Política

ELEIÇÕES 2018

A+ A-

Oito presidenciáveis discutem propostas de governo no segundo debate da campanha eleitoral de 2018

Oito presidenciáveis discutem propostas de governo no segundo debate da campanha eleitoral de 2018

Continue lendo...

Oito candidatos à Presidência da República participaram na noite desta sexta-feira (17) de um debate na RedeTV!.

O debate durou 2 horas e 15 minutos e terminou na madrugada deste sábado (18). É o segundo da eleição 2018 – o primeiro foi no último 10, na TV Bandeirantes.

Participaram os presidenciáveis Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

Antes do início do debate, os mediadores informaram que um púlpito estava reservado ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. A defesa do ex-presidente pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorização para a participação dele, mas o pedido foi rejeitado. Segundo os mediadores, em razão da ausência, o púlpito reservado a Lula foi retirado, por decisão da maioria dos candidatos – a exceção foi Guilherme Boulos (PSOL).

Durante o encontro, os postulantes apresentaram propostas sobre emprego, educação, segurança pública, entre outros temas.

O debate foi dividido em quatro blocos:

Primeiro bloco: os candidatos responderam às seguintes perguntas: "Por que o senhor (a) quer ser presidente?" e "O que é preciso mudar no combate à corrupção?". Depois, deram respostas a questionamentos de telespectadores e fizeram perguntas uns aos outros.
Segundo bloco: perguntas de jornalistas da RedeTV! e da revista ‘IstoÉ’.
Terceiro bloco: perguntas entre candidatos.
Quarto bloco: considerações finais.

Propostas

Conheça abaixo as falas na íntegra sobre propostas apresentadas pelos candidatos em resposta a perguntas que receberam durante o debate. O tempo de resposta variou de 45 segundos a 1 minuto.

A ordem dos candidatos abaixo obedeceu à posição (da esquerda para a direita) reservada a cada um pelo sorteio da organização do debate.

Cabo Daciolo (Patriota)

Fala de abertura - "Glória a Deus. Boa noite à nação brasileira. Eu vou ser o presidente da República e vou levar a nação brasileira a clamar ao Senhor. Não esperem nada de homens, a solução para a nação brasileira chama-se Jesus Cristo. Eu não estou aqui pregando religião para ninguém, eu estou falando de amor. Eu quero que você que está me ouvindo tenha fé, esperança e amor. Para acabarmos com essa corrupção, nós vamos entrar logo com uma reforma política e tirar os verdadeiros bandidos da nação. Estão lá dentro do Congresso Nacional, representados por muitos aqui, olha o quadro ali à nossa frente, são todos amiguinhos. Não tem inimigo ali não. Nós vamos pegar um por um. Para honra e glória do senhor Jesus."

Segurança pública - "Dia 1º de janeiro de 2019 vamos estar com Cabo Daciolo sentado na cadeira de presidente e você vai poder andar em paz. Vamos valorizar os profissionais da segurança pública, vamos cuidar das fronteiras, trabalhar em cima de prevenção. Toda guerra civil é proposital. As armas já chegaram, o momento é para parar munições. É simples. O problema é que nossas rodovias estão desguarnecidas. Deveríamos ter 15 mil policiais federais, mas hoje temos 8 mil. Nas fronteiras, não temos 11 mil militares das Forças Armadas cuidando. Por lá entram drogas, armamento, mas quem lucra com isso e quem quer isso? O poder, os políticos. Eles lucram com isso. A Rocinha tem lucro de 10 milhões e tem sempre um engravatado por trás disso."

Liberação das drogas e aborto - "Nação brasileira, sou contra, sou contra a liberação do aborto, sou contra a liberação das drogas no Brasil. E um homem e uma mulher de Deus, independente da religião, a sua palavra tem que ser sim, sim, e não, não. A palavra de Deus nos revela e nos ensina, para todos que estão aqui e para todos que estão nos ouvindo, que antes de você ser gerado no ventre da sua mãe, você já era um escolhido. Antes de você nascer, você já estava separado, então eu sou totalmente contra o aborto e sou contra a liberação da droga no nosso país."

