Política

CONVENÇÃO NACIONAL

PSDB oficializa Geraldo Alckmin como presidente do partido neste sábado

Somente em 2017, quatro tucanos terão passado pelo comando do partido

G1

09/12/2017 - 10h13
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O PSDB deve oficializar neste sábado (9) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como presidente do partido pelos próximos dois anos. A eleição será feita na convenção nacional da sigla, em Brasília.

Apesar de o PSDB viver indefinições em relação à participação no governo Michel Temer e ao apoio à reforma da Previdência, membros da cúpula do partido afirmaram ao G1 que decisões nessas duas esferas não serão tomadas na convenção.

A chegada de Alckmin à presidência do PSDB é vista por membros da sigla como uma tentativa de unificar o partido. Somente em 2017, quatro tucanos terão passado pelo comando do partido.

Em maio, o senador Aécio Neves (MG) se licenciou da presidência do PSDB após a divulgação de gravação na qual ele pede R$ 2 milhões ao executivo da JBS, Joesley Batista.

O senador Tasso Jereissati (CE) ficou na presidência interina da siglaaté o início de novembro, quando foi destituído por Aécio. Também provisoriamente, Alberto Goldman assumiu o cargo até a eleição na convenção nacional.

Escolha

Após acordo feito entre os membros do partido, Alckmin será candidato único para assumir a presidência do PSDB. A votação, prevista para o fim da manhã desde sábado, será feita de maneira eletrônica, com comprovante em papel para dupla checagem do resultado. Um total de 580 membros da sigla estão habilitados a votar.

Para o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), o nome de Alckmin traz unidade partidária após crises vividas pelo partido, como a denúncia contra Aécio e o racha sobre a permanência da sigla no governo.

“A convenção é um reestabelecimento da unidade do partido e de suas lideranças. O consenso que se formou entorno do governador Geraldo Alckmin é uma demonstração de que ele produz unidade partidária”, afirmou.

Presença no governo

Bauer ressaltou que na convenção não será tomada nenhuma decisão relacionada a um eventual desembarque oficial do PSDB do governo. “Não há necessidade de tanta urgência nessa decisão”, disse, antes de avaliar que o partido já está informalmente fora do governo.

“Não é mais necessário que um partido como o PSDB, que pretende concorrer à Presidência da República, se coloque como defensor do Temer ou auxiliar do Temer”, afirmou o senador.

Na prática, líderes tucanos já vêm afirmando que o PSDB está fora da base aliada de Michel Temer. E argumentam que o partido não precisa estar no governo para apoiar projetos defendidos pela sigla.

Nesta sexta-feira (8), o tucano Antonio Imbassahy (BA) pediu demissão da Secretaria de Governo. Em novembro, Bruno Araújo (PE) já havia deixado o comando do Ministério das Cidades. O PSDB ainda conta com dois ministérios de Temer (Relações Exteriores e Direitos Humanos).

Vice-presidente do PSDB, a deputada Mariana Carvalho (RO) disse esperar que Alckmin tenha sensibilidade para analisar melhor a posição do partido, para que o desembarque do governo fique claro.

Previdência

Membros da cúpula do partido também afirmaram que não será debatido, na convenção um possível fechamento de questão em apoio à reforma da Previdência.

O fechamento de questão é uma decisão tomada pela executiva nacional do partido, grupo que será definido neste sábado.

Eleições 2018

Os representantes da direção da legenda ouvidos pelo G1 avaliam que, ao assumir a presidência do PSDB, Alckmin ganha força para ser o candidato da sigla à Presidência da República nas eleições de 2018.

O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), acredita que o posto de comando da legenda “é um indutor natural da candidatura de Alckmin à Presidência”.

Para ele, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que demonstrou interesse em se candidatar, não seria um nome viável.

“Se fizer uma pesquisa hoje, 99% dos membros do PSDB querem o Geraldo presidente”, disse.

“Respeitamos muito o Arthur Virgílio, ele tem todo um histórico, mas é um momento inoportuno, em cima da hora, não foi uma coisa construída”, ressaltou.

Câmara dos Deputados

Camila Jara pode perder mandato por confusão em plenário

O episódio aconteceu na última quarta-feira (9) e a representação foi feita à Câmara pelo Partido Novo por suposta violação ao decoro parlamentar

16/12/2025 18h15

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro Reprodução

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A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) pode perder o mandato por causa de uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na última quarta-feira (9).

O Partido Novo apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada por suposta violação ao decoro parlamentar. 

