Política

MÉDIA

Senadores de MS gastam R$ 1,2 milhão por mês com funcionários

Levantamento aponta gasto mensal de R$ 32 milhões com funcionários de gabinetes dos 81 parlamentares

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Os senadores de Mato Grosso do Sul gastam por mês, em média, R$ 1.222.064,06 com salários dos assessores que trabalham vinculados aos seus gabinetes. De acordo com o levantamento do Ranking dos Políticos, juntos, eles têm 111 servidores, e a nível Brasil os números passam para três mil, com um gasto médio de R$ 32 milhões mensais.

Eleito em seu primeiro mandato como senador, o ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad (PSD) teve 424.085 votos e ficou em primeiro lugar nas urnas. Conforme o levantamento, ele utiliza R$ 596.429,44  por mês, em média, para pagar os 62 servidores ligados ao seu gabinete. 

Segundo o Portal da Transparência do Senado Federal, o funcionalismo é composto de 29 pessoas no gabinete, sendo um efetivo e o restante comissionado, e 33 comissionados em escritórios de apoio. 

No gabinete de Trad, os servidores são nomeados nos cargos de chefe de gabinete; assessor parlamentar; secretário parlamentar; assistente parlamentar intermediário, júnior, pleno e sênior; auxiliar parlamentar intermediário, júnior, pleno e sênior; ajudante parlamentar júnior  e sênior; e motorista.  

O servidor que tem o maior salário ganha R$ 21.526,45, e o salário mais baixo é de R$ 2.936,70, ambos sendo o valor líquido mais o auxílio-alimentação. Conforme o Ranking dos Políticos, a média de salário dos funcionários do senador é de R$ 9.619,83.  

Trad é o quinto que mais utiliza verba pública com funcionários entre os 81 senadores. Em primeiro lugar, conforme o Ranking dos Políticos, está o representante do Distrito Federal, Izalvi Lucas (PSDB), que tem 86 funcionários e, por mês, utiliza R$ 736.959,74 de verba pública para pagamento de salários. 

Em segundo lugar está Renan Calheiros (MDB-AL), com 51 funcionários e uma folha de R$ 693.560,90; seguido por Roberto Rocha (PSDB-MA). Em quarto lugar está Eduardo Gomes (MDB-TO), com 59 funcionários e R$ 648.987,19 de custo médio mensal com a folha de pagamento. 

A senadora por Mato Grosso do Sul e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB), é a segunda do Estado que mais utiliza a verba para pagar funcionários. São 23 pessoas e uma folha mensal média de R$ 341.601,22. 

De acordo com o Portal da Transparência do Senado Federal, Simone tem 17 pessoas em seu gabinete, sendo dois efetivos, e seis em seus escritórios de apoio, todos comissionados. Os cargos são de chefe de gabinete; assessor parlamentar; secretário parlamentar; assistente parlamentar intermediário, júnior, pleno e sênior; e ajudante parlamentar júnior e sênior.  

Mesmo tendo mais servidores que Tebet, a senadora Soraya Thoronicke (PSL), gasta mesmo com a folha de pagamento. Ela tem 26 funcionários e utiliza uma média de R$ 284.033,40 com os salários.

Do total, são 18 pessoas no gabinete em Brasília, sendo apenas um efetivo e oito comissionados em escritórios de apoio. Os cargos variam de chefe de gabinete; assessor parlamentar; secretário parlamentar; assistente parlamentar intermediário, júnior; ajudante parlamentar júnior, pleno e sênior; e auxiliar parlamentar júnior, pleno e sênior. 

As assessorias de imprensa dos três senadores do Estado foram procurados para saber se era necessária a quantidade de funcionários e se pretendiam diminuir os gastos com verba pública, além de outros questionamentos, mas apenas a assessoria da senadora Simone respondeu a demanda, e em partes. 