Greve dos caminhoneiros - “Nação brasileira, no nosso governo, não vai ocorrer o que acontece nos governos que passaram pelo Brasil até o momento. Porque o nosso governo vai dialogar com o povo. O nosso governo vai ouvir as necessidades do povo. Foi falado aqui da greve dos caminhoneiros. Nós estivemos lá. Em momento algum os caminhoneiros estavam parando as vias. Eles só queriam ser ouvidos e eles não foram ouvidos pelo governo atual, infelizmente. Queriam a redução do combustível, do gás de cozinha, do diesel, vai ser reduzido. Pode esperar. Aguardem, no primeiro mês, nós vamos reduzir o combustível no Brasil e também o gás de cozinha. Quanto aos bombeiros militares, quero deixar bem claro que os bombeiros militares do Rio de Janeiro nunca fizeram greve. Nunca fizeram greve. Nós simplesmente nos ausentamos do estado. Eu sou bombeiro guarda-vida, todos os militares estavam na areia. Só que sem a camisa. A camisa de guarda-vida, porque o estado... (acabou o tempo).”

Emprego - “População brasileira, nação brasileira, um dos grandes vilões da nação são os banqueiros. Banqueiros têm lucros exorbitantes de bilhões todos os anos dentro da nação. Nós vamos reduzir impostos e reduzir juros. Isso é um fato verdadeiro. A partir desse momento você entra com investimento. Porque dinheiro é o que mais tem neste país. Não acredite quando falam que tem crise financeira na nação, porque não existe crise financeira na nação brasileira. Então, nós vamos investir com dinheiro que existe na nação, vamos preparar os nossos jovens, colocando a educação, ciências, tecnologia, inovação, institutos federais. E vamos caminhar e levar todos para o mercado de trabalho. E quero dizer e deixar bem claro. Na primeira semana, vamos adorar o Senhor. Na segunda semana, haverá um pronunciamento e vai ser: ‘Todos desempregados do Brasil, compareçam à unidade militar mais próxima da sua residência’.”

Considerações finais - "Glória, glória a Deus. Eu sirvo a um Deus das causas impossíveis. É o Deus que diz: 'Tudo que você pedir em oração, se você crer, você vai receber'. E eu creio que eu vou ser o futuro presidente da República. Eu quero dizer a você que está me ouvindo, você que no passado, na última eleição, mais de 37 milhões de brasileiros que votaram nulo, branco e abstenção, nos dê uma oportunidade. Nos dê uma oportunidade e você vai ver que a palavra de Deus é verdadeira. Quando o justo governa, o povo se alegra. Toda honra, toda a glória sejam dadas ao nosso senhor Jesus Cristo. Juntos somos fortes. Nenhum passo daremos atrás. E Deus está no controle. Glória."

Jair Bolsonaro (PSL)

Fala de abertura - "Quero ser candidato a presidente da República porque o Brasil precisa de um candidato honesto, patriota, que crê em Deus e afaste de vez o fantasma do comunismo. Só há uma maneira de combater a corrupção no Brasil: elegermos um presidente de forma isenta, um presidente que não negocie ministérios, estatais e bancos públicos, porque aí estão o foco da corrupção, que têm levado o Estado, inclusive, à ineficiência. Por isso não temos saúde, educação e segurança, exatamente por causa das indicações políticas, que têm que deixar de existir em nosso Brasil. O presidente tem que escolher os melhores para compor o seu time de ministros."

Desemprego - "Tudo que o PSDB e o PT fizeram ao longo de 20 anos chegou a esse caos, o desemprego. O senhor foi presidente do Banco Central por oito anos, depois foi para o grupo JBS Friboi, onde o BNDES passou a emprestar dinheiro apenas para os amigos do rei, como o casal, a dupla, Joesley Batista. Já para aqueles que precisavam não tinha empréstimo. Ou o juro lá em cima, contrariamente às demais. Então o emprego, senhor Meirelles, não sou economista, mas com toda certeza para por usar os órgãos de governo, as instituições, para atender ao povo, não aos amigos do rei. No mais, devemos desburocratizar, desregulamentar muita coisa no Brasil. Porque hoje em dia, o senhor bem sabe, para abrir uma empresa você leva 90 dias, é um cipoal de documentos que desestimula a buscar maneira de empregar alguém no Brasil. Então acho que passa por aí essa proposta para conseguir emprego para os brasileiros."

