquinho”. Os dois moram em Campo Grande.

Eduardo, 62 anos, é baterista e atualmente toca na banda Yestersom. Já tocou também com Juci Ibanez, Zé Pretim e outros artistas sul-mato-grossenses. O filho, de 34 anos, é vocalista da banda de reggae Canaroots.

Vendo que Lincoln assistia aos shows com entusiasmo quando criança, o pai comprou uma bateria para ele.

Aos 7 anos de idade, começou a estudar em uma escola de música, mas gostava de pegar dicas em paralelo com o pai, em casa, e com um amigo dele. “Ele sempre foi a maior inspiração para mim”, diz. 

Quando adolescente, começou a se interessar por violão e aprendeu a tocar aos 14 anos. Depois de morar algum tempo em Florianópolis, veio com a ideia de cantar reggae. O pai não ficou chateado por ele ter abandonado a bateria, pelo contrário.

“Ele sempre disse que eu poderia fazer o tipo de música que quisesse, mas deveria pensar em estudar também. A música teria de caminhar junto com o que eu fizesse. Hoje, trabalho com publicidade e também sou músico, fiz como ele”, conta.

Os dois compartilham do gosto pelo gênero e também por jazz e samba, e sempre que podem sobem ao palco juntos.

O filho chegou à afinação ideal para cantar na própria banda com a ajuda do pai. “Ele acompanha, dá uns toques sobre isso. Quis cantar depois de vê-lo fazer backing vocal. Ele é a minha referência em tudo o que faço”, afirma.

Projeto social

Com mais de 400 assistidos, Moinho Cultural promove campanha para doações via Imposto de Renda

Os contribuintes têm a oportunidade de destinar até 6% do imposto devido para causas sociais, sendo 3% para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente

19/04/2024 13h30

O projeto Moinho Cultural atende 400 crianças em Corumbá. Divulgação/Assessoria

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O Moinho Cultural está lançando a campanha "Leão, amigo das crianças" para incentivar doações através da Declaração de Imposto de Renda. O objetivo é aumentar o suporte a projetos sociais destinados a crianças e adolescentes, reforçando o compromisso da organização com o desenvolvimento humano e a inclusão social.

Durante o processo de declaração do Imposto de Renda, os contribuintes têm a oportunidade de destinar até 6% do imposto devido para causas sociais, sendo 3% para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e 3% para o Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa. Essa destinação não acarreta em nenhum custo adicional para o contribuinte e está disponível apenas para aqueles que optam pelo modelo completo de declaração.

De acordo com Márcia Rolon, diretora executiva do Moinho Cultural, "a campanha é uma chance para que cada cidadão brasileiro contribua diretamente para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Ao destinar parte do seu imposto de renda para o Moinho Cultural, você está investindo no futuro de crianças e adolescentes, garantindo acesso à cultura, educação e assistência social."

O procedimento para realizar a doação é simples e pode ser feito durante o preenchimento da declaração do Imposto de Renda. Após inserir todas as informações necessárias, o próprio sistema calcula automaticamente o valor do imposto devido. Em seguida, basta acessar a opção de doações diretamente na declaração, selecionar o fundo desejado e indicar o valor a ser destinado, dentro do limite permitido.

Dentro do programa da Receita Federal, na seção de Doações, os contribuintes podem selecionar a aba Criança e Adolescente e, em seguida, clicar em Novo para escolher o fundo ao qual desejam destinar a doação: nacional, estadual ou municipal.

Os contribuintes têm a possibilidade de acompanhar o valor disponível para destinação, decidir quanto desejam destinar ao fundo e emitir o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) referente ao valor da doação. É importante destacar que o pagamento do Darf deve ser feito até o dia 31 de maio.

Se não houver imposto a pagar, mas sim a restituir, será gerado um Darf para cada fundo escolhido pelo contribuinte, que também deverá ser pago até o dia 31 de maio.

Após o pagamento do Darf, os contribuintes que optaram por ajudar o Moinho Cultural devem enviar uma cópia da destinação para o e-mail [email protected]. A partir disso, a instituição encaminhará ao CMDCA (Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente) para ter acesso aos recursos.

