Política

BANCADA

União tem obrigação de encaminhar R$ 422,8 milhões para MS

Recurso vai para segurança pública, saúde, educação e infraestrutura

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A União terá a obrigação de investir R$ 422,844 milhões em Mato Grosso do Sul no próximo ano. O recurso foi assegurado com a apresentação, anteontem e ontem, das emendas impositivas (em que o pagamento é obrigatório) de bancada, que totalizam R$ 247,5 milhões, e das individuais, que chegam a R$ 175,344 milhões. O recurso é para as áreas de segurança pública, saúde, educação e infraestrutura.

Dos R$ 247,5 milhões das 15 emendas impositivas de bancada, foram destinados para o setor educacional R$ 25 milhões. São R$ 10 milhões para a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e  R$ 15 milhões para compra de ônibus escolares para atender todo o Estado.

Na área de infraestrutura, são R$ 5 milhões para construção do Terminal de Passageiros em Dourados; R$ 10 milhões para construção de Anel Rodoviário na BR-262, em Três Lagoas; e R$ 25 milhões para adequação da BR-262, no trecho entre Campo Grande e Três Lagoas e construção de contornos, duplicações e travessias urbanas na BR-267, entre Bataguassu e Porto Murtinho. Ao todo, são R$ 40 milhões.

Para o setor de saúde, foram destinados R$ 30 milhões. A saúde indígena vai receber R$ 5 milhões por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI-MS), que atende 85 mil índios. Outros R$ 15 milhões são para compra de equipamentos e materiais permanentes e R$ 10 milhões para construção do Instituto da Mulher e da Criança no Estado. 

Já a segurança pública receberá R$ 15 milhões para aquisição de equipamentos e outros R$ 10 milhões serão usados na construção da  academia de segurança pública.

Os parlamentares também destinaram R$ 25 milhões para máquinas e serviços no setor agropecuário e R$ 6,5 milhões para a compra de  caminhões de lixo para atender os municípios do Estado. 

Na avaliação do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS), que é vice-presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, diferentemente de anos anteriores, quando as emendas não eram impositivas, agora a União terá de investir o recurso apresentado por meio das emendas ao Orçamento. “Havia uma preocupação com a arrecadação por causa da recessão, mas manteve o valor de R$ 247,5 milhões por bancada. É um recurso que o governo tem obrigação de investir na forma indicado pelos parlamentares”. 

Para o coordenador da bancada do Estado, senador Nelson Trad Filho (PSD), com as emendas impositivas “poderemos atender todos os municípios de Mato Grosso do Sul, sem excluir nenhuma cidade”.

Campo Grande

As emendas destinadas para Campo Grande totalizaram R$ 96,156 milhões, R$ 10 milhões a mais do que pedido feito pelo prefeito Marcos Trad (PSD) na reunião com a bancada na quarta-feira da semana passada. O recurso será para custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial, apoio à Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, fomento ao setor agropecuário e desenvolvimento de políticas de Segurança Pública, Prevenção e Enfrentamento à Criminalidade (Implantação do Centro de Treinamento em Segurança Pública).

Emendas individuais

Ao todo, os onze parlamentares indicaram R$ 175,344 milhões, já que cada um apresentou R$ 15,940 milhões (o limite) em emendas individuais para atender suas bases.

A deputada Rose Modesto (PSDB/MS) apresentou 15 emendas, que totalizam os R$ 15,940 milhões, para atender espaços culturais e promover cultura, para realização de obras urbanas, setor de saúde, entre outros. “Eu tive o cuidado de mandar esse recurso para os 79 municípios, todos vão receber parte de minhas emendas individuais que serão pagas em 2020. Esse trabalho vai contribuir, e muito, para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, vai impactar diretamente na vida dos sul-mato-grossenses”, enfatizou a deputada federal.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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