O município de Miranda poderá ter novas eleições com a cassação do mandato da prefeita, Marlene de Matos Bossay (MDB), e do vice, Adailton Rojo Alves, acusados de compra de votos durante a campanha, em 2016, se o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) confirmar a sentença. O filho de Marlene, vereador Ivan Bossay, também teve o mandato cassado.
O juiz Alex Sandro Mota encaminhou na sexta-feira (27) ciência da sentença proferida ao presidente da Câmara Municipal, Walter Ferreira de Oliveira (DEM), que, após a publicação da defesa de segunda instância que confirmar a cassação dos políticos, a Casa de Leis vai convocar o suplente de Ivan para ocupar o seu lugar e Valter assume o cargo de prefeito até o trânsito em julgado do processo e até as novas eleições.
Marlene foi condenada em dois processos distintos. Um proposto pelo Ministério Público e outro pela Coligação Unidos por Miranda, envolvendo os partidos PSL, PR, DEM, PRP, PSDB e PV. No caso da coligação, o advogado Ary Raghiant destacou que a cassação é consequência da captação ilícita de sufrágio, ou seja, a popular compra de votos. “São dois processos sobre o caso do filho de Marlene. O Alexandre ter sido preso entregando cestas básicas na aldeia. Pela gravidade dos fatos, dificilmente, ela ficará no cargo, e deverá ter novas eleições em Miranda”, explica.
* Leia a reportagem, de Renata Volpe Haddad, na edição deste sábado/domingo do jornal Correio do Estado.