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PCdoB de MS suspende filiado que ameaçou magistrados de recurso de Lula

Áudio dos ataques de investigado vazou na internet

RAFAEL RIBEIRO

16/01/2018 - 16h49
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O Comitê Estadual do PCdoB em Mato Grosso do Sul suspendeu por 120 dias um de seus filiados, investigado por fazer ameaças contra os integrantes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que no próximo dia 24 julga a apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a condenação de nove anos e meio de prisão do juiz Sérgio Moro.

O caso aconteceu no início de janeiro. O corretor de imóveis Urias Fonseca Rocha, 58 anos, candidato derrotado a vereador na Capital em 2016, teve áudio por meio de aplicativo de mensagens de celular vazado onde diz que a condenação de Lula "não poderia ser aceita" e que era preciso "ir para a rua, ir pro pau" e "começar a estourar a cabeça de coxinha, de juiz, mandar esses coxinhas para o inferno."

A repercussão foi grande e, desde então, Rocha gravou um vídeo na internet tentando se justificar, mas acabou acirrando os ânimos de sites que fazem oposição ao ex-presidente, que o classificaram como "terrorista."

A presidente nacional do partido, Luciana Santos, disse, por meio de nota, que Rocha poderá sofrer medidas disciplinares cabíveis que serão decididas durante ou após o período de suspensão.

"Repudiamos as tentativas capciosas de vincular a fala solitária de um filiado, da qual discordamos totalmente, ao conjunto do PCdoB. Geralmente, tais ilações partem de militantes e grupelhos que, acostumados a difundir ódio e intolerância nas redes sociais, não escondem a saudade do terrorismo de Estado da ditadura instaurada em 1964, que perseguia, prendia, torturava e matava opositores. Diferentemente dessas forças obscuras do presente e do passado, jamais apoiamos ou adotamos atos terroristas", disse Mário Fonseca, presidente do PCdoB em Mato Grosso do Sul.

Durante o período de suspensão, Rocha não poderá se manifestar usando o nome do partido, inclusive na internet, e participar das atividades organizadas.

Não é a primeira vez que Rocha se envolve em polêmica por conta de áudios vazados. Em julho do ano passado, ele foi obrigado a se retratar após ofender o ex-juiz Odilon de Olveira, hoje pré-candidato ao governo do Estado pelo PDT.

VÍDEO DE DESCULPAS

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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