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Reajuste salarial do prefeito vai "morrer" na votação da Câmara

Chiquinho Telles indicou a revogação do aumento dos vereadores

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Líder do prefeito Marcos Trad (PSD) na Câmara Municipal, o vereador Chiquinho Telles (PSD) afirmou que “não tem vida” o projeto que aumenta de forma gradual e em 73% o salário do chefe do Executivo.

“Vai morrer ali na votação. Não tem como dar aumento para quem não quer, e o prefeito já disse que não quer. Então, não tem vida [o projeto]. Eu vou votar contra”, disse. O vereador também declarou que o projeto de reajuste salarial dos vereadores deve ser revogado ou “silenciado” pelo prefeito.

“Ele [Marcos Trad] tem três opções: vetar, sancionar ou silenciar, o que significa passar do prazo, promulgar [pela Câmara]. Além disso, há rumores de que o projeto de aumento do subsídio dos vereadores deve ser revogado”, afirmou Chiquinho. “Não é feio voltar atrás, recuar de uma decisão. O vereador deve ouvir o clamor popular, que não entende um aumento maior do que 4%, que é o índice da inflação hoje”, completou.

Aprovada na semana passada por 24 dos 29 vereadores, proposta de emenda à Lei Orgânica de Campo Grande nº 79/2018 determina que, ainda neste mês, Marcos Trad passe a receber R$ 4.165,75 a mais no rendimento atual, que é de R$ 20.412,42. No dia 1º de janeiro de 2019, segundo a proposta, a remuneração aumenta ainda mais, passando para R$ 28.369,77. 

“Sempre achei complicado esse aumento. Mas dá para voltar atrás. Até porque, com que cara o Executivo vai encarar os servidores municipais no ano que vem? ”, destacou o vereador.

O projeto de reajuste do prefeito, da vice-prefeita Adriane Lopes (Patriota), dos secretários e diretores de agências da prefeitura deve custar aos cofres públicos no ano que vem R$ 1.743.322 mensais. Esses reajustes, entretanto, continuarão até 2021, quando o subsídio do prefeito da Capital será de R$ 35.462,22. 

Conforme o presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), a lei determina a seguinte progressão salarial: “A partir da data da publicação, a remuneração subirá 71%. Já em 2019, será de 80%; em 2020 de 90%; e em 2021, de 100% dos 90,25% estabelecidos como limite do valor mensal pago aos ministros do STF [Supremo Tribunal Federal]”.

Como tem prazo de dez dias para finalizar a votação, a emenda deve ser apreciada no dia 20 deste mês. “Pode até ser que seja votada no dia 18, mas a previsão é de que aconteça na última sessão deste ano”, afirmou Chiquinho.

Na primeira votação, foram contra o aumento do prefeito os vereadores André Salineiro (PSDB) e Vinicius Siqueira (DEM). Esse último, inclusive, afirmou à reportagem que continuará com o posicionamento contrário ao reajuste. “Acredito que não será aprovado. Alguns vereadores já até me confidenciaram que vão votar contra. Então, provavelmente essa proposta não terá os 20 votos necessários para passar”, declarou.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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