A partir desta quinta-feira (26) estreia aqui, no Portal Correio do Estado, a coluna MEMÓRIA DO CORREIO. Rotineiramente nossa equipe convida você, leitor, a embarcar com a gente na máquina do tempo dos 64 anos de história do jornal mais tradicional e querido de Mato Grosso do Sul para reviver reportagens, causos e histórias que marcaram nossa trajetória ao longo desse rico período. Você encontrará aqui desde fatos relevantes à história do nosso Estado até acontecimentos curiosos,que deixaram nossas linhas para fomentar, até hoje, o imaginário da população sul-mato-grossense. Embarque com a gente e reviva junto conosco o que de melhor nosso arquivo tem a oferecer.

Aconteceu em 25 de julho de 1973, uma quarta-feira. 

Já pensou, você está tranquilo viajando por uma das estradas de Mato Grosso do Sul quando bruscamente o percurso tem de ser interrompido porque um avião atravessou a pista? 

Pois bem. Na tarde daquele dia, conforme o Correio do Estado estampava logo em sua capa, quem deixava Campo Grande sentido ao seu vizinho mais rico, São Paulo, teve de refazer os planos pelo motivo insólito. 

Nada menos que um Douglas, modelo de avião que hoje poderia ser correspondente pelo tamanho a um Boeing normal de carreira das companhias aéreas, precisou usar o asfalto da BR-267, principal via de acesso para terras paulistas, para conseguir fazer sua aterrizagem.

O texto explica a cena cinematográfica. 

O avião pertencia à Força Aérea Boliviana e trazia 12 militares do país vizinho para um evento em Campo Grande com autoridades brasileiras, no domingo anterior. Procurava a Base Aérea da nossa atual Capital, mas o tempo chuvoso impediu a visualização.

A solução foi usar a própria BR, na altura do km 104, no distrito de Casa Verde, então pertencente a Campo Grande, hoje de Nova Andradina. 

O que seguiu nas linhas do Correio chama a atenção. "Observando que a gasolina de seu avião estava no final, o piloto procurou baixar o máximo possível, localizando a estrada, sobre a qual deu várioss voos razantes, advertindo aos motoristas que algo anormal estava acontecendo. Quando o trânsito foi paralizado, a aeronave, graças à perícia do piloto, pousou com segurança..."

O sucesso foi confirmado pelo fato de que nenhum dos passageiros ou tripulantes ficou ferido.

Difícil de imaginar algo assim acontecendo com naturalidade hoje? Pois o que se seguiu é mais complicado ainda de acontecer nos dias atuais.

Por dois dias, diz o texto, os trabalhos de reabastecimento e reparos do avião foi realizado em plena BR. E, um dia depois, conforme prometia nossa reportagem, a própria pista da estrada seria usada pelo piloto para arrematar voo e decolar de volta rumo à Bolívia, com os mesmos passageiros, que durante o período ficaram hospedados no 'Cassino dos Oficiais', hotel exclusivo do Exército Brasileiro, que existe até hoje, na Avenida Afonso Pena. 

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