Educação - “A educação infantil é a base para a educação final. Nas escolas, hoje em dia, o que se aprende? Ideologia de gênero, partidarização, análise crítica das questões apenas, nada mais além disso. No meu tempo, você tinha física, química, matemática, geografia, história, educação moral e cívica. Isso não tem mais. Retiraram também do professor a sua autoridade dentro de sala de aula. O professor hoje em dia, conforme pesquisa aqui em São Paulo, em muitas escolas, está mais preocupado em não apanhar do que ensinar. Como exemplo, nós temos para isso, é fazer em grande parte das escolas do ensino fundamental, a militarização dessas escolas, ou seja, colocar diretores vindos do meio militar para que possa, via disciplina e hierarquia, essa garotada aprender algo para o futuro, diferente do que é ensinado hoje em dia.”

Déficit público e pagamento da dívida pública - “Cabe, sim, ao presidente da República. São números absurdos, os meus economistas dizem que tem solução, mas será muito difícil atender à meta. Propostas: redução do tamanho do Estado, privatizações, abrir o comércio com o mundo todo, deixar de lado o viés ideológico, facilitar vida de quem quer abrir empresa no Brasil – porque é um sacrifício abrir empresa no Brasil, quantidade de papeis é absurda – diminuir encargos trabalhistas e fazer com que empregados e patrões sejam amigos e não inimigos e deixemos de assistir a essa briga enorme nos tribunais tendo em vista a legislação, a CLT."

Igualdade salarial entre homens e mulheres - "É mentira que eu defendi em qualquer época da minha vida que mulher deve ganhar menos que homem. É mentira. Não existe um só áudio ou uma só imagem minha nesse sentido. Na CLT já está garantido à mulher ganhar igual ao homem, desde que a diferença de tempo de serviço entre um e outro não seja superior a dois anos. Já está garantido na CLT, não temos que nos preocupar com isso. No meu governo, a mulher terá papel de destaque, principalmente no tocante à segurança pública. É a mulher que se preocupa e muito se seu filho vai chegar em casa quando sai para visitar um amigo, ir para a faculdade. Então, a mulher vai ter essa garantia porque vamos investir pesado na segurança pública para que as mulheres, as mães tenham paz quando seus filhos porventura saírem de casa."

Considerações finais - "Primeiro, quero agradecer a Deus pela oportunidade e, se esta for a missão dele, com toda certeza nós a bem cumpriremos. O Brasil precisa de um presidente honesto, patriota, que respeite a família, honre as crianças em sala de aula, afaste de vez o fantasma do comunismo, ataque o Foro de São Paulo. Um país que una a todos, independentemente de sua opção, cor de pele ou região. Juntos, podemos fazer um Brasil diferente e melhor para todos. Meu muito obrigado a todos e boa noite."

Guilherme Boulos (PSOL)

Fala de abertura - “Talvez muitos estejam me vendo pela primeira vez. Eu sou candidato a presidente do Brasil porque eu estou indignado como você. Política para mim não é carreira, é desafio. Quero ser presidente para enfrentar os privilégios, porque hoje o Brasil é como se fosse uma corrida de 100 metros em que alguns começam 60 metros na frente. Não dá mais para ser assim. Eu quero ser presidente para acabar com a esculhambação que virou esse sistema político e o toma-lá-dá-cá. Eu quero ser presidente para tirar o Brasil da crise. Hoje eu vou apresentar propostas concretas de como nós vamos fazer isso, propostas de quem tem coragem para mudar o Brasil.”

Pré-sal e Petrobras - “Eu concordo integralmente com a opinião do eleitor. O pré-sal, o petróleo é uma riqueza nacional. Lamentavelmente, o governo Temer está entregando a Petrobras para as empresas estrangeiras. Nós vamos revogar a entrega do pré-sal para as empresas estrangeiras. Nós vimos isso, agora, de maneira recente, o efeito dessa política de preços que foi aplicada na Petrobras no seu bolso, para cada brasileiro e brasileira. Olha como está o preço do botijão de gás. O botijão de gás subiu mais de 30% só no último ano. E isso está afetando todos os brasileiros. Mais de 1 milhão de pessoas passaram a cozinhar a lenha, voltando ao século 19. Olha o preço da gasolina, do diesel, que gerou a greve dos caminhoneiros, nós vamos reforçar as refinarias, o pré-sal será nosso e fortalecer a Petrobras como empresa pública, com transparência e com controle social, retomando a geração de empregos e garantindo a soberania nacional.”

