Política

PROJETO DE LEI

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Senadoras são favoráveis a auxílio emergencial

Aprovada na Câmara dos Deputados, medida deve ser votada hoje no Senado Federal para ajudar pessoas de baixa renda

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As senadoras sul-mato-grossenses Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (PSL) defenderam a votação e aprovação hoje do projeto de lei que institui o auxílio emergencial de R$ 600, por três meses, a pessoas de baixa renda, entre elas o trabalhador informal, autônomo e microempreendedor. O texto foi aprovado em regime de urgência na noite de quinta-feira (26) na Câmara dos Deputados, após acordo com o governo federal, que aceitou elevar o valor desta ajuda durante a crise do coronavírus.

O valor do auxílio pode subir para R$ 1,2 mil por família, já que o texto permite que duas pessoas que morem na mesma casa recebam o benefício e também estipulou que as mulheres que são arrimo de família (mães solteiras, divorciadas) recebam o valor e dobro.  

A senadora Soraya Thronicke disse que é a favor da aprovação da matéria o quanto antes, já que é necessário atender a este segmento da sociedade. Mas ela ressaltou que sua preocupação “é que tem surgido muitas propostas, mas tem de ter um estudo de impacto econômico. As propostas no Congresso estão sendo discutidas sem que o Executivo seja chamado; deveria estar junto. Deveriam estar mais próximos o Executivo e o Legislativo”, enfatizando que “toda proposta tem de ter estudo de viabilidade econômica, caso contrário pode entrar em conflito com os outros poderes”.  

A área técnica da Câmara calculou que o governo vai ter de destinar R$ 14 bilhões para atender o auxílio emergencial e que o valor, de acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), foi fechado em acordo com o Palácio do Planalto.

A senadora Simone Tebet não escondeu seu entusiasmo em votar o projeto, tanto que colocou no Facebook na tarde de sexta-feira: “Senado aguarda Câmara enviar, até o final da tarde, projeto que cria o Coronavoucher de R$ 600 para auxílio emergencial a trabalhadores informais. Vamos votar e aprovar até segunda-feira”.  

O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM), confirmou, pelo Twitter, a votação do projeto. “Diante da importância e necessidade do repasse de R$ 600 a R$ 1.200, por três meses, aos trabalhadores autônomos, o Senado Federal cumprirá o seu papel em nome do povo brasileiro e votará o projeto na próxima segunda-feira, por meio da votação à distância”, avaliou o senador sobre a economia.

Câmara

Na Câmara, a definição do teor do projeto e a votação foram rápidas, em menos de uma semana. Na quinta-feira, em sessão que durou mais de cinco horas, o conteúdo do texto foi definido em plenário, com a participação do governo federal, que não ofereceu resistência ao valor proposto e acabou aprovando o mesmo em votação simbólica, quando só os lideres se manifestaram.

O deputado federal Vander Loubet (PT-MS) disse, durante a sessão à distância de votação do projeto, que o valor mínimo por pessoa deveria ser de “R$ 1.040,00 para todos, atendendo cerca de 100 milhões de brasileiros”, explicando que “eu apresentei emenda específica para que sejam incluídos entre os beneficiários os índios e os moradores de quilombolas”. Porém, esta emenda não foi acatada.

A deputada Rose Modesto (PSDB) enfatizou que projeto é importante “porque ele garante uma renda mínima a vários segmentos da sociedade, principalmente os mais vulneráveis e a mulher chefe de família, que foi contemplada com o valor em dobro nesse projeto”. O deputado Fábio Trad (PSD) foi sucinto, avaliando que “o momento é de ampliação da rede de proteção social”.

Projeto

De acordo com o projeto, PL 9.236/17, será permitido a duas pessoas de uma mesma família receberem o benefício. Para as mães que são chefe de família (família monoparental), o projeto permite o recebimento de duas cotas do auxílio, totalizando R$ 1,2 mil.

Também permite o pagamento de R$ 600 a quem aguarda o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC); o valor recebido será descontado quando o BPC começar a ser pago.

Já a renda média será verificada por meio do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) para os inscritos e, para os não inscritos, com autodeclaração em plataforma digital. Serão considerados todos os rendimentos obtidos por todos os membros que moram na mesma residência, exceto o dinheiro do Bolsa Família.

Covid-19

O senador Nelson Trad Filho (PSD) está afastado do Senado Federal para tratar o novo coronavírus (Covid-19). Após ficar dias internado no Sírio-Libanês, em Brasília, o parlamentar se recupera em sua residência na capital federal.

Votação

Os senadores devem votar hoje, às 16h (horário de Brasília), o projeto, em sessão remota. Pouco antes, às 10h, deve haver uma reunião de líderes da Casa para conversarem sobre a aprovação.

Comentário

Flávio Bolsonaro vota a favor da PEC das Drogas e ironiza: 'Homenagem à harmonia entre Poderes'

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas

17/04/2024 21h00

Flávio e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que voto a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga no País é "em homenagem à harmonia e independência entre os Poderes". Nesta terça-feira, 16, o Senado aprovou a PEC que vai na contramão da proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga processo que pode descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

A PEC é uma resposta do Congresso ao julgamento ao STF que debate a legalidade do artigo nº 28 da Lei de Drogas, que determina a punição para o usuário de entorpecentes. Na regulamentação, não há uma definição sobre a quantidade de droga que deve diferenciar o uso do tráfico de drogas, o que provocou a discussão da Corte para a criação de um parâmetro que possa distinguir as ocorrências.

"Sei que está difícil gerar emprego nesse país, mas a gente não pode concordar em legitimar a profissão de ‘aviãozinho do tráfico’. Com esse parâmetro que parece que vai ser estabelecido pelo Supremo, vai ter uma esquadrinha do tráfico no Brasil inteiro, vários aviãozinho levando droga até o usuário final", ironizou o senador durante votação.

Flávio Bolsonaro apresentou as orientações do Partido Liberal (PL) que, segundo ele, é voto sim "a favor da vida". "O que eu não quero para minhas filhas, eu não obviamente não posso votar aqui para atingir os filhos dos outros. Em terceiro, o PL encaminha o voto sim em homenagem a um debate ponderado e justo. Não tem ninguém preso, nesse Brasil, por consumo de drogas".

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas. O texto não faz diferenciação sobre quantidade. Desta forma, considera ato criminoso portar ou possuir qualquer quantidade de entorpecente.

O texto prevê a diferenciação entre quem apenas usa qualquer tipo de droga, incluindo a maconha, e quem trafica as substâncias, mas a diferenciação não descriminaliza o uso. A partir da distinção, são previstas penas diferentes: mais rigorosas para quem vende e mais brandas para o usuário, incluindo tratamento para os dependentes químicos e penas alternativas à prisão.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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