Líder do PSL na Câmara, Joice Hasselman, protocolou pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (24), com base em crime de responsabilidade.
O PSL é o partido pelo qual Bolsonaro foi eleito.
Joice afirmou que conversou com juristas que participaram do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT) para formular o pedido, que segundo ela, foi motivado pela denúncia de interferência direta na Polícia Federal, que investiga crimes de filhos de Bolsonaro.
A acusação foi feita pelo ministr Sérgio Moro, durante anúncio de sua demissão, após a exoneração do diretor-presidente da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
O ex-ministro afirmou que a troca ocorreu porque Bolsonaro queria obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência.
Segundo a líder do ex-partido do presidente, o pedido de impeachment foi informado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que se absteve de fazer comentários.
"Até pelo bom andamento do trabalho legislativo, não cabe a mim fazer pressão ao presidente da Câmara", disse.
Joice já havia criticado Bolsonaro na quinta-feira (23), quando se ventilou a possibilidade de demissão do ex-ministro.
Nesta sexta-feira (24), ela elogiou a postura de Moro e o defendeu da acusação feita pelo presidente, de que Moro teria condicionado a demissão de Valeiro a uma indicação no Supremo Tribunal Federal (STF). "Não é verdade que ele estava negociando uma vaga no Supremo", disse.
PSL-MS se cala sobre nota nacional contra Bolsonaro
Executiva do partido repudiou presença do presidente em ato antidemocrático.
O diretório estadual do PSL em Mato Grosso do Sul se calou sobre a nota que a executiva estadual do partido divulgou.
O texto repudia a presença do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL e atual sem partido) nas manifestações de domingo, em que parte dos integrantes pedia a volta da ditadura militar, o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme nota publicada na página oficial do partido no Facebook, Jair Bolsonaro assinou um documento quando era integrante do PSL se comprometendo a defender a democracia; por não cumprir o acordado, não faz mais parte da agremiação.
“O PSL repudia atos antidemocráticos, motivo pelo qual o presidente Bolsonaro não faz mais parte do PSL. Neste documento, assinado por ele, promete ‘preservar as instituições e proteger o Estado de Direito’. Quem defende o AI-5 e o fechamento do Congresso não comunga dos nossos valores”.
Na publicação do partido consta uma foto do suposto documento, assinado pelo então deputado federal Jair Bolsonaro, com data de 4 de janeiro de 2018.
No ato, o PSL comunica a imprensa e toda a sociedade que Bolsonaro era pré-candidato do partido à disputa pela Presidência do Brasil.
“Tanto para o presidente Luciano Bivar quanto para o deputado Jair Messias Bolsonaro, são prioridades para o futuro do País o pensamento econômico liberal, sem qualquer viés ideológico, assim como o soberano direto à propriedade privada e à valorização das forças armadas e de segurança. Ambos comungam também da necessidade de preservar as instituições, proteger o Estado de Direito em sua plenitude e defender os valores e princípios éticos e morais da família brasileira”, diz um trecho do texto.
PROCURADOS:
Pelo Correio do Estado, a presidente do PSL-MS e senadora, Soraya Thronicke, e o vice-presidente, Danny Fabrício Cabral Gomes, não responderam até o fechamento desta reportagem.
SORAYA THRONICKE:
Durante a pré-campanha e campanha de 2018, Soraya ficou conhecida como a “senadora do Bolsonaro” e foi eleita com 16,19% dos votos, sendo a preferida de 373.712 eleitores.
Após a eleição, a parlamentar foi empossada como presidente do PSL em Mato Grosso do Sul por conta da proximidade com o presidente nacional, Luciano Bivar.
CRISE:
No ano passado, o PSL passou por grande crise, sendo dividido entre bivaristas e bolsonaristas, e Soraya não declarou seu apoio ao presidente. Ao contrário do filho do presidente e também senador Flávio Bolsonaro, que deixou o partido, a parlamentar permaneceu na sigla justificando que continuaria votando a favor do presidente e manteria a representatividades da sigla nas comissões do Senado Federal.
CAPITÃO CONTAR:
O deputado estadual Capitão Contar também foi procurado pelo Correio do Estado para se manifestar sobre a nota do partido, mas a reportagem não obteve retorno. Contar se posicionou sobre as manifestações de domingo, defendeu o presidente e atacou a imprensa.
“Quando algumas pessoas vão às manifestações e levam faixas com dizeres que remontam à ‘ditadura’, ‘AI-5’ ou ‘intervenção militar’ entendo que desejam levar a mensagem do ‘basta’, do ‘tudo ou nada’, da revolta profunda sobre a política atual ou a forma como agem os Poderes.
E acredito que isso não representa o motivo principal dos movimentos, mas parece que a imprensa parcial gosta de se apoiar nesses dizeres, como forma de desconstruir a credibilidade e trazer aos dias atuais temas já enterrados de nossa história. Em nenhum momento Bolsonaro defendeu essas ideias ou incitou o fechamento de Poderes.
O que ele defende, e eu também, é que os poderes funcionem de modo a atender a vontade e os interesses do povo brasileiro. Defendemos a democracia, ou seja, o poder a serviço da população. E que os seus representantes possam fazer esse trabalho sem chantagem, corrupção ou demagogia”.
Contar é apontado por Soraya como pré-candidato a prefeito de Campo Grande. Ao contrário da eleição de 2018, o deputado não deve ter apoio de Bolsonaro.
O presidente já afirmou que não vai apoiar candidatos do PSL.
O diretório estadual do PSL em Mato Grosso do Sul se calou sobre a nota que a executiva estadual do partido divulgou.
O texto repudia a presença do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL e atual sem partido) nas manifestações de domingo, em que parte dos integrantes pedia a volta da ditadura militar, o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme nota publicada na página oficial do partido no Facebook, Jair Bolsonaro assinou um documento quando era integrante do PSL se comprometendo a defender a democracia; por não cumprir o acordado, não faz mais parte da agremiação.
“O PSL repudia atos antidemocráticos, motivo pelo qual o presidente Bolsonaro não faz mais parte do PSL. Neste documento, assinado por ele, promete ‘preservar as instituições e proteger o Estado de Direito’. Quem defende o AI-5 e o fechamento do Congresso não comunga dos nossos valores”.
Na publicação do partido consta uma foto do suposto documento, assinado pelo então deputado federal Jair Bolsonaro, com data de 4 de janeiro de 2018.
No ato, o PSL comunica a imprensa e toda a sociedade que Bolsonaro era pré-candidato do partido à disputa pela Presidência do Brasil.
“Tanto para o presidente Luciano Bivar quanto para o deputado Jair Messias Bolsonaro, são prioridades para o futuro do País o pensamento econômico liberal, sem qualquer viés ideológico, assim como o soberano direto à propriedade privada e à valorização das forças armadas e de segurança. Ambos comungam também da necessidade de preservar as instituições, proteger o Estado de Direito em sua plenitude e defender os valores e princípios éticos e morais da família brasileira”, diz um trecho do texto.
PROCURADOS:
Pelo Correio do Estado, a presidente do PSL-MS e senadora, Soraya Thronicke, e o vice-presidente, Danny Fabrício Cabral Gomes, não responderam até o fechamento desta reportagem.
SORAYA THRONICKE:
Durante a pré-campanha e campanha de 2018, Soraya ficou conhecida como a “senadora do Bolsonaro” e foi eleita com 16,19% dos votos, sendo a preferida de 373.712 eleitores.
Após a eleição, a parlamentar foi empossada como presidente do PSL em Mato Grosso do Sul por conta da proximidade com o presidente nacional, Luciano Bivar.
CRISE:
No ano passado, o PSL passou por grande crise, sendo dividido entre bivaristas e bolsonaristas, e Soraya não declarou seu apoio ao presidente. Ao contrário do filho do presidente e também senador Flávio Bolsonaro, que deixou o partido, a parlamentar permaneceu na sigla justificando que continuaria votando a favor do presidente e manteria a representatividades da sigla nas comissões do Senado Federal.
CAPITÃO CONTAR:
O deputado estadual Capitão Contar também foi procurado pelo Correio do Estado para se manifestar sobre a nota do partido, mas a reportagem não obteve retorno. Contar se posicionou sobre as manifestações de domingo, defendeu o presidente e atacou a imprensa.
“Quando algumas pessoas vão às manifestações e levam faixas com dizeres que remontam à ‘ditadura’, ‘AI-5’ ou ‘intervenção militar’ entendo que desejam levar a mensagem do ‘basta’, do ‘tudo ou nada’, da revolta profunda sobre a política atual ou a forma como agem os Poderes.
E acredito que isso não representa o motivo principal dos movimentos, mas parece que a imprensa parcial gosta de se apoiar nesses dizeres, como forma de desconstruir a credibilidade e trazer aos dias atuais temas já enterrados de nossa história. Em nenhum momento Bolsonaro defendeu essas ideias ou incitou o fechamento de Poderes.
O que ele defende, e eu também, é que os poderes funcionem de modo a atender a vontade e os interesses do povo brasileiro. Nós defendemos a democracia, ou seja, o poder a serviço da população. E que os seus representantes possam fazer esse trabalho sem chantagem, corrupção ou demagogia”.
Contar é apontado por Soraya como pré-candidato a prefeito de Campo Grande. Ao contrário da eleição de 2018, o deputado não deve ter apoio de Bolsonaro.
O presidente já afirmou que não vai apoiar candidatos do PSL.