Urnas eletrônicas - “Olha, Daciolo, e a todos que estão nos assistindo em casa. Primeiro, eu só queria fazer uma correção, aqui. O Henrique Meirelles fez uma insinuação a respeito de trabalho. Quero dizer que eu não sou banqueiro, eu sou professor, escrevo e ganho minha vida honestamente. Luto ao lado dos sem-teto, com muito orgulho, há 17 anos, de quem precisa de casa. Luto com sem-teto, com sem-terra, só não estou junto com sem-vergonha, como alguns aqui estão. Agora, em relação a isso, as urnas eletrônicas são um sistema que internacionalmente não há qualquer tipo de reparo em relação a ele. Eu não tenho porque ter qualquer tipo de questionamento sobre as urnas eletrônicas, mas nós temos que que questionar outras questões da democracia brasileira. Democracia não pode ser apenas apertar um botão a quatro anos na urna e ir embora para a casa. Democracia tem que ser chamar o povo para a decisão. E é isso que estamos dizendo aqui, com plebiscito e referendos. E o nosso primeiro, em 1º janeiro de 2019, é para revogar os atos criminosos do governo Temer contra o povo.”

Segurança - “O que foi feito nos últimos 30 anos em relação à segurança pública foi tiro, porrada e bomba. Mais repressão, mais policiamento, tropa de choque e não se investiu em inteligência. Para resolver o problema da segurança pública no Brasil, é investindo em inteligência e em investigação. É por isso que 92% dos homicídios não são sequer investigados. Nós vamos fazer isso, e vamos fazer enfrentando o crime organizado de verdade. Porque vamos falar a verdade, o crime organizado, o comando dele não tá no barraco de nenhuma favela, tá mais perto da Praça dos Três Poderes do que da favela da Rocinha. Basta ver helicóptero de senador cheio de cocaína que foi pego, e ficou por isso mesmo. Nós vamos enfrentar o tráfico de armas e munições que é o grande responsável pelos homicídios no país. Investindo em inteligência e em prevenção é o grande caminho para resolver a segurança pública e dar paz ao povo brasileiro.”

'Velha política' - "Olha, Daciolo, eu tenho 36 anos de idade. Sou o candidato mais jovem da história do país a concorrer à Presidência da República. Mas, de fato, tem muita gente sem-vergonha na política brasileira. Gente que só cuida dos seus interesses, do seu egoísmo, do seus interesses políticos e partidários e não da maioria do povo brasileiro. E é por isso que nós temos que enfrentar privilégios, é o que nós vamos fazer no nosso governo, sem medo de enfrentar o 1% que está no andar de cima, e governar para os 99%. Vou dar um exemplo aqui de como se financia o Estado hoje no Brasil. Se você tiver uma casa, e for alugar ela, você vai pagar 27,5% de imposto. Agora, se você montar uma imobiliária, você vai alugar 50 casas, e vai pagar 12% de imposto. Agora, se você se associar aqui com candidatos milionários, com Meirelles, com Alckmin, com Bolsonaro, e montar um fundo imobiliário, você vai pagar 1% de imposto. Por isso é que nós vamos fazer uma reforma tributária para que quem tem menos, pague menos, e quem tem mais, pague mais."

Considerações finais - "Primeiro dizer que parece que a carapuça de '50 tons de Temer' serviu ao candidato Geraldo Alckmin. Não por acaso. Mas quero agradecer à RedeTV, agradecer à minha companheira de chapa, Sônia Guajajara, primeira indígena numa chapa presidencial na história desse país e agradecer a você que está em casa e nos acompanhou até agora. Querem fazer você acreditar que o único jeito de ser presidente do país é ter apoio de banqueiro, de grande empresário, é fazer campanha com marqueteiro. Aqui não. Aqui tem outro jeito de fazer política que é com olho no olho, que é política e campanha feita por gente como a gente. Não se deixe enganar. Muitos aqui disseram que são a mudança. Se não fizeram até hoje, não vão fazer. A mudança de verdade é aqui. Vote 50, vote PSOL, sem medo de mudar o Brasil."