Segundo o documento, Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, quando ela teria, supostamente, o empurrado e apontado o dedo em seu rosto, além de proferir ofensas verbais. 

O episódio aconteceu durante uma confusão no plenário quando o deputado Glauber Braga (PSOL) teria se recusado a deixar a cadeira destinada ao presidente da Câmara, Hugo Motta, assumindo de forma irregular a presidência dos trabalhos e se recusar a repassá-la ao deputado Carlos Veras (PT), precisando ser retirado à força. 

Enquanto isso, Camila foi vista discutindo de forma acalorada com o Lucas Ribeiro de forma acalorada, apontando o dedo para o rosto do parlamentar e o empurrando. 

O vídeo foi gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que chamou a parlamentar de “descontrolada”.

Em sua representação, o partido Novo sustenta que a conduta da petista viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício de mandato com dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa. 

Além disso, o partido também mostrou outros comportamentos que enquadram ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara como atentado ao decoro parlamentar. 

O documento ainda menciona um episódio anterior, ocorrido no mês de agosto de 2025, quando Camila teria se envolvido em “agressão” contra o deputado Nikolas Ferreira (PL), sendo apontado como uma conduta reincidente. 

O partido pediu, então, que o Conselho de Ética instaure um processo disciplinar e aplique a penalidade de perda do mandato ou, de forma alternativa, a suspensão do exercício do mandato da parlamentar pelo período de seis meses, após a instrução do caso e a oitiva das partes e testemunhas. 

Resposta de Jara

Em nota enviada ao Metrópolis, Camila Jara afirmou que o fato na audiência foi um “tumulto generalizado, com cenas até de violência física”. 

“Recebo com indignação a representação do partido Novo no Conselho de Ética. Agi em defesa das jornalistas, deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos. Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento”, declarou.

A parlamentar disse ainda que “qualquer narrativa que me imputasse condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória, e não história”.
 

CRIME ORGANIZADO

Fronteira com MS, Paraguai fecha acordo com EUA para combater facções criminosas

A região é rota de tráfico de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai. O plano estratégico prevê o estabelecimento ou ampliação de tropas norte-americanas de importância estratégica

16/12/2025 16h15

Marco Rubio,  secretário de Estado

Marco Rubio, secretário de Estado Reprodução: rede social

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Paraguai e Estados Unidos selaram nesta segunda-feira (15), um acordo de cooperação militar que prevê a atuação de militares americanos no país sul-americano. Atualmente, na região, a Casa Branca tem acordos similares com Panamá, Equador, Bahamas e Trinidad e Tobago.

O Acordo Estatutário de Forças (Sofa, na sigla em inglês) regulamenta a atuação de militares e civis do Departamento de Defesa americano em países estrangeiros. O pacto foi assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler paraguaio, Ruben Ramirez Lezcano.

O objetivo, segundo o governo americano, é facilitar a resposta conjunta a interesses de segurança regional em comum para os dois países, em uma referência velada a cartéis de droga que atuam na região.

“Ao estabelecer uma estrutura para as atividades do pessoal militar e civil dos EUA no Paraguai, este acordo abre novas portas para nossos esforços coletivos para promover a segurança e a estabilidade em nosso hemisfério”, disse Rubio em sua conta no X.

“Se observarmos o problema fundamental no hemisfério, o mais grave que enfrentamos é o dessas organizações terroristas transnacionais, que em muitos casos não são terroristas por ideologia, mas têm uma base financeira e econômica”, acrescentou.

Nova Doutrina Monroe

O acordo, apesar de não autorizar operações armadas ou criação de bases, abre caminho para a cooperação e treinamento militar entre os dois países, e vem a público dias depois de os EUA divulgarem sua nova Estratégia de Segurança Nacional, que prevê uma ampliação da presença militar na América Latina.

Na ocasião, o documento evocou a Doutrina Monroe, que ficou conhecida no século 19 sob o lema “América para os americanos”, e defendeu uma hegemonia dos EUA sobre a região frente às potências europeias.

O plano estratégico divulgado na semana passada prevê o estabelecimento ou ampliação de acesso de locais de importância estratégicas para o governo americano.

No centro do continente e cercado por importantes fontes de água doce e rotas de narcotráfico, o Paraguai se encaixa nesse perfil.

Hoje, os EUA têm ainda bases militares no Equador, na Colômbia e no Peru, operadas pelo Comando Sul.

Há anos, a presença de grupos armados ligados ao Hezbollah na tríplice fronteira entre o Paraguai, Brasil e Argentina preocupa o governo americano.

A região também é ponto de rota para o escoamento de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai.

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