Política

Regime de urgência

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Votação de crédito adicional em bloco
gera discussão na Câmara Municipal

Solicitação de empréstimo foi votada junto com projetos de causa animal

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A votação do Projeto de Lei 8.858/18, que dispõe sobre solicitação de crédito adicional especial no valor de R$ 11.624.000 à Lei Orçamentária de Campo Grande para o exercício financeiro de 2018 causou discussão na Câmara Municipal, na sessão de hoje (22). 

O texto tramitou em regime de urgência e foi colocado em votação em bloco, juntamente com o Projeto de Lei 8.864/18 que cria o Conselho Municipal do Bem-estar Animal (COMBEA) e do Fundo Municipal do Bem-estar Animal (FUMBEA). Por conta disso, a proposta foi aprovada em turno único sem entraves. A discussão aconteceu depois que os integrantes da Casa perceberam o que tinham votado.

Durante a votação, os vereadores estavam discutindo a suplementação, achando que a matéria seria colocada separadamente ao texto da causa animal. Porém, a Mesa Diretora fez todo o trâmite rapidamente, sem que os parlamentares se atentassem no conjunto. “Esse é mais um jabuti da Prefeitura”, desabafou o vereador Lívio Leite (PSDB) ao final da sessão, tentando reverter o voto.

Além dele, o vereador Vinícius Siqueira (DEM) também quis votar contrário à suplementação. “Pela importância do projeto, tem que se destacar o assunto do outro. O modo de operar do Executivo não está legal. Isso causou um mal-estar entre os vereadores. Temos que lembrar que a primeira Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que foi criada nesta legislação foi para apurar a questão do IMPCG. Agora votamos um empréstimo para  cobrir o rombo e o buraco de R$ 9 milhões da previdência”. 

Dentro da suplementação também estava a insclusão do FMIS, que garante R$ 670 mil de auxílios a entidades para aquisição de ativo permanente em atendimento as emendas dos vereadores do exercício de 2017. Siqueira afirma que a assessoria passou a lista de votação para colocar o projeto em pauta alegando que o texto se tratava das emendas parlamentares. E que assim que esclarecido aos companheiros o real conteúdo, até mesmo a bancada do PSDB estava cogitando votar contra. 

No entando, o líder do prefeito Marcos Trad (PSD) na Casa de Leis, vereador Chiqinho Telles (PSD), argumentou que a votação ocorreu dentro da legalidade. “O texto passou por todas as comissões. Se o vereador dorme na sessão não é culpa nossa”, rebateu. 

SUPLEMENTAÇÃO 

Além de pedir autorização de suplementação de R$ 9 milhões para o IMPCG e R$ 670 mil para emendas parlamentares, o Executivo também solicitou R$ 1,044 milhão para aquisição de GPS e equipamento de processamento de dados para atender as equipes da EMHA e Revitalização de fachadas de imóveis, outros R$ 64 mil para compra de veículo para turismo e R$ 1,530 milhão para pagamento de contratação por tempo determinado, encargos e Funserv.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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