Correio Rural

PECUÁRIA DO PANTANAL

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Mais de 99% do rebanho de MS está imunizado contra aftosa

Índice deve alcançar mesma cobertura registrada em maio no Planalto

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A segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso do Sul termina no próximo dia 30 de dezembro, na região do Pantanal e, de acordo com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), 99,11% dos animais já foram imunizados. 

Nas regiões de Planalto e Fronteira o prazo terminou no dia 15 de dezembro e os percentuais também foram positivos, com 98,13% e 93,20% respectivamente.

Em Mato Grosso do sul a campanha acontece em duas etapas, maio e novembro, em razão da diversidade geográfica. No Pantanal, por exemplo, as cheias acontecem ao longo do ano, dificultando o acesso até as propriedades e o manejo adequado na vacinação. 

De acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck,  os números da região do Pantanal ainda podem registrar mudanças. “Nesses três últimos dias até o fechamento, seguramente teremos registros que elevarão os números e os aproximarão dos obtidos na última campanha”, observou.

Mato Grosso do Sul soma 21 milhões de cabeças de bovinos. O rebanho do Estado é altamente produtivo (reduziu em 2 milhões de hectares a área de pastagem, mas mantém o volume de abate), é líder no abate de bezerros com até 24 meses de idade, tem carne de qualidade comprovada, é o único Estado que mantem há mais de trinta anos um programa de incentivo a criação de animais precoces e instituiu recentemente o programa “Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal”, que prevê o abate já em 2019 de pelo menos 30 mil animais.

SANIDADE EFICIENTE

O Diretor-Executivo da Iagro, Roberto Bueno que já esteve em várias partes do País levando a experiência de Mato Grosso do Sul no combate da doença, explica que a parceria da agência com os pecuaristas e sua conscientização quanto a importância da imunização levaram o Estado a figurar entre os três melhores resultados do Brasil nos últimos cinco anos e consequentemente abrindo as portas para mercados que se fecharam quando da ocorrência de casos em 2006.

Para ele esse trabalho foi fundamental para que o Governo Federal pudesse colocar em pratica o Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) em 2017, que prevê a retirada da vacinação até 2023, tendo como diretrizes básicas deste trabalho a gestão compartilhada entre governos e iniciativa privada, o aperfeiçoamento das capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO), a regionalização das ações, fortalecimento do sistema de vigilância, cooperação internacional e educação em saúde animal.

“A evolução das ações tem feito alguns Estados inclusive aventarem a possibilidade de pedir a retirada da obrigatoriedade da vacinação antes do prazo previsto no plano, contudo em Mato Grosso do Sul, devemos manter as ações dentro do que foi estabelecido já que nossa realidade é bastante diferente dos demais Estados que compõe conosco o bloco V”, afirmou Roberto, referindo-se a extensa área de fronteira e o fato do Estado fazer divisa com outros dois Países, Bolívia e Paraguai. Mato Grosso do Sul faz parte do Bloco V que reúne ainda Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

*Com informações da Assessoria da Semagro