Ciro Gomes (PDT)

Fala de abertura - "Eu acho que o Brasil precisa mudar. Há 13 milhões de nacionais, de patriotas brasileiros como nós desempregados, mais de 32 milhões empurrados para viver de bico e 63 milhões de brasileiros humilhados com nome sujo no SPC. Isso tudo não precisava ser assim. Por isso passei os últimos dois anos organizando um projeto nacional de desenvolvimento que consulta o melhor da inteligência brasileira, que tenha respostas práticas para tudo isso. E entre os capítulos desse projeto nacional de desenvolvimento naturalmente há de ser a mudança na legislação que permita ao Brasil ser mais eficaz."

 

'Mordomias' e salários de políticos - "Tudo começa com a grande reforma, com ajuste fiscal que vai possibilitar a utilização do crédito a serviço da micro, da pequena e da grande empresa. Porque hoje o governo brasileiro absorve 72% do crédito existente para arrolar a dívida pública. O ajuste fiscal reduz a dívida pública. Melhorar o ambiente de negócios – reforma tributária é a força motora do desenvolvimento -, simplificando, três itens: desburocratização, simplificação, e obviamente investimentos. O Brasil tem três grandes desafios para gerar empregos. O ajuste fiscal, os investimentos e a produtividade. É evidente que melhorar o ambiente de negócios significa não só fazer a reforma tributária, mas também combater a corrupção. A Operação Lava Jato tem que ser grande cabo eleitoral do investimento, da geração de emprego. Porque vai atrair, vai trazer de volta os recursos que foram expulsos do Brasil pela corrupção."

Agronegócio - “O emprego é consequência da ativação de quatro motores: consumo das famílias – por isso tenho proposta de resolver o problema do endividamento de 63 milhões de pessoas do SPC; investimento empresarial, que hoje está colapsado por explosivo endividamento; solução da equação das contas públicas, que estão completamente falidas; e celebração de política industrial e de comércio exterior que termine com o genocídio de empresas. O Brasil é o país que mais destrói indústrias no Brasil. Nos últimos três anos, do desmantelo da Dilma para cá, 13 mil indústrias foram fechadas no nosso país, 4 mil delas em São Paulo. E um dos setores que pode ser ativado é agregar valor na agropecuária brasileira. Somos a agricultura e pecuária mais competitiva do mundo, mas importamos do estrangeiro fertilizantes, defensivos agrícolas, importamos a maior parte dos implementos agrícolas e quero política industrial que priorizando o setor agropastoril verticalize a produção industrial deles."

Política industrial - "Eu quero só – pontuando a nossa discussão, estamos discutindo o futuro do Brasil – dizer que na ponta, no comércio, se cobra muito imposto sobre comida. O que estou dizendo é que lá na produção, especialmente o agronegócio é exportador e não paga nada de imposto. Então não vamos misturar alho com bugalho, e eu também governador isentei a cesta básica, pela primeira vez, acho, no Nordeste. E o PSDB é autor do capítulo tributário da Constituição, é o [senador José] Serra o autor, ele é que determinou essa montanha, e o Fernando Henrique [Cardoso, ex-presidente] explodiu a carga tributária brasileira. Eu fui ministro. A propósito, eu ia pedir direito de resposta para defender um ausente aqui. Quem fez o Plano Real foi Itamar Franco, presidente muito injustiçado. Agora, a questão do Brasil é o seguinte: nenhum país do mundo aceita destruir indústrias como nós. É preciso alinhar o câmbio, que hoje é estimulante do consumismo populista, lá atrás com o Fernando Henrique, depois com a Dilma [Rousseff, ex-presidente], quebramos. E é preciso consertar a questão do financiamento, dos juros. Está terminando o tempo, eu volto em outra hora."


