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Período de seca já reflete no preço do
leite, que deve subir até 10%

Aumento de preços é comum na estação de inverno

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Com a proximidade da estação de inverno, o clima de Mato Grosso do Sul registra períodos de seca que refletem diretamente na produção de leite regional. Estimativas já foram divulgadas e a média de reajuste do leite em saquinho deve crescer no mínimo 7,43%, saindo dos atuais R$ 2,69 para R$ 2,89 reais. 

A informação divulgada pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul (Silems), foi realizada junto as principais indústrias do Estado e os reflexos devem ser comprovados a partir da primeira quinzena de junho. Já nos derivados do leite como queijo, manteiga e mussarela o aumento pode superar 10%. 

De acordo com a presidente do Silems, Milene Nantes, esse aumento é sazonal e acontece todos os anos em razão da estiagem, quando diminui a quantidade de chuvas. "O primeiro reflexo é a redução das pastagens que servem de alimento para o rebanho leiteiro. Com menos alimentos,  o gado tende a produzir menos leite”, ressaltou. 

Aliado ao período de seca, o consumo também costuma ter uma elevação nesta época do ano. “Com o início das baixas temperaturas, é comum as pessoas tomarem mais leite. Essa alta demanda pelo produto, que já tem uma oferta reduzida por conta da queda da produção, contribui ainda mais para o aumento do preço nos mercados”, reforçou a representante da indústria laticínia em Mato Grosso do Sul. 

Milene Nantes ainda destaca que o reajuste chega para manter a lucratividade das indústrias de laticínias do Estado.

“Já tivemos uma alta de 3,86% de abril para maio, quando o preço médio subiu de R$ 2,59 para R$ 2,69. Esses valores são referentes a Mato Grosso do Sul, mas o aumento é uma tendência nacional, pois todos os anos essa sazonalidade acontece e a maioria dos produtores e empresários já está preparada”, completou.