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Prefeito milionário desponta em
Minas para eleição de 2018

Prefeito milionário desponta em
Minas para eleição de 2018

FOLHAPRESS

17/06/2017 - 10h02
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Vittorio Medioli (PHS), 66, prefeito de Betim (MG), avalia que poderia ter gastado menos em sua campanha. Ele foi o candidato do país que usou o maior montante de recursos próprios para se eleger: R$ 4,48 milhões, o que representou 99,94% de sua arrecadação e quase alcançou o teto de R$ 4,52 milhões estabelecido para a terceira maior cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.

Medioli ajudou a financiar a campanha de vereadores de 11 partidos e tem a maioria absoluta na Câmara. Somente Daniel Costa (PT) é de oposição e mesmo assim votou para aprovar medidas do prefeito, eleito no primeiro turno, com 61,64% dos votos.

Uma campanha mais barata não viria, porém, por necessidade. Com bens declarados de R$ 352,6 milhões, a despesa na eleição representou 1,27% de seu patrimônio. João Doria, prefeito de São Paulo, por exemplo, acumula R$ 179,8 milhões e gastou R$ 4,44 milhões –35,7% de sua receita de campanha.

Com isso, Medioli ganhou a pecha de "prefeito rico" –e defende a classe. "Rico não pode ser excluído da possibilidade de fazer política. Uma pessoa que se dispõe a prestar seu tempo, sua dedicação e sua vontade não faz mal ao país", afirma.

Dono do Grupo Sada, que vai da siderurgia a um time de vôlei, passando por autopeças e uma editora, ele faturou R$ 3,2 bilhões em 2016. O italiano naturalizado brasileiro, que ainda guarda o sotaque de Parma, chegou a Betim aos 25 anos para prestar serviços de logística à fábrica da Fiat instalada na cidade. Hoje, um total de 40% da logística de automóveis no país é feita pelo Grupo Sada.

Assim como Doria, Medioli renunciou ao salário (R$ 21,5 mil), negociou doações de remédios com a iniciativa privada e tem o nome ventilado para 2018. "Pode ventilar, estou bem fincado aqui."

Apesar de também ter sido beneficiado pela onda antipolítica, Medioli foi deputado federal de 1991 a 2006 pelo PSDB. Deixou o partido, segundo conta, por "disputas internas". Escolheu o PHS por ser inexpressivo. Trouxe ao partido o amigo Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético Mineiro e hoje prefeito de BH, mas diz não se envolver em decisões da sigla.

LAVA JATO

Nascido no país da Mãos Limpas, operação que inspira a Lava Jato, Medioli concorda em anistiar os ex-colegas de Congresso, mas não como eles gostariam. "Não adianta prender, tem que sair do país. Devolve o que foi roubado e suma daqui."

A solução Medioli daria uma opção: ser processado ou vender o patrimônio ilícito e viver 20 anos fora. A receita valeria para empreiteiros. "O Brasil não precisa dessas quatro, dez famílias que estão infestando o país. As obras que eles fazem qualquer outro faz."

Medioli aprovou o veto às doações empresariais por "não haver controle que impeça a promiscuidade dessa relação". Contudo, não defende financiamento público nem lista fechada. Para ele, a nova legislação, que limita doações de pessoas físicas, mas não a autodoação, é "entre os males, o menor".

Não foram as novas regras, entretanto, que alçaram o prefeito ao poder. Ele está por trás da política de Betim desde 2000, quando ajudou a eleger Carlaile Pedrosa (PSDB), eleito novamente em 2004 e 2012.

No último mandato, eles romperam. Afastado para uma cirurgia no coração em 2014, Carlaile voltou à prefeitura antes do previsto para dar fim ao governo do vice, ligado a Medioli.

O próprio Medioli esteve internado em 2011, quando transplantou o fígado. "Eu morri. Tinha me despedido dessa vida. Voltei para cumprir algo. O que apareceu foi reparar os prejuízos que dei a Betim apoiando políticos que arrebentaram o município."

Seu desafio na prefeitura é fazer a folha de pagamento caber no Orçamento. Medioli cortou horas extras e cargos comissionados. Ainda assim, Betim sofre com a queda de receita: de cerca de R$ 1,6 bilhão em 2013 (em valores corrigidos), a previsão para 2017 é R$ 1,4 bilhão.

"Betim tinha um polo de fornecedores automotivos e isso desmoronou. Hoje tem 30 mil desempregados", diz.

JORNAL E CONDENAÇÃO

Em 1996, quando o Grupo Sada era criticado por parte da imprensa mineira, Medioli comprou o jornal "O Tempo", que tem uma edição para Betim e outra para Belo Horizonte. A de Betim é semanal e gratuita. Além disso, a Sempre Editora, presidida por sua mulher, Laura Medioli, veicula o tabloide "Super Notícia", que chegou a ter a maior tiragem do país.

Medioli reconhece que há conflito de interesses em "O Tempo", mas afirma que não é beneficiado pela publicação "mais isenta do Brasil". Questionado se já houve reportagens críticas a ele, responde: "Ninguém ousa, mas eu vou pautar uma matéria".

Em 2015, Medioli foi condenado a cinco anos de prisão por evasão de divisas e manutenção clandestina de depósitos. Segundo a Justiça, usou doleiros para enviar US$ 595 mil à Suíça em 2002. O prefeito pediu a anulação da sentença, alegando que suas testemunhas não foram ouvidas.

Para o prefeito, o caso foi intriga política, já que outros 90 parlamentares investigados se safaram. "Foi uma covardia. Essa operação representa zero alguma coisa do meu patrimônio. Só em filantropia eu faço US$ 2 milhões por ano há 20 anos."