Em Mato Grosso do Sul, a Receita Federal espera receber 623 mil declarações de imposto de renda até 31 de maio, data limite para a entrega. No país, espera-se um total de 43 milhões de declarações até o prazo final.

Para mais informações sobre como fazer uma doação através da Declaração de Imposto de Renda, entre em contato com o Moinho Cultural pelo e-mail [email protected].

 

*Com informações da assessoria.

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Eventos literários, série filosófica, cinema para autistas, shows diversos e muito mais

Eventos literários em Campo Grande e Corumbá, série filosófica no Teatro do Mundo e cinema para autistas estão na programação, que tem ainda show dos 27 anos de carreira da banda Naip

19/04/2024 10h00

A apresentadora Thais Umar e o filósofo Jô pilotam os cinco episódios da série, que serão exibidos, com debate, neste sábado, a partir das 16h, no Teatro do Mundo, grátis Divulgação

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Neste ano, a banda Naip completa 27 anos, com uma trajetória que inclui músicas autorais, participação em eventos e shows nacionais e internacionais, além do lançamento de duas canções inéditas em breve.

O grupo realizará amanhã um show no Sunset Growler Station, em Campo Grande, em uma apresentação repleta de rock e sucessos atemporais.

“Nosso repertório transita pelo pop-rock nacional e internacional, incluindo os clássicos e sucessos atuais e, para essa noite especial, estamos preparando as músicas que o público sempre nos pede, aquelas que fazem parte da história e da memória afetiva de cada um”, adianta o baterista Alexandre Lacorte.

O show conta ainda com a presença do DJ Marquinhos Morais, convidado para animar o público na abertura e no intervalo da Naip. Entre as fãs está a jornalista Vanessa Amin, que tem a Naip como uma de suas bandas favoritas.

“Acompanho os meninos desde antes da formação da Naip, quando parte dos integrantes faziam parte dabanda Inverno Russo, nos anos 90. Fui em shows com todas as formações. Acabei me tornando amiga de todos e fui até a alguns ensaios deles na casa do André e do Rafael. Sou fã e admiro a todos pelo profissionalismo, talento e amizade que cultivam entre eles”, conta Vanessa.

Na década de 1990, Guga Borba, Guilherme Cruz, Alexandre Lacorte, André Coelho, Leonardo Maciel e Rafael Coelho deram início ao percurso da Naip, que, ao longo dos anos, participou de shows de artistas como: Jota Quest, Nando Reis, Raimundos, Ira, Capital Inicial, Supla, Ivete Sangalo, Tihuana, O Rappa, Scalene, Maskavo, Armandinho, Tico Santa Cruz e o astro internacional do cinema e da música Peter Fonda. Foram mais de 400 shows até hoje.

Algumas mudanças ocorreram ao longo do tempo e novos nomes se juntaram aos fundadores da Naip, que hoje conta com Alexandre Lacorte (bateria), André Coelho (teclado) e Rafael Coelho (baixo), da formação original, e ainda com Caio Dutra (guitarra) e Carlos Eduardo (vocais), que completam a nova fase.

O Sunset funciona a partir das 18h, no endereço Avenida Afonso Pena, nº 5.668, Chácara Cachoeira. Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/naip-no-sunset-growler/2413304.]

 

Kung Fu Panda 4CINEMA “Kung Fu Panda 4” - A animação será exibida amanhã, às 15h30min, no Cinépolis Norte Sul; sessão especial para pessoas autistas

MIOLO

Hoje, a partir das 18h30min, o escritor e artista educador carioca Caio Zero é o convidado do primeiro encontro do projeto Miolo: Circuito de Leituras Integrais, com entrada franca, no Bar Copo.

Autor de obras finalistas do prêmio HQ Mix, um dos mais disputados do mundo dos quadrinhos, Caio vem a Campo Grande para mediar uma leitura integral, em grupo, do livro “Azul Dentro do Banheiro” de Marlene Mourão, a Marzinha.

