O prefeito Marcos Trad (PSD) pode ter um segundo ano de mandato mais difícil. O impasse com o projeto de lei da taxa do lixo será responsável por uma nova oposição na Câmara Municipal. Se antes a relação com a Casa de Leis ia muito bem, agora o clima azedou e o Executivo terá mais trabalho para conseguir aprovar matérias no Legislativo.
O mal-estar causado por esta situação gerou reflexão por parte dos parlamentares. Alguns dos edis estão chateados com as críticas que estão recebendo até hoje nas ruas. Muito porque os vereadores acabaram levando a culpa pela cobrança exorbitante nos valores das taxas. Mesmo sabendo que foi um erro técnico já assumido pela prefeitura, a ferida causada ainda não cicatrizou.
“Não sei do meu futuro político, se vou ser oposição. Mas vão ver um novo Francisco na Câmara. Aquele do ano passado morreu. Ele foi enterrado junto com o lixo. Senão, não tem porque eu estár lá”, resumiu o vereador Veterinário Francisco (PSB).
Segundo ele, a população de Campo Grande é bem esclarecida e vai entender seu posicionamento. “A Câmara foi vítima assim como a população. Não sei por que estamos levando esse ônus. Não votamos a papagaiada que foi feita. Se houve falha foi do Executivo e da equipe que assessora o senhor prefeito”.
Tentando resumir a nova postura que vai tomar, o médico veterinário enfatizou suas origens. “Lá na Sapolândia minha mãe me alimentou com mamadeira de verdade. Não preciso de mamadeira de mentira. Tenho um nome a zelar”, concluiu.
O líder do prefeito, vereador Chiquinho Telles (PSD) é otimista quanto à situação. Ele ressalta que este único erro não anula os trabalhos feitos durante todo o primeiro ano de mandato. “Campo Grande caminhou bem o ano inteiro. Por causa de um erro técnico que não é do prefeito nem do Legislativo não há por que criar uma oposição. Não teve um projeto errado durante todo o ano”.
*Leia reportagem, de Gabriela Couto, na edição de sábado/domingo do jornal Correio do Estado.