Conflitos no campo - “Você [Marina] é uma campeã dessas lutas, e uma das pessoas que tem influência sobre a minha compreensão dessas coisas todas é você. E me honra muito, apesar de estarmos aqui disputando, reconhecer isso para todo o conjunto do povo brasileiro. O Brasil precisa transformar em ferramenta prática aquilo que já temos na lei. Nós temos, por exemplo, a possibilidade do zoneamento econômico-ecológico que define com clareza o que pode e o que não pode ser feito em que tipo de áreas e etecetera. E o Brasil precisa ter aquilo que os americanos chamam de ‘enforcement’, ou seja, a lei que pega. Quanto tempo trabalhamos juntos e ali todas as leis estavam prontas e a gente não tinha no território capacidade de fazer. Multava e, dali a pouco, vinha um refis, uma anistia e lá ia o estímulo. Portanto, a impunidade é que é a grande mestra disso. Eu trouxe para minha vice uma pessoa que tem muitas diferenças de mim, a Kátia Abreu. Mas a Kátia Abreu, sendo uma pessoa que vem da agricultura, ela já compreende com muita clareza a necessidade de a gente achar o equilíbrio disso.”

Considerações finais - “Quero agradecer à RedeTV!, aos jornalistas, o privilégio desta noite. Quero agradecer aos ilustres concorrentes à Presidência da República, quero especialmente agradecer a você, meu irmão, minha irmã, brasileiros de todos os rincões que ficaram conosco até esta hora. Você acha que o Brasil precisa mudar? Nós estamos juntos nesta batalha. Ajudar vocês, aqueles que estão precisando, a tirar o nome do SPC. Gerar 2 milhões de empregos, retomando obras paradas pelo Brasil inteiro. Apostar em creche em tempo integral e em ensino médio profissionalizante em tempo integral, como já temos no Ceará. Esses são alguns dos nossos compromissos. Nós vamos revogar esta vergonha, falando aqui como o Boris Casoy, que é o teto de gastos, que guarda o dinheiro para os banqueiros e proíbe de se investir na agenda do povo.”

Alvaro Dias (Podemos)

Fala de abertura - "A pergunta não é por que, mas para que? Para refundar a república, substituir esse sistema corrupto e incompetente que é a causa dos grandes problemas que estamos vivendo hoje no país, que provocam indignação popular sem precedentes. Refundar a república com reformas fundamentais, para gerar 10 milhões de empregos e fazer o Brasil crescer em média 5% ao ano. Com a Operação Lava Jato se institucionalizando, se transformando na nossa tropa de elite no comabte à corrupção no país, que é a causa maior dos danos causados à economia, ao emprego e ao salário."

Fechamento de empresas - "Tudo começa com a grande reforma, com ajuste fiscal que vai possibilitar a utilização do crédito a serviço da micro, da pequena e da grande empresa. Porque hoje o governo brasileiro absorve 72% do crédito existente para arrolar a dívida pública. O ajuste fiscal reduz a dívida pública. Melhorar o ambiente de negócios - reforma tributária é a força motora do desenvolvimento -, simplificando, três itens: desburocratização, simplificação, e obviamente investimentos. O Brasil tem três grandes desafios para gerar empregos. O ajuste fiscal, os investimentos e a produtividade. É evidente que melhorar o ambiente de negócios significa não só fazer a reforma tributária, mas também combater a corrupção. A Operação Lava Jato tem que ser grande cabo eleitoral do investimento, da geração de emprego. Porque vai atrair, vai trazer de volta os recursos que foram expulsos do Brasil pela corrupção."

Emprego e corrupção - "O combate à corrupção é essencial, embora alguns possam achar que não tem a ver. A corrupção expulsou do Brasil investimentos extraordinários que poderiam gerar emprego, renda, receita pública e desenvolvimento. A Transparência Internacional elenca os países mais corruptos do mundo e o Brasil está sempre em lugar de destaque. Combatendo a corrupção, trazemos de volta os recursos, melhorando o ambiente doméstico, com uma reforma tributária simplificadora. Simplificação, regulação competente, segurança jurídica, desburocratização. Temos meta de 365 medidas no primeiro ano de governo para facilitar o empreendedorismo porque o melhor programa social é emprego e pretendemos gerar 10 milhões de empregos com crescimento econômico de 5,5% em média anualmente."

Como fazer educação integral com corte de despesas - "A falta de dinheiro na educação é bla bla bla. Gastamos, proporcionalmente, mais que os Estados Unidos, que gastam, com educação, 4,5% do PIB e o Brasil, 6% do PIB. Portanto, não falta dinheiro, falta competência, falta planejamento e falta honestidade. Vamos rever os orçamentos. Vamos aplicar como fez Merkel na Alemanha, como fez Obama nos Estados Unidos: um limitador emergencial de despesas com corte de 10%. Evidentemente, não é em todas as áreas. Vamos cortar nas áreas que podem ser cortadas porque são secundárias. Educação, não. Vamos investir fortemente na educação infantil, que é o grande retorno – a cada dólar investido, são 13 dólares de retorno. E vamos investir em ensino integral e foco no ensino técnico, especialmente."