O livro foi celebrado pelo poeta Manoel de Barros, que escreveu uma carta à autora elogiando sua obra. Além de Caio, participarão da leitura a atelierista Ana Espinosa Horn e a psicanalista Ligia Burton.

O escritor conduzirá os presentes a um bate-papo sobre a obra de maneira colaborativa. Para participar, é necessário levar um quilo de alimento não perecível. Endereço: Rua 14 de Julho, nº 2.530, Centro.

Amanhã, Caio realizará uma oficina literária, na sede da Central Única das Favelas (Cufa) de Campo Grande, no Bairro São Conrado, que será destinada ao público jovem e adulto e tem como objetivo experimentar a linguagem dos quadrinhos a partir de exercícios de criação e de uma conversa sobre processo criativo na produção das histórias em quadrinhos, temáticas, pensamento e narrativa. 

“Estou animado para oferecer a oficina. Sempre dá um frio na barriga, mas, ao mesmo, tempo é animador, principalmente por estar trabalhando com literatura e arte. São coisas que me empolgam bastante. Além disso, estou curioso para conhecer mais o pessoal que fomenta a produção literária local e também os participantes dessa experimentação”, revela Caio.

A oficina terá duração de uma hora e meia e os participantes deverão levar papéis em branco sem pauta, lápis, borracha, apontador e uma caneta preta ou azul. As vagas são limitadas e os interessados deverão se inscrever pelo link na bio do Instagram: www.instagram.com/hamorlivraria.

POLCA PARAGUAIA

Nascida em Corumbá e vivendo fora do País há 38 anos, Bernadete Piassa lança hoje seu primeiro livro, “Polca Paraguaia”, em Corumbá, a partir das 18h, no Museu Casa Dr. Gabi. Na terça-feira, o lançamento será em Campo Grande, a partir das 19h, na Livraria Leitura (Shopping Campo Grande).

“Seu coração nunca se esquece de seu lugar de origem. Você pode viajar, mas aquilo que ficou em você da sua infância tem um impacto muito profundo. Aquela Corumbá que ficou na minha lembrança existe para mim muito forte. A partir do momento que você fica mais velha, você se volta para o passado, então, mais do que nunca, as lembranças se fazem presentes”, diz Bernadete, dando pistas do seu romance de estreia.

LITERATURA “Polca Paraguaia” - Bernadete Piassa lança seu primeiro romance hoje, a partir das 18h, no Museu Casa Dr. Gabi, em Corumbá

VAN FILOSOFIA

Exibida recentemente nas manhãs de domingo, em rede nacional, pela TV Brasil, a série “Van Filosofia” ganha exibição na íntegra, neste sábado, das 16h às 20h, no Teatro do Mundo (Rua Barão do Melgaço, nº 177, Centro), com entrada franca.

A proposta da sessão é fazer uma imersão filosófica, com a exibição dos cinco episódios da produção, seguidos de debate com presença de entrevistados, equipe e filósofos.

A série Van Filosofia propõe um diálogo sobre as relações humanas a partir de alguns dos grandes temas da humanidade, mostrando o que há de comum no nosso dia a dia com o pensamento de filósofos em uma viagem pelo tempo e pelas ruas da cidade. 

Embarcados em uma van, pessoas comuns da sociedade com diferentes perfis e opiniões compartilham suas experiências de vida. O filósofo Josemar Maciel, o Jô, e a apresentadora Thais Umar fazem a ponte das questões colocadas pelos passageiros com a filosofia. A direção é de Lú Bigatão.

PARA AUTISTAS

Amanhã, a Cinépolis Norte Sul terá uma sessão inclusiva e adaptada às pessoas com autismo e outras síndromes, transtornos ou doenças que acarretam hipersensibilidade sensorial. Desta vez, será exibido o filme “Kung Fu Panda 4”, às 15h30min.

Na sessão inclusiva e adaptada, o filme é exibido com o volume de som reduzido, 50% das luzes permanecem acesas, não há exibição de publicidades e trailers e também é permitido entrar e sair da sessão a qualquer momento. A sala inclusiva adaptada é aberta para todo o público.

 

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