Política

AJUSTE TRIBUTÁRIO

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Pacotes de medidas fiscais do governo é aprovado; veja como cada deputado votou

Entre mudanças está aumento do ICMS da gasolina em 30% e redução para 20% do etanol

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O pacote de medidas na área fiscal, que foi entregue pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no dia 31 outubro deste ano, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) foi aprovado em votação nesta quarta-feira (12) no plenário. Em um mesmo dia os parlamentares aprovaram o texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e depois ela passou por duas votações e agora segue para sanção do governo do Estado.

Na primeira votação foram 15 votos favoráveis e apenas cinco contra. Votaram contrários as medidas os deputados Coronel David (PSL), Renan Contar (PSL), Cabo Almi (PT), Pedro Kemp (PT) e João Henrique Catan (PL). Na segundo o quórum foi o quase o mesmo para os que votaram contrário a proposta, porém, apenas Felipe Orro (PSDB), que tinha votado a favor na primeira votação, ficou ausente na segunda apreciação. Os que votaram a favor da proposta, tanto em primeira como em segunda foram: Antonio Vaz (PRB), José Carlos Barbosa (DEM), Eduardo Rocha (MDB), Evander Vendramini (PP), Jamilson Name (PDT), Lídio Lopes (Patriotas), Londres Machado (PSD), Lucas de Lima (Solidariedade), Marçal Filho (PSDB), Márcio Fernandes (MDB), Neno Razuk (PTB), Onevan de Matos (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB) e Zé Teixeira (DEM).

Catan, inclusive, repetiu a posição que havia tido mais cedo, quando o pacote de medidas tramitou na CCJ. Na Comissão foram quatro votos favoráveis, dos deputados Barbosinha, Lídio Lopes, Lucas de Lima – representando o deputado Gerson Claro (PP) – e Marçal Filho, e apenas um contrário, justamente de Catan.

Após a votação em primeira no plenário, o presidente da Casa, deputado Paulo Corrêa (PSDB) convocou reunião com presidente da Federação, Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Maurício Saito e com os deputados para voltarem e pedirem extraordinária para apreciar o pacote em segunda votação. O que aconteceu e a votação teve o mesmo número de contrários. Entretanto, um dos deputados favoráveis, Felipe Orro, estava ausente.

O QUE MUDA

O pacotão fiscal inclui a mudança na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível, que hoje é de 25% tanto para a gasolina, quanto para o álcool. Com a alteração, a gasolina seria onerada em 30% e o etanol em 20%.

Entre as outras medidas estão também a isenção do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) para quem receber a titularidade definitiva de lotes da reforma agrária e beneficiários de programas habitacionais para pessoas de baixa renda. A regra só vale no primeiro registro imobiliário. A partir da venda, vai incidir sobre a transação o tributo sobre a transferência (ITBI).

O texto também mantém em 3,6% a alíquota do ITCMD e prevê a redução de 10% no ICMS para o transporte intermunicipal.

O pacotão, porém, não foi totalmente aprovado. Entre as propostas analisadas e aprovadas nesta quarta-feira está a anistia de ICMS até 2.000, a isenção ITCD reforma agrária, o aumento de 40% no Fundersul, a redução ICMS transporte rodoviário, o aumento do ICMS do álcool e gasolina e a manutenção ITCD 3,6% sem limite de data. Em 2015 o ITCD estava limitado até 31 de dezembro deste ano e em seguida voltaria a 2,4%, porém, com a proposta do governo ele mantém em 3,6% sem prazo determinado.

Portanto, ficam de fora neste primeiro momento a extensão até 2032 do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal do Estado (Fadefe), a nota premiada (que vista aumentar a arrecadação do ICMS por meio da adesão do empresariado) e o Refis.

EMPRESÁRIOS

Contrários a algumas medidas, um grupo de empresários de Mato Grosso do Sul está na Assembleia para acompanhar a votação. De acordo com Edson Lazarotto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro), a alternativa que a categoria quer apresentar para o governo é para que o álcool tenha alíquota de 12% e não de 20% e que a gasolina continue fique em 30% como é a proposta do governo.
“Não vai ter paridade e o litro da gasolina poderá ficar R$ 4,40 a R$ 4,50 e no interior a R$ 4,95. Só terá diferença de 60% e o consumidor não vai migrar com apenas 60%, teria que ser 73% para ocorrer a paridade. Postos do interior do Estado vão acabar fechando, postos de fronteira com estados vão ser prejudicados porque a gasolina em São Paulo e Paraná serão mais baratas”, afirmou Lazarotto.

Outro que também se mostrou contrário foi o diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Ronan Salgueiro, que afirmou que quer dialogar com o governo para que a categoria não seja onerada. “Ainda mais a cadeia que mais gira, se manter a roda girando, a economia vai melhorar”, avalia.

Para o governo do Estado, porém, as medidas foram a maneira encontrada para aumentar a competitividade do mercado.

VOTAÇÃO 

Veja o vídeo no momento em que deputados pedem para que as matérias sejam debatidas em plenário:

 

 

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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