Saúde e saneamento básico - "Sem dúvida, saneamento é saúde. E nós verificamos que o governo brasileiro, os últimos governos, utilizaram recursos do BNDES, por exemplo, porto em Mariel, Cuba, hidroelétrica e metrô em Caracas, ao invés de contribuir numa parceria público-privada para a despoluição do Rio Tietê, para a despoluição da Baía de Guanabara, da Baía de Sepetiba. Enfim, oferecer condições através de um banco, que tem um orçamento gigantesco, já teve maior do que a Coreia do Sul e do que o Japão, investir condições para obras de infraestrutura, especialmente num setor fundamental para a saúde do povo, que deve ser a suprema lei, como é o saneamento básico. É claro que o poder público deve investir, mas há necessidade de buscar parcerias para que a eficiência dos investimentos proporcionem qualidade de vida à população."

Considerações finais - “Olha, eu quero pedir a você que abra olho. Essa tentativa de generalizar na política é uma tentativa burra. Eu não aceito. Eu não aceito ser colocado no mesmo balaio daqueles que são sustentáculos deste sistema corrupto e incompetente que empurrou o país para este caos administrativo e para esta tragédia política.

Nós queremos é substituir este sistema com a refundação da República. Eu sempre o combati, eu sempre o contestei. Eu estou há mais tempo, sim, mas contestando, combatendo, revoltado com as suas injustiças e nós vamos refundar a República para construir a grande nação que todos nós merecemos.”

Henrique Meirelles (MDB)

Fala de abertura - "Muita gente não me conhece, nunca fui candidato a presidente da República, não sou político. Sempre trabalhei em empresas e cheguei a presidente de um grande grupo financeiro sediado nos Estados Unidos. Eu decidi voltar ao Brasil e colocar meus conhecimentos a serviço do povo brasileiro. O presidente Lula, então eleito, me chamou para ser presidente do Banco Central. Lá, criamos 10 milhões de empregos. Depois, voltei para ser ministro da Fazenda e corrigir a bagunça criada pela Dilma."

Construção civil - “Para que a construção civil se fortaleça e volte a crescer, o Brasil precisa crescer. Para o Brasil crescer, é necessário a política econômica correta, como eu fiz quando fui presidente do Banco Central na gestão do Lula, quando fui ministro da Fazenda agora. Porque, da primeira vez, criamos 10 milhões de empregos. Agora, criamos 2 milhões de empregos. Mas eu preciso de mais tempo agora como candidato a presidente da República para que o Brasil todo cresça e a construção civil também vai crescer porque mais pessoas tendo emprego, as empresas crescendo, vão demandar instalações, essas pessoas vão poder comprar novas casas e constituir novas residências. Para isso, nós temos que ter uma economia funcionando bem e para isso é preciso competência e alguém que tenha ficha limpa, como é meu caso.”

MDB e partidos - “Todos os grandes partidos brasileiros têm problemas graves e muita gente acusada. Eu tenho orgulho de não ter processo, de não ter acusação. E, o mais importante, nas instituições que eu dirijo, a escolha foi sempre técnica, baseada na competência e no desempenho. Seja antes no Banco Central, seja no Ministério da Fazenda. E naquela época atingimos o desemprego mais baixo da história. E enquanto ministro da Fazenda criamos dois milhões de empregos. E, mais importante, quando eu nomeei a equipe para dirigir a economia, a imprensa chamou o time de time dos sonhos, porque era um time de competência e de preparo técnico. E isso, no entanto, Guilherme, é para quem entende, é para quem sabe quem escolher, e para quem tem condições de fazer isso baseado no trabalho de uma vida inteira. Portanto, é assim procedo e assim que será.”

