Política

TRF3

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Justiça volta a negar pedido e mantém Puccinelli na prisão

Ex-governador esta preso desde o dia 20 de julho no Centro de Triagem

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O ex-governador do Estado e ex-pré-candidato ao cargo, André Puccinelli (MDB), teve o terceiro pedido de liberdade negado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), preso há 24 dias, desde o dia 20 de julho no Centro de Triagem, em Campo Grande. Conforme consta no sistema do TRF3, o desembargador Paulo Fontes não concedeu a medida liminar da defesa que pedia uma reconsideração no pedido de prisão preventiva deferido pelo juiz da 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, Bruno Cezar da Cunha Teixeira.

Em sua decisão o magistrado ponderou que o pedido de prisão está bem fundamentado, tramitou regularmente. “Dessa forma, estando a decisão de que se pretende a reconsideração devidamente fundamentada, não é o caso de ser revista, consignando-se ainda que os argumentos dos pacientes serão analisados e novamente apreciados quando do julgamento do feito pela E. 5ª Turma. ANTE O EXPOSTO, indefiro os pedidos de reconsideração”, decidiu o desembargador relator, Paulo Guedes Fontes.

Puccinelli foi preso junto com seu filho,  André Puccinelli Júnior, e com o advogado João Paulo Calves no dia 20 de julho, pela Polícia Federal por conta de desdobramentos da 5ª Fase da Operação Lama Asfáltica. Pai e filho estão no Centro de Triagem e Calves no Presídio de Trânsito, ambos no Jardim Noroeste, em Campo Grande.

O primeiro pedido de liberdade de André Puccinelli, do seu filho, André Puccinelli Júnior, e do advogado João Paulo Calves, foi negado pelo desembargador do TRF3, Mauricio Kato, no dia 23 de julho. Posteriormente a defesa ingressou com novo recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi negado pelo ministro plantonista Humberto Martins, no dia 27 de julho, e não reconhecido pela ministra relatora, Maria Thereza Moura, no dia 7 de agosto. A defesa também buscou a liberdade por meio do Supremo Tribunal Federal (STF), mas recuou e pediu desistência do recurso, que ainda não foi analisado pela corte.

Segundo o advogado de João Paulo Calves, André Borges, a defesa vai aguardar o julgamento do mérito do habeas corpus pela 5ª turma do TRF3. “O próximo passo é aguardar o julgamento do mérito, nesta semana ou na semana que vem. Acredito que ele (Paulo Fontes) entendeu que estando o processo pronto para ser julgamento, não precisa de um reconhecimento. Estamos confiantes na liberdade, vão aguardar o julgamento.

O advogado de Puccinelli e o filho disse que também vai aguardar. “Até porque não cabe recurso contra decisão monocrática do relator do HC”, explicou Siufi.

 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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