Política

gritos e discussão

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Tumulto com servidores
complica sessão da Assembleia

Fórum dos Servidores levou mais de 200 pessoas para o plenário

IZABELA JORNADA

06/06/2017 - 17h20
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Em meio a gritos e vaias, mais de 200 pessoas lotaram o plenário da Assembleia Legislativa hoje para protestarem sobre o reajuste de servidores públicos que foi negado pelo Governo do Estado no mês passado.

"Boi da cara preta, pega o Reinaldo que tá cheio de mutreta", declaravam os servidores, ao se referirem às investigações que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está sendo submetido.

Hoje, durante sessão plenária, sindicalistas e representantes de entidades reivindicaram reajuste salarial entre outros acordos que, segundo eles, não foram cumpridos pelo governo do Estado.

"Azambuja não nos dá satisfação e não atende nenhuma classe. Combinou vários acordos e não cumpriu nada", disse o presidente do Sinpol, Giancarlo Miranda.

O coordenador do Fórum dos Servidores Públicos, Ricardo Bueno, também protestou contra reajuste zero aplicado pelo governador. "Ele insiste em não dar reajuste, mas o que estamos vendo é a publicação de novos cargos no Diário Oficial", defendeu.

Bueno denuncia também que a reforma anunciada por Reinaldo no começo do ano foi fictícia. "Secretários foram remanejados de secretarias e tiveram seus salários dobrados. Que reforma é essa? E depois diz que não tem dinheiro", criticou, sem dar detalhes.

O presidente da Casa de Leis, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), solicitou ordem para que os trabalhos prosseguissem, porém, manifestantes não deram ouvidos e continuaram os gritos.

BATE-BOCA ENTRE PARES

A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) exaltou-se e em resposta aos protestos culpou o atual cenário por conta da política do governo do PT no país. "Isso que está acontecendo é culpa de ex-governo corrupto", atacou a tucana ao se referir a gestão dos ex-presidentes, Dilma Roussef e Luiz Inácio Lula da Silva.

"Aqui é um espaço democrático. Povo pode se manifestar. Só não vou admitir insultos de personagens do PT", rebateu o deputado estadual João Grandão (PT).

O líder do Governo na Casa de Leis, deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB), disse que Azambuja está sendo prudente ao anunciar reajuste zero. "Brasil nunca viveu momento tão ruim. Não podemos colocar a sanidade do Estado em xeque", defendeu o parlamentar.

Outro deputado que se manifestou declarando apoio a Azambuja foi o líder da bancada do PSDB, Beto Pereira. "Estou acompanhando esse reajuste de perto. Mais de 20 unidades da federação estão padecendo", afirmou o tucano.

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Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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