Pelo menos quatro vereadores de Campo Grande se manifestaram sobre a implantação do novo aterro sanitário da Capital pela CG Solurb em local próximo a área protegida e de nascentes dos rio Guariroba e do córrego Lajeado, dois dos principais fornecedores de água da cidade. Eles criticaram o projeto e querem explicações.
"Causará um dano desastroso. Não trará um desconforto só para os moradores, mas no ambiente. Já ocorreram reuniões com a Semadur, haverá audiência e precisamos de ajuda, de esforços. Campo Grande precisa de um aterro? Precisa! Mas o estudo não tem que vir da empresa e sim da cidade", disse o vereador André Salineiro (PSDB).
Já o vereador Wellington de Oliveira destaca que é preciso "chamar o pessoal da Solurb" para explicar na Câmara. "Essa Casa tem o direito de falar sobre o que está acontecendo. Vai afetar famílias, o meio ambiente. Se precisar mover a população, vamos. Não dá para ter aterro ali", diz outro vereador, Valdir Gomes (PP).
Por fim, o Eduardo Romero (Rede), vereador que integra a comissão de meio-ambiente da Casa, explicou que por ora não há nenhuma aprovação por parte da prefeitura, sendo que o processo segue em andamento e haverá audiência pública para discutir tal situação.
Além dos vereadores, moradores da saída para Três Lagoas, como dos condomínios Dahma, Terras do Golfe e Shalom, de propriedades na região e do bairro Maria Aparecida Pedrossian, se organizaram para contestar o projeto da Solurb, ainda em fase inicial - estão em busca, ainda da licença prévia para análises e discussões.
Os moradores querem elaborar um estudo em paralelo ao da empresa, já que afirmam ter visto "pontos obscuros". Para isso, querem contratar um instituto que consiga englobar em uma só pesquisa vários aspectos e especialidades. Eles também reclamam que não houve diálogo na escolha dessa área, deixando as audiências para momento futuro.