Política

Vereadores aprovam projeto que permite a entrada de água potável em shows e festivais

O projeto aprovado em sessão na Câmara Municipal, especifica que a água deverá estar acondicionada em embalagem plástica transparente e lacrada em eventos de Campo Grande.

23/04/2024 17h37

Divulgação/ Câmara Municipal de Campo Grande

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Na manhã de hoje, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande se reuniram para aprovar o projeto de lei 11.196/23, que autoriza a entrada de água potável para consumo pessoal em shows e festivais na capital.

Conforme o documento de autoria dos vereadores Dr. Victor Rocha e Carlão, o projeto dispõe sobre a permissão para a entrada de água potável para consumo pessoal em shows, festivais, exposições e eventos similares no âmbito do município de Campo Grande.

A proposta, apresentada pelo vereador Vitor Rocha (PSDB) em novembro do ano passado, será discutida. Naquele período, o país enfrentava altas temperaturas. Nesse mesmo período, a estudante sul-mato-grossense, Ana Clara Benevides Machado, morreu após passar mal durante um show da cantora norte-americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro (RJ). 
 
A partir de hoje, em caso de não cumprimento da lei, o evento corre o risco de ser cancelado. 

 

Outras pautas aprovadas

Outra pauta debatida e aprovada em regime de urgência foi o projeto de lei 11.307/24, do Executivo Municipal, que autoriza a Prefeitura a realizar permuta de área de sua propriedade com área pertencente à JM Administradora de Bens LTDA, localizada no loteamento Nova Campo Grande.

Também foi aprovado o projeto de lei complementar 923/24, de autoria da Mesa Diretora, que altera dispositivo da Lei Complementar 476/23. Esta última concede anistia condicional aos proprietários de edificações cuja execução esteja em desacordo com o Código de Obras e a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo. 

Durante a sessão, os parlamentares mantiveram o veto parcial ao projeto de lei 11.040/24, que estabelece o Programa Municipal de Identificação de Lar Atípico para pessoas com hipersensibilidade auditiva residentes no município de Campo Grande. A proposta foi apresentada pelos vereadores Carlos Augusto Borges (Carlão) e Prof. André Luis.

Também foi debatido o veto total ao projeto de lei complementar 917/24, que propõe alterações no Artigo 2º da lei 2.786/90. A proposta é de autoria dos vereadores Claudinho Serra, Betinho, Professor André Luis, Dr. Victor Rocha, Ronilço Guerreiro, Clodoilson Pires e Edu Miranda."

Em segunda discussão e votação, foi aprovado o projeto de lei 11.162/23, de autoria dos vereadores Papy e Carlos Augusto Borges (Carlão), que inclui a "Feira Científica" no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande.

Ainda durante a sessão, foi analisado o projeto de lei 11.199/23, de autoria do vereador Papy, que propõe a criação da carteira funcional digital e física dos conselheiros tutelares.

E, por fim, o projeto de lei 11.238/24, proposto pelo vereador Professor Juari, que trata da instituição da campanha permanente de valorização e respeito ao trabalho do professor, nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio do município de Campo Grande.

 

 

Política

Presidente Lula Descarta Crise na Petrobras e Destaca Crescimento

Em encontro com a imprensa, Lula afirma que a estatal enfrenta apenas "crises de crescimento" e minimiza desavenças internas

23/04/2024 14h00

Reprodução: Canal GOV

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Durante um encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva refutou a existência de uma crise na Petrobras, descrevendo a situação da empresa como "tranquila" e destacando apenas desafios ligados ao seu desenvolvimento.

Desmentindo Crises na Petrobras:

Nesta terça-feira, o presidente Lula afirmou que a Petrobras não enfrenta uma crise, contrariando rumores sobre instabilidades internas. Segundo ele, a empresa segue operando normalmente, sem turbulências significativas que afetem sua estabilidade.

Normalidade de Desentendimentos:

Lula comentou sobre a naturalidade dos desentendimentos dentro de grandes corporações como a Petrobras. Ele mencionou que, frequentemente, mal-entendidos podem gerar especulações, mas isso não indica uma crise real na empresa.

Enaltecendo a Petrobras:

O presidente elogiou a Petrobras por seu papel crítico no desenvolvimento econômico e energético do Brasil. Ele descreveu as adversidades enfrentadas pela empresa como "crises de crescimento", necessárias para sua evolução em uma companhia de energia mais abrangente, que inclui o foco em renováveis como eólica e solar.

Distribuição de Dividendos Extraordinários:

Lula confirmou apoio à distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras, prevista para votação no dia 19 de abril. Essa decisão poderá adicionar R$ 6 bilhões aos cofres da União, representando um importante influxo financeiro.

Controvérsias Internas e Gestão de Conflitos:

Recentemente, desentendimentos entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o Ministro da Energia, Alexandre Silveira, vieram à tona. Lula minimizou essas divergências, ressaltando que discordâncias são esperadas e gerenciáveis.

Futuro da Liderança na Petrobras:

Após uma fase de incertezas sobre a permanência de Prates na presidência da Petrobras, a situação parece estabilizada. Contudo, sua continuidade no cargo ainda depende de ajustes em sua conduta, conforme sinalizado por aliados do presidente.

Impacto da Participação de Fernando Haddad:

A entrada do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no debate sobre a gestão da Petrobras marcou uma virada importante, desafiando a oposição de outros ministros que questionavam a permanência de Prates.

Conclusão:

Em resumo, o presidente Lula defendeu a estabilidade e a trajetória de crescimento da Petrobras, apesar das especulações e desafios internos. O encontro com a imprensa reforçou o compromisso do governo com a transparência e a governança corporativa eficaz.

Participantes do Café com a Imprensa:

O evento contou com a presença de representantes de diversos veículos de comunicação, incluindo Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, G1, e outros, demonstrando a importância do diálogo aberto com a mídia.

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