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Projetos que suspendem pagamentos de empréstimos

Um dos motivos alegados para que os projetos sigam parado, e o assunto não entrar em pauta é o forte lobby das instituições financeiras no Congresso

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Sem previsão de quando serão votados, pelo menos 78 projetos que tratam da suspensão de pagamento de algum empréstimo bancário (entre eles, o consignado) estão parados desde o início da pandemia na Câmara dos Deputados.  

Três parlamentares sul-mato-grossenses apresentaram textos suspendendo o pagamento na pandemia. Um dos motivos alegados para o assunto não entrar em pauta é o forte lobby dos bancos no Congresso Nacional.  

No dia 18 de junho, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei nº 1.328/20, que suspende o pagamento de quatro parcelas do empréstimo consignado e os juros referentes a estas parcelas de aposentados e pensionistas. O texto é mais um que está parado, dependendo dos líderes partidários para que seja colocado em votação.

Uma luz surgiu na terça-feira (7), quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que defende o fim da taxa de juros do cartão de crédito e do cheque especial. 

Segundo ele, os dois produtos “distorcem o sistema financeiro para pior”.  

VERSÃO DEPUTADOS:

VANDER LOUBET:

O deputado federal Vander Loubet (PT) disse que os projetos não devem ter sido incluídos na pauta de votação, entre outros motivos, “pode ser por resistência do setor financeiro, que tem influência na ala liberal do Parlamento. Entendo que é um projeto importante e necessário, tanto que há colegas da bancada do PT na Câmara que apresentaram projetos nesse sentido. 

Também já houve um projeto dessa natureza, aprovado no Senado, mas que ainda não avançou na Câmara. 

Da minha parte fomos favoráveis, afinal, estamos vivendo um momento econômico complicado por conta da pandemia. 

Além do mais, não está se falando em perdão de dívidas, apenas em postergar o pagamento de parcelas para que as famílias que possuem empréstimos ou consignados tenham alívio temporário”.

ROSE MODESTO:

A deputada federal, Rose Modesto (PSDB), que é autora de um projeto que suspende por seis meses o pagamento de prestações de financiamento de caminhões por motoristas autônomos, afirmou que “muitos caminhoneiros estão sem condições de pagar as prestações. São cerca de 470 mil motoristas autônomos que têm famílias que dependem diretamente desta renda”, 

Ela explica que vota pela aprovação de projetos que suspendem o pagamento, como ocorreu no caso do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

A parlamentar apresentou um projeto que contribuiu para a interrupção do pagamento ao ser incorporado à lei sancionada na semana passada pelo presidente da República.

FÁBIO TRAD:

Outro parlamentar autor de projeto que suspende o pagamento de empréstimo, no caso específico para consignados dos militares, o deputado Fábio Trad (PSD) disse que vota a favor da aprovação de matérias com esse teor. 

Segundo ele, “está parado porque, provavelmente, o colégio de líderes partidários não alcançou unanimidade sobre o tema. 

Sem o consenso, dificilmente o presidente pauta. 

Voto favorável porque não há sentido em manter um nível de exigência contratual em um contexto no qual houve abrupta mudança econômica que atingiu a todos. 

Portanto, o projeto já deveria ter sido votado e estou postulando junto dos líderes a sua prioridade na pauta”.

DAGOBERTO NOGUEIRA:

O deputado Dagoberto Nogueira (PSDB) também apresentou um projeto suspendendo o pagamento de prestações (o texto engloba qualquer de empréstimo ou financiamento bancário) e enfatizou que ainda não tem um acordo na Câmara. 

"O problema é que um grupo de parlamentares não quer dar nenhum beneficio para funcionário público porque estão recebendo normalmente. 

A questão apresentada por quem é contrário a essa matéria é que o funcionalismo não está tendo prejuízo nenhum na pandemia. 

Mesmo assim, se colocar em votação, voto favorável, mas tem muita resistência no Congresso. Também sou favorável no caso de empréstimos bancários de outros segmentos, até porque as pessoas não estão recebendo ou tiverem suas rendas reduzidas”.  

LUIZ OVANDO:

Para o deputado Dr. Luiz  Ovando (PSL), a suspensão do pagamento dos consignados “é protecionismo inconsequente e irresponsável. Não voto, salvo orientação partidária por questões convincentes”.

PROJETOS EM ANDAMENTO:

Conforme levantamento do Correio do Estado, 64 projetos suspendem o pagamento de prestações de empréstimos ou financiamentos bancários, com período de 90 a 180 dias. A maioria é para suspender o pagamento dos consignados.

