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Trad prevê 'clima quente' no debate sobre indicação de Eduardo Bolsonaro

Trad prevê 'clima quente' no debate sobre indicação de Eduardo Bolsonaro

ESTADÃO CONTEÚDO

17/07/2019 - 14h12
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Presidente da comissão de Relações Exteriores no Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou nesta quarta-feira, 17, que nenhuma pauta, nem mesmo da reforma da Previdência, vai alterar o ritmo dos trabalhos da comissão, que terá de avaliar a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), caso seja confirmada, para assumir a embaixada brasileira em Washington (EUA). 

"Nenhuma pauta vai mudar o rito que nós temos que pregar na tramitação dos projetos da comissão", afirmou a jornalistas. Trad, que presidiu nesta quarta a última reunião do grupo antes do recesso parlamentar, prevê um prazo de 45 dias para a Casa analisar o caso de Eduardo, a partir do momento em que o nome chegar ao Senado. Na terça-feira, 16, o presidente Jair Bolsonaro disse que, da parte dele, "está definido" que o deputado, seu filho, será indicado para o cargo. 

Para Trad, o fato de Eduardo não ser de carreira diplomática pode fazer o clima ficar mais "quente do que normalmente é" na comissão. Mas o parlamentar ponderou que o grupo está "preparado" e seguirá as regras do regimento e da Constituição. "Sou cirurgião, sou acostumado à pressão", afirmou o senador, que é formado em Medicina. 

Depois de ter dito ao jornal O Estado de S. Paulo na última sexta-feira (12) que irá votar a favor à indicação de Eduardo Bolsonaro, Trad afirmou nesta quarta que, como presidente da comissão, precisa ter uma "postura totalmente imparcial". "Até porque está na moda essa questão de parcialidade de magistrado, né? O rito vai ser mesmo, igual, para todos. Seja filho, seja quem for", afirmou, ao ser perguntado sobre como avaliava o "clima" da comissão em relação à nomeação do "filho 03" do presidente.

O parentesco entre Jair e Eduardo, que rendeu por parte da oposição críticas e acusações de nepotismo, pode ou não ser considerado nos votos dos senadores da comissão, avalia Trad. Se isso será avaliado pelo relator, irá depender de quem será o senador responsável pela tarefa. O presidente da comissão contou que quatro parlamentares já pediram a ele para relatarem o caso. "Tem gente contra e a favor", afirmou, sem revelar os nomes.

Trad contou que tem um mapa que indica os senadores que já relataram outras nomeações, para que, ao decidir sobre as novas relatorias, possa fazer uma distribuição mais igualitária dentro da comissão. "E a gente procura distribuir até para poder gerar uma participação da coletividade que compõe a comissão", explicou.

 

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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