Política

ELEIÇÕES 2020

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Sem Bolsonaro, PSL terá de provar que é bom de voto na disputa pela Capital

Deputado estadual Coronel David pode ter apoio de Bolsonaro para ser candidato a prefeito em partido novo

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O primeiro teste do potencial eleitoral do PSL em Campo Grande será na disputa pela prefeitura e vagas na Câmara Municipal no pleito de outubro deste ano, quando terá oportunidade de provar que seu desempenho nas eleições passadas não foi fruto da onda que varreu o País em 2018 e levou ao comando da nação o então deputado federal Jair Bolsonaro, que obteve por aquele partido, no segundo turno, 57 milhões, 797 mil e 84 votos, contra 47 milhões, 40 mil e 96 votos de seu adversário Fernando Haddad, do PT. A antiga sigla do agora presidente elegeu em Mato Grosso do Sul uma senadora, dois deputados federais e dois deputados estaduais (ambos os mais votados entre os 24 que conquistaram mandato).

A realidade, para as próximas eleições, porém, apresenta um novo quadro político. Nas eleições deste ano, Jair Bolsonaro não será o expoente do PSL, uma vez que se desfiliou do partido e, inclusive, trabalha na criação da Aliança pelo Brasil. 
Em Mato Grosso do Sul, a estruturação da nova agremiação partidária está sob a coordenação do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PSL), que segue fiel ao presidente, assim como o deputado estadual Coronel David. Ambos, aliás, foram alijados do partido – praticamente tão logo os resultados de 2018 foram proclamados – em ação orquestrada pela senadora Soraya. A parlamentar, também em nível nacional, preferiu, assim como o deputado federal Loester Trutis, ficar do lado do presidente nacional do partido, deputado federal Luciano Bivar, que rompeu com Bolsonaro.

Soraya aposta no nome do deputado estadual Capitão Contar para a Prefeitura de Campo Grande, um novato na política que foi o mais votado para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, com 78.390 votos, e que defendeu na campanha eleitoral os mesmos temas do então candidato a presidente Jair Bolsonaro. Se for o escalado, como tudo indica, para o embate de olho na principal cadeira do Paço Municipal, hoje ocupada pelo prefeito Marcos Trad, será ele, portanto, o responsável em provar que o grupo a qual pertence – a chamada “Turma do Bivar” – tem luz própria ou se surgiu no cenário político (Soraya, Trutis e Contar cumprem o primeiro mandato) na sombra de Jair Bolsonaro.

APOIO

A “turma do Bivar” sabe que, por motivos óbvios, o presidente Jair Bolsonaro estará distante do palanque do candidato do PSL, seja porque já saiu do partido, seja porque não fará nenhum esforço para fortalecer a base política de Bivar – que foi candidato a presidente da República em 2006 (sem sucesso) e que pode se fortalecer para o futuro – e, assim, precavendo-se para as eleições de 2022, quando estará em jogo novamente o comando do País, dos estados, vagas no Senado (uma por Estado), cadeiras na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas.

Caso a oficialização de seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, não ocorra para disputar as eleições, o presidente Jair Bolsonaro deve apoiar candidatos de outros partidos. Em Campo Grande, poderá ser o deputado Coronel David, o segundo nas últimas eleições no Estado, quando obteve 45.903 votos, e que se prepara para deixar o PSL. Bolsonaro é amigo pessoal do parlamentar, a quem demonstra apreço por este ter sido quem empunhou a bandeira de sua candidatura em Mato Grosso do Sul, onde obteve 872.649 votos (segundo turno), contra 465.025 do petista Fernando Haddad.

Em Campo Grande, Bolsonaro recebeu 337.170 votos, um desempenho considerável, pois representou 71,27% dos votos válidos, enquanto o seu adversário Haddad teve 135.939 votos, ou 28,73% do total. Nos meios políticos, o que se fala é que se o Coronel David for candidato a prefeito com o Aliança pelo Brasil ou por outra agremiação (o parlamentar tem recebido convites de outros partidos), deverá ter em seu palanque a presença do presidente Jair Bolsonaro.

DIVERGÊNCIAS

Mesmo a senadora e presidente do PSL-MS, Soraya Thronicke, afirmando que Capitão Contar deve ser o nome do partido para concorrer à eleição, o deputado estadual já declarou que a intenção é seguir com Jair Bolsonaro para o Aliança.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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