Questionada sobre qual sua posição com relação a Reforma Administrativa da União, ela reconheceu que é necessários diminuir a máquina pública, porém defende a manutenção de direitos. “Eu ainda estou analisando as propostas apresentadas pelo Governo. Entendo que é realmente preciso reduzir o gasto público, diminuir a máquina estatal e torná-la mais eficiente. Mas não podemos mexer em direitos adquiridos. Por exemplo, um servidor que já tem o direito de gozar a licença capacitação não poderá perdê-lo. Entendo que as mudanças podem vir a partir dos novos servidores, que já vão entrar no serviço público cientes das regras diferentes. Em relação aos salários, há ainda muito a ser debatido”.

Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

Política

Pollon apresenta atestado e julgamento no Conselho de Ética é adiado

Advogado designado pela Câmara para defender o deputado sul-mato-grossense desistiu de representá-lo em julgamento sobre ocupação da Mesa Diretora e ofensas a Hugo Motta

12/12/2025 15h30

Deputado federal Marcos Pollon

Deputado federal Marcos Pollon Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

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A ameaça ao advogado designado pela Câmara dos Deputados e a apresentação de atestado médico pelo deputado Marcos Pollon (PL) adiou mais uma vez o julgamento dele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Em reunião do colegiado na manhã de hoje (12) as testemunhas agendadas não foram ouvidas após aliados argumentarem que a ausência do parlamentar impediria os trabalhos.

Foram mais de duas horas e meia de debates sem que nenhuma das nove pessoas previstas na pauta dessem o seu depoimento sobre a ocupação da Mesa Diretora e ofensas ao presidente da Casa, Hugo Motta, em agosto deste ano, até que o vice-presidente do colegiado, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que comandou os trabalhos, encerrou a reunião após o advogado designado pela Casa para defender Pollon dizer que não o representaria. 

Clebson Gean da Silva tomou essa decisão após falar pelo celular com o deputado sul-mato-grossense e foi ameaçado de processo.

“Eu aqui estou sobre autoridade da Casa e do advogado chefe. Eu recebi orientação para seguir as prerrogativas da advocacia e manifestar realmente que não tenho condições de continuar na defesa do representado. O representado me ligou me ameaçando de representação. Eu creio que no exercício do serviço público da função de advogado da Casa, não vou ficar submetido a uma ameaça desse jaiz", declarou ao ser questionado pela segunda vez se teria condições de defender Pollon.

Pouco antes ele disse que o fato de não ter conversado com o parlamentar poderia comprometer a defesa.

O advogado foi designado pela Casa após renúncia do representante de Pollon. Trata-se de um advogado ad hoc que fica à disposição do colegiado, exatamente para assumir temporariamente a parte que aparecer sem defesa.

Este argumento foi usado após não prosperar as justificativas de alguns parlamentares presentes e de Marcel van Hattem (Novo-RS), que responde pela mesma acusação, de que a reunião deveria ser suspensa pelo fato de Pollon estar afastado por nove dias por decisão médica. Foram citados trechos do Regimento Interno, legislação nacional e até acordos internacionais para tentar barrar o andamento dos trabalhos.

Logo no começo da reunião Van Hattem apresentou um requerimento para interromper as oitivas, mas Freitas não acatou o pedido alegando que estava embasado no regimento interno por isso ouviria as testemunhas, destacando que não se encontravam prejudicados os princípios do contraditório e que todos teriam direito a ampla defesa, “presentes ou não” na reunião.

Mesmo com a recusa, por diversas vezes o parlamentar gaúcho e outros deputados insistiram que os trabalhos deveriam ser interrompidos pela ausência de Pollon. Todas às vezes Freitas negou o pleito.

O deputado sul-mato-grossense apresentou o atestado após passar mal na reunião do colegiado de ontem, quando os trabalhos foram suspensos depois de ser retirada da sala do colegiado e ser atendido pelo departamento médico da Casa.

Pollon responde processo por se sentar na cadeira do vice-presidente da Câmara e por ofensas contra o presidente da Câmara, que tem como punição prevista 90 dias de suspensão. Respondem em conjunto van Hattem e Zé Trovão (PL-SC).

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