Política

DIFULDADES

Secretários acreditam que 2º mandato
do governador será desafiador

Equipe fala sobre equilíbrio das finanças, verbas para obras e ficar refém de Guedes

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O segundo mandato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) será marcado por grandes desafios para o equilíbrio das finanças e arrumar recursos para investimentos em obras. Esta é opinião de secretários encarregados de ajudar Azambuja a superar as eventuais crises com choque de gestão. O megassecretário de Governo, Eduardo Riedel, destacou as diretrizes do governador para não deixar o “Estado parar” por escassez de recursos.

“Não vamos cansar de manter o equilíbrio fiscal, entregando o que é necessário e prioritário para Mato Grosso do Sul”, afirmou Riedel. Um dos pontos das diretrizes será o enxugamento da máquina administrativa. Por isso da decisão de extinguir a Secretaria de Cultura, transformando-a em fundação vinculada à Secretaria de Governo.

O vice-governador e secretário estadual de Infraestrutura, Murilo Zauith, prevê dificuldades para o segundo mandato de Azambuja. “Vai ser um governo muito difícil”, afirmou Murilo, responsável por conduzir os investimentos em obras no Estado. Para isso, necessitará de recursos federais para execução do plano de obras. Hoje, uma das fontes de recursos é o Fundersul.

“Vamos ficar refém de Paulo Guedes [ministro da Economia]”, ressaltou Murilo, lembrando que as ideias do ministro terão de “passar pelo Congresso Nacional” para serem implementadas pelo presidente Jair Bolsonaro e isso, consequentemente, vai refletir nas administrações estaduais.

Murilo assinalou, ainda, a necessidade de adoção de  medidas para enxugar os gastos do governo estadual. Esse é um dos desafios do governador Reinaldo Azambuja, destacado por Eduardo Riedel. “Temos que enxugar [a máquina] para manter compromissos e qualquer investimento tem de vir do governo federal”, observou. “Os governadores dependem muito do governo federal”, assinalou, referindo-se à execução de obras e de outros investimentos. 

“O Fundersul é o que garante todos esses projetos que tivemos, mas vamos agora depender muito do governo federal”, afirmou Murilo.

Riedel acredita na superação dos problemas a serem enfrentados. A determinação de Azambuja, segundo ele, é para os secretários encontrarem soluções no primeiro trimestre. “É muito importante que [os secretários] tenham esse foco para atingir o objetivo. Precisamos fazer os ajustes para seguir a agenda de governo com prioridade e não ficar preso à agenda administrativa”, explicou.

O desafio do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, é promover a regionalização da saúde pública nos próximos quatro anos. Para isso acontecer, explicou Resende, será necessária a conclusão da obra do Hospital de Três Lagoas, do Hospital Regional de Dourados e do Hospital do Câncer de Campo Grande. A regionalização da saúde passa por parceria com prefeitos e secretários. 

“Gosto de desafio e o desafio hoje é enfrentar uma pasta que vai exigir tanto do governo do Estado quanto da equipe para termos respostas imediatas para ter saúde de melhor qualidade”, afirmou.

Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

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