Práticas que pretende não repetir na administração pública - "A primeira delas é a questão do loteamento de cargos. Eu sou favorável à escolha de técnicos competentes. Eu sou favorável à escolha de pessoas que tenham experiência, pessoas que tenham condições de entregar resultado ao povo brasileiro. Foi o que eu fiz quando fui presidente do Banco Central, quando fui ministro da Fazenda. Não houve, nas minhas áreas, qualquer loteamento de cargos. E para isso, nós temos uma candidatura independente. Para isso, não há grandes e vastas composições, que já fazem loteamentos prévios, muitas vezes. Não. A segunda coisa é o uso de experiência, de foco no resultado. Vamos fazer com que cada uma das pessoas ocupando cargos na administração de alto nível seja medida por resultados, transparentemente mostrando para todos, a população brasieira, qual é o resultado do trabalho daquela pessoa."

Contribuição ao combate à corrupção - "O combate à corrupção tem que começar com o exemplo de cada um, com sua própria conduta. Eu tive oito anos no governo como presidente do Banco Central, dois anos como ministro da Fazenda. Nunca houve sequer uma suspeita ou um escândalo ou uma acusação. Segundo, na minha gestão no Banco Central e na minha gestão na Fazenda, nunca existiram casos apontados ou acusações de corrupção com a minha equipe, de pessoas que trabalhavam diretamente comigo. Portanto, esta é a maneira de combater, em primeiro lugar. Segundo, pela aplicação rígida da lei, sou favorável sim à Lava Jato, acho que tem que ser feito, de fato. No entanto, levar essa prática para todo o país e para também outras áreas como segurança e também trabalho."

Considerações finais - "Eu quero agradecer à RedeTV por essa oportunidade de falar a todos vocês, eu quero agradecer ao meu vice, Germano Rigoto, homem honrado, que muito me honra em estar ao meu lado. E quero agradecer a você que ficou até tarde. Eu não sou político, muitos de vocês não me conhecem, nunca me candidatei antes à presidente da República, trabalhei em empresas grande parte da minha vida e cheguei a presidente de um grande grupo financeiro nos Estados Unidos. Voltei ao Brasil porque eu fui chamado para comandar a economia e criei, juntamente com a equipe, mais 12 milhões de empregos. Basta me chamar. Chame o Meirelles que eu volto e vamos fazer o Brasil crescer."

Geraldo Alckmin (PSDB)

Fala de abertura - "O Brasil tem pressa. Quero ser presidente da Repúlbica para no dia 1º de janeiro apresentar as reformas, retomar a atividade econômica. Estamos hoje com 27 milhões de pessoas sem emprego e é possível sim recuperar a economia rapidamente. Em relação ao combate à corrupção: tolerância zero. Reforma política, para poder melhorar o ambiente político. Tipificar no código penal o enriquecimento ilícito e estabelecer a inversão do ônus da prova."

Teto de gastos - "Olha, qual a razão, respondendo aqui ao Ciro Gomes, do teto dos gastos? É que as contas públicas estouraram todas no período do PT. O resultado foram, nos 13 anos do PT, 13 milhões de desempregados e o total descontrole das contas públicas. Quem assumir no ano que vem, e eu espero assumir ano que vem a Presidência da República em janeiro, vai encontrar o sexto ano de déficit primário. Já entra devendo R$ 139 bilhões de déficit primário sem pagar dívida. O problema não a PEC do teto. Eu não tive PEC do teto em São Paulo, não fiz PEC do teto nenhuma e fiz um superávit primário ano passado de R$ 5,3 bilhões, investindo, gerando 500 mil empregos diretos e indiretos. Então a PEC do teto, não haveria necessidade da PEC do teto, o que precisa é reduzir o tamanho do Estado fortemente para poder recuperar investimento."

Fundo eleitoral - “Iniciamos aqui o debate destacando a reforma política. Não é possível o Brasil ter 35 partidos políticos. Na realidade, não existem 35 ideologias. Temos pequenas e médias empresas escandalosamente mantidas através de dinheiro público. Defendemos reforma política que diminua o número de partidos, não tendo mais coligação proporcional, que não teremos na próxima eleição, e estabelecendo voto distrital, um vínculo maior entre representante e representado. Com isso, acaba fundo partidário, podem voltar outros modelos de financiamento aos partidos. Quero destacar o compromisso com emprego e renda. O Brasil vai voltar a crescer tendo segurança jurídica e investimento”.

Simplificação tributária e alianças políticas - "Somos favoráveis ao ICMS no destino, aliás, somos desde a época do Mário Covