Política

CÂMARA

A+ A-

Pandemia derruba gastos com diárias em Dourados

O isolamento social fez com que o valor gasto com viagens pelos vereadores da segunda maior cidade do Estado ficasse 79% menor no primeiro semestre

Continue lendo...

A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente a gestão pública de Dourados, inclusive em relação ao uso do dinheiro dos contribuintes. Dados do Portal da Transparência da Câmara do município mostram que, desde que a pandemia chegou à cidade, o financiamento de viagens dos parlamentares caiu.

Em junho, foram utilizados apenas R$ 9.805,00 em viagens financiadas com dinheiro público. No mesmo período em 2019, os vereadores já haviam gastado R$ 47.305,00. A diferença representa 79% de economia.  

Parte das agendas neste ano se concentrou em Campo Grande. Algumas tratam de reuniões com parlamentares da Assembleia Legislativa e membros do Poder Executivo, outras são para participação em cursos e seminários realizados antes da suspensão de eventos.  

Nesse período, foram pagas três viagens a Brasília-DF, as quais custaram R$ 5.707,50. Apenas uma delas, do vereador Júnior Rodrigues (PL), era referente à agenda ministerial. As outras duas custearam a participação do presidente e do primeiro-secretário da Câmara, Alan Guedes (PP) e Sérgio Nogueira (PSDB), respectivamente, em encontro nacional de vereadores.

RECORDE DE GASTOS

Em 2019, a Câmara de Dourados teve um recorde histórico de gastos. Primeiro ano de Alan Guedes no comando da mesa diretora, o legislativo “torrou” R$ 125.940,00 em viagens, hospedagens e ingressos de participação em eventos e cursos.  

O líder dos gastos é o vereador Sérgio Nogueira. O tucano usou R$ 14.812,50 em viagens que incluem agendas com deputados estaduais e federais e departamentos do Executivo sul-mato-grossense e da União. Porém, destacam-se também investimentos em congressos e até marcha para vereadores. Nogueira também foi o mais gastador entre os 19 parlamentares em 2017 (R$ 13.085,00) e 2018 (R$ 12.605,00).

Os outros vereadores apresentaram os seguintes gastos com diárias naquele ano: Alan Guedes (PP): R$ 11.395,00; Daniela Hall (PSD): R$ 12.985,00; Elias Ishy (PT): R$ 3.622,00; Júnior Rodrigues (PL): R$ 11.000,00; Carlito do Gás (PL): R$ 8.372,50; Bebeto (PL): R$ 1.237,00; Braz Melo (PSC): R$ 2.875,00; Pedro Pepa (DEM): R$ 990,00; Cirilo Ramão (MDB): R$ 990,00; Madson Valente (DEM): R$ 247,50; Cido Medeiros (DEM): R$ 10.642,50; Maurício Lemes (PSB): R$ 6.835,00; Olavo Sul (Patriotas): R$ 247,50; Romualdo Ramim (DEM): R$ 1.237,50; Juares de Oliveira (MDB): R$ 9.762,50; Marcelo Mourão (suplente): R$ 247,50; Toninho Cruz (suplente): R$ 742,50.

Silas Zanata (PSDB), Jânio Miguel (PL) e Idenor Machado (PSDB) não gastaram nada dos cofres públicos em diárias e passagens no ano passado.

Em 2017, foram gastos, ao todo, R$ 85.380,00 para este fim. Já em 2018 houve uma leve redução: R$ 67.890,00. Até o momento, a atual legislatura custou para o bolso do contribuinte R$ 296.877,50 somente em agendas fora da cidade.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

Continue Lendo...

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

Continue Lendo...

O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).