Os demais pedem redução da taxa de juros, anistia a devedores com renda de até três salários mínimos, repactuação dos empréstimos, uso da taxa Selic, aumento da margem do consignável e aumento do porcentual do salário que pode ser usado como parâmetro para concessão dos empréstimos. Hoje, só podem ser comprometidos 30% da renda.

SUSPENSÃO

No dia 20 de abril, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou a suspensão do débito em folha de empréstimos consignados tomados por aposentados em bancos. 

A decisão suspendeu os pagamentos pelo prazo de quatro meses, tanto para os aposentados do INSS quanto para os do serviço público. 

Na semana seguinte, o Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF1) derrubou a decisão. A segunda instância da Justiça Federal acatou recurso do Banco Central (BC), que argumentou que a decisão não tinha amparo legal.

NÚCLEO POLÍTICO

Riedel demonstra força e confirma mais da metade dos prefeitos de MS em evento

Os gestores municipais participarão do lançamento do Programa Municipalismo Ativo na próxima segunda-feira

19/04/2024 08h00

O governador Eduardo Riedel reunirá os prefeitos de MS na Capital Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), promoverá na próxima segunda-feira (22), o evento mais abrangente de sua administração, desde que ela teve início, em janeiro de 2023. 

Até ontem à tarde, 75 dos 79 prefeitos do Estado já haviam confirmado presença no evento, que será realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. 

O evento em questão é o lançamento do programa MS Ativo Municipalismo. 

O evento que será liderado por Eduardo Riedel resulta de centenas de reuniões e encontros que o governador de Mato Grosso do Sul teve com prefeitos, vereadores e outras lideranças comunitárias, para alinhar as diretrizes do programa. 

O Municipalismo Ativo começou a ser construído por Eduardo Riedel quando o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) comandava a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) no ano passado, e foi concluído neste ano, já sob a liderança do atual secretário Rodrigo Perez. 

Ao contrário dos outros programas que usavam o termo municipalismo, lançados na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), antecessor de Eduardo Riedel, a versão atual do programa chega repaginada. 

Ela não tem o foco ajustado apenas para a realização de obras, mas para investimentos em áreas diversificadas. 

No programa que será lançado na próxima segunda-feira, Riedel espera espalhar para os municípios o conceito que vem aplicando em sua administração e que virou um mantra entre os servidores e secretários: o da transversalidade. 

O Municipalismo Ativo contemplará investimentos em educação, saúde, em áreas sociais, além da própria infraestrutura. 

A ajuda do governo também não é de graça, é preciso uma contrapartida, que não é financeira: os prefeitos devem se comprometer a melhorar os indicadores de seus municípios, e a fiscalização da melhoria dos indicadores e do acompanhamento dos processos é feita pelo próprio governo, tendo como líder neste processo a Controladoria Geral do Estado. 

Mas o evento, claro, vai muito além da técnica. Riedel tem tudo para reunir quase todos os prefeitos de Mato Grosso do Sul na próxima segunda-feira no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, a partir das 16h30. 

Nos bastidores, se comenta que para um gestor que é criticado por setores do próprio partido que ainda tem dificuldades na questão política, não é nada mal. 

A data do evento, no fim do mês de abril, também é simbólica. 

Muitos destes prefeitos estão em busca da reeleição ou de fazer seus sucessores, e a aproximação com o governo de Mato Grosso do Sul é importante para os dois lados na troca de apoio político

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Justiça

STF reafirma que todas as decisões da Corte são fundamentadas

Declaração é em resposta a comitê da Câmara dos Deputados dos EUA

18/04/2024 22h00

Marcelo Casal/ Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira (18) que todas as decisões tomadas pela Corte são fundamentadas. A manifestação foi feita após um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos divulgar notificações do ministro Alexandre de Moraes direcionadas à rede social X, antigo Twitter.

Na quarta-feira (17), os documentos, que estão em segredo de Justiça, foram divulgados pela comissão, que tem parlamentares ligados ao ex-presidente Donald Trump no comando dos trabalhos.

As notificações fazem parte de diversas determinações para retirada de conteúdos considerados ilegais por Moraes. A remoção das postagens são consideradas como censura pelos críticos do ministro.

Ao se manifestar sobre a divulgação do comitê, o Supremo rebateu acusações de que as decisões não foram fundamentadas.  Segundo o STF,  os documentos que foram divulgados são ofícios enviados às plataformas para cumprimento das decisões.

A Corte declarou ainda que todas as partes envolvidas em processos têm acesso à fundamentação das decisões.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", afirmou a Corte.

A ofensiva contra o Supremo e Alexandre de Moraes nos Estados Unidos começou após o ministro incluir o empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, no inquérito que investiga atuação de milícias digitais para disseminar notícias falsas no país.

 

 

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