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Para OAB, indefinição sobre juiz de garantias gera instabilidade

Ministro Dias Toffoli estendeu a aplicação e, depois, o ministro Luiz Fux suspendeu a medida sancionada pelo governo

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A indefinição do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à implementação do juiz de garantias causa insegurança jurídica. De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Mansour Karmouche, a expectativa é a de que os ministros se reúnam logo para discutir a pauta. 

O motivo da insegurança é por conta de duas decisões do STF em relação à matéria. O presidente da corte, Dias Toffoli, decidiu durante o plantão do judiciário estender o prazo de implementação, que começaria no dia 23, para que a aplicação começasse em 180 dias. Porém, quando o ministro e vice-presidente Luiz Fux assumiu o plantão, suspendeu a incorporação da figura na Justiça brasileira. 

“Se o plenário julgar rapidamente, tudo bem, mas, se demorar, pode gerar uma série de questionamentos. Processos podem ser questionados posteriormente, por isso, a decisão. Se não pacificar a questão, pode gerar instabilidade. Tem de definir rapidamente se é constitucional ou inconstitucional”, destacou Karmouche.

De acordo com o presidente da OAB-MS, como a decisão agora está com o plenário do STF é preciso que a matéria entre em pauta o quanto antes. Porém, para o presidente Dias Toffoli pautar é necessário que o relator, Fux, devolva a matéria. 
“A previsão é a de que seis ministros teriam se manifestado favoravelmente ao juiz de garantias”, antecipa Mansour em relação à votação dos 11 ministros que formam o plenário da Corte.

O advogado criminalista André Borges concorda com o presidente da OAB-MS e ainda destaca a ação do ministro Luiz Fux com sua decisão e o apoio do ministro da Justiça, Sergio Moro. “Tempos estranhos: vice-presidente do STF suspende liminar do presidente do órgão; ministro da Justiça apoia a decisão, que contraria ato de seu chefe, o presidente, que sancionou a lei. O Brasil realmente não é um país para amadores”.

Na análise de Borges, a implementação não deveria ter sido suspensa pelo tribunal. “O STF não deveria, por liminar, suspender lei aprovada por aqueles que têm a função suprema de consultar os interesses do povo. No caso, o Congresso Nacional”.

A expectativa do advogado é a de que brevemente ocorra uma decisão para que não se cause mais insegurança. “Espero que o plenário do STF julgue essa liminar em breve, derrubando ela, para restaurar a necessária segurança jurídica, seriamente violada no episódio”.

AGU 

A Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou em relação às ações aplicadas na lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2019.

De acordo com o blog de Andréia Sadi, a AGU se manifestou na ação apresentada por associações de magistrados e juízes, como a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

A advocacia argumenta que a figura do juiz de garantias aprimora o sistema processual e já está em discussão há tempos no Congresso. Para a AGU, as organizações autoras da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) não têm legitimidade para apresentar o recurso porque, como entidades de classe, têm o objetivo de defender os interesses da categoria, o que não seria o caso de alterações no Código de Processo Penal. 

Ainda de acordo com a manifestação da AGU, a figura do juiz de garantias prestigia a imparcialidade do julgador, afastando-o de possíveis fatores de contaminação subjetiva. 

O presidente da OAB-MS destacou que a seccional tem o mesmo posicionamento da AGU. Mesmo não sendo uma pauta da OAB, Mansour declarou que com a matéria aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente ela deve ser aplicada. “A posição da AGU é a mesma posição nossa. A lei já está sancionada pelo presidente, não era uma pauta da OAB, a OAB entendeu por bem ser favorável, mesmo porque, no entendimento da instituição, é plenamente possível de adaptar. Não é aplicado em todos os casos. O juiz só entra quando houver a antecipação de produção de prova”.

GASTOS

A Advocacia-Geral da União (AGU) afirma em sua manifestação que a mudança se trata de uma adaptação à nova lógica processual, não criando despesas ou aumentando a carga de trabalho dos juízes.

GUERRA IMINENTE

Assembleia Legislativa de MS manifesta temor por conflito entre Israel e Irã

Deputado Gerson Claro afirmou que a iminente guerra pode causar crise com efeitos no Brasil e em MS

16/04/2024 12h00

Presidente da Assembleia Legislativa se manifestou em nome da Casa Foto: Luciana Nassar

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O ataque do Irã a Israel ocorrido no último fim de semana pode levar a uma escalada nos conflitos da região e acende o alerta em toda a comunidade internacional. Em Mato Grosso do Sul, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), manifestou temor com a possibilidade de uma guerra.

Ele usou a palavra antes da abertura da sessão desta terça-feira (16) e disse, em nome da Casa, que é iminente o conflito e há uma pressão na política internacional, já tendo havido manifestação de autoridades brasileiras.

“Nós não poderíamos deixar de nos manifestar com preocupação, porque é certo que qualquer reação neste momento de crise pode ocorrer que esse conflito se torne em um acontecimento, que já é de influência mundial, seja ainda maior", disse.

"A gente pede, nesse momento, em nome do Parlamento sul-mato-grossense, que as autoridades, sejam elas americanas que tenham influência na ONU [Organização das Nações Unidas], ou nacionais, em nossas embaixadas, possam agir de maneira a buscar o diálogo e a tolerância, porque esse conflito, e a maneira que o próprio Irã respondeu a um eventual ataque ainda não assumido por Israel, nos preocupa e nos coloca em alerta, porque sabemos que os acontecimentos iminentes podem atingir nosso País”, acrescentou.

"A gente acompanha com muito temor e com expectativa que o equilíbrio possa tomar conta das negociações nesse momento e que esse iminente perigo de uma guerra possa parar onde está", concluiu Gerson Claro.

Conflito no Oriente Médio

A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque surpresa a Israel, que deixou 1,4 mil mortos e capturou cerca de 200 reféns.

Desde então, mais de 32 mil pessoas perderam a vida em toda a Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo 13 mil crianças, e mais de 74 mil ficaram feridos, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Cerca de 1,7 milhão, quase 80% da população da Faixa de Gaza, foram deslocadas. Dessas, 850 mil são crianças.

No início deste mês, aviões de combate supostamente israelenses bombardearam a Embaixada do Irã na Síria. O ataque matou sete conselheiros militares iranianos e três comandantes seniores.

No sábado (13), a ofensiva foi do Irã, que atacou o território israelense com mísseis e drones, que em grande parte foram interceptados pelas forças de defesa israelenses.

Após o ataque iraniano, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou, no sábado (13) à noite, uma nota no qual o governo brasileiro manifesta "grave preocupação" com relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel.

De acordo com a nota, a ação militar deixou em alerta países vizinhos e exige que a comunidade internacional mobilize esforços para evitar uma escalada no conflito.

* Com Agência Brasil

CAMPO GRANDE

André depende de financiamento para confirmar a pré-candidatura a prefeito

O ex-governador terá reunião com o presidente nacional do partido para viabilizar os recursos para a campanha eleitoral

16/04/2024 09h00

André Puccinelli participou ontem da rodada de entrevistas feita pela CBN e Correio do Estado Foto: Divulgação

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Após participar da primeira de uma série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Correio do Estado realizarão com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, o ex-governador André Puccinelli (MDB) disse que aguarda até o fim do mês de maio para bater o martelo sobre disputar ou não o pleito do próximo dia 6 de outubro.

Segundo André Puccinelli, nos próximos dias terá uma reunião, em Brasília (DF), com o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), para alinhar a liberação de recursos para a campanha eleitoral para prefeito de Campo Grande.

“Eu e o presidente estadual do MDB, o ex-senador Waldemir Moka, teremos essa reunião com o Baleia Rossi para definir o montante de recursos que serão destinados para a minha campanha eleitoral a prefeito da Capital”, declarou o político, que já administrou Campo Grande por dois mandatos consecutivos – de 1º de janeiro de 1997 a 1º de janeiro de 2005.

O ex-governador ressaltou que ele e Moka vão combinar com Baleia Rossi uma data para a liberação dos recursos necessários para a realização da campanha eleitoral.

“Vou explicar ao presidente nacional do MDB que preciso de uma quantia x para fazer a campanha eleitoral e que posso aguardar somente até o fim do mês de maio, caso contrário não vou concorrer. Sem recursos, é melhor ir pescar e cuidar dos netos”, assegurou.

Para viabilizar o recurso suficiente para a campanha, André Puccinelli vai levar para Baleia Rossi as últimas pesquisas de intenções de votos, que, conforme ele, demonstram sua liderança na disputa pela prefeitura e também a redução da sua rejeição junto ao eleitorado campo-grandense.

"Teremos essa reunião com o Baleia Rossi para definir o montante de recursos que serão destinados para a minha campanha eleitoral a prefeito da Capital”, André Puccinelli, explicando que sem recursos não terá como disputar a prefeitura

Sobre alianças para a eleição no munípio, o ex-governador reforçou que, por enquanto, o único partido acertado com o MDB é o Solidariedade, que atualmente é presidido pelo seu filho, André Puccinelli Júnior. Com relação aos demais partidos, ele disse que isso será tratado mais adiante.

ENTREVISTAS

Na manhã de ontem, a Rádio CBN Campo Grande e o Correio do Estado iniciaram a série de entrevistas com seis pré-candidatos à Prefeitura de Campo Grande.

O primeiro foi André Puccinelli e os próximos serão o ex-deputado estadual Rafael Tavares (PL), amanhã, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) no dia 19, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) no dia 22, a prefeita Adriane Lopes (PP) no dia 24 e a deputada federal Camila Jara (PT-MS) no dia 26 de abril.

Essa ordem de entrevistas foi definida em reunião com representantes dos partidos, quando foi realizado sorteio. Na entrevista realizada ontem, André Puccinelli falou sobre a motivação de se candidatar novamente a prefeito de Campo Grande. 

Durante a sabatina com os jornalistas dos dois veículos de comunicação, o ex-governador respondeu a questões relacionadas aos processos judiciais aos quais responde e rebateu as informações sobre os índices de rejeição popular.

Conforme ele, ao reduzir o percentual de rejeição, o saldo de intenções de votos fica positivo, ficando à frente dos demais pré-candidatos.

André Puccinelli também falou sobre a questão da saúde pública, reforçando que a construção de um hospital municipal não resolverá o problema.

“O que falta para a saúde pública de Campo Grande são médicos e medicamentos”, reforçou.

Outro assunto abordado pelo pré-candidato foi o transporte coletivo urbano na Capital. Ele garantiu que tarifa zero é conversa para boi dormir e que a solução para melhorar a qualidade do serviço é uma fiscalização mais rígida por parte do Executivo municipal.

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