Política

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

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Pedidos de impeachment de Azambuja serão analisados por comissão

Os dois pedidos foram lidos hoje, durante sessão no Legislativo

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Os dois pedidos de impeachment contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foram lidos durante sessão que ocorreu nesta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa. Os pedidos serão encaminhados para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Casa de Leis e parecer opinativo da comissão será votado em plenário. Após votação do parecer, será avaliado a possibilidade de abrir comissão especial para investigar Azambuja.

Um dos pedidos de impeachment é antigo e foi feito em maio de 2017 pelo vereador Vinicíius Siqueira (DEM). O segundo pedido é de autoria dos advogados Danny Fabrício Cabral Gomes e Soraya Vieira Thronicke (PSL), Soraya é candidata ao Senado Federal pelo partido do presidenciável Jair Messias Bolsonaro.

Nos dois documentos, os autores alegam que Azambuja está envolvido no caso da venda de boi em pé e emissão de notas frias em troca de pagamento de propina no caso da JBS. Os donos do frigorífico, Wesley e Joesley Batista mencionaram o nome do governador, por meio de delações premiadas, como um dos envolvidos no esquema. 

O presidente do Legislativo, Junior Mochi (MDB) explicou também que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da JBS, comissão criada para investigar os Termos de Acordo de Regime Especial, os famosos Tares da empresa, não investigou Azambuja porque documentos não foram encaminhados para a casa. “As investigações pessoais foram para o MPF (Ministério Público Federal) e vamos pedir agora que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) encaminhe cópia do processo uma vez que ocorre em segredo de justiça”, explicou Mochi.

Com a solicitação dos autores de retomar os procedimentos, os pedidos passam à análise da CCJR. “Temos a obrigação de cumprir a lei e cumprir o Regimento Interno da Casa, e nós o faremos. Foram lidos os pedidos hoje, daremos o encaminhamento dentro daquilo que estabelece a Lei 1079/1950 e o regimento. O parecer opinativo que vier da CCJR, obviamente, pesa na nossa decisão de qual será o encaminhamento devido que nós vamos tomar”, reforçou o presidente da Casa de Leis.

O presidente esclareceu que, após o procedimento inicial de admissibilidade, uma Comissão Especial poderá ser criada. “A comissão terá a responsabilidade de analisar pedidos, documentação, provas, solicitar ao STJ, se for possível, o encaminhamento de cópia do processo, para que essas investigações da Polícia Federal possam subsidiar a decisão da comissão que, por sua vez ,será submetido ao Plenário”, disse.

Segundo o deputado Pedro Kemp (PT), os pedidos devem ser analisados, mas que não há fatos novos sobre o caso. “Essa é a primeira sessão depois da operação da Polícia Federal na semana passada aqui no Estado, que se refere à delação premiada do Joesley Batista. É importante dar esclarecimento para a população que temos os pedidos de impeachment protocolados e que a denúncia foi objeto de CPI aqui na Assembleia. Não temos um fato novo, a polícia está investigando, não temos prova que possa incriminar. A assembleia não tem acesso ao processo, que tramita em segredo de justiça, temos que aguardar o desenrolar do caso”, afirmou.

Em seu discurso, Kemp criticou os processos relativos às delações premiadas. “Delação premiada está sendo utilizada com muita facilidade e com objetivos políticos e ideológicos. Delação tem que ser acompanhada de provas, pois as pessoas podem ser vítimas de injustiça”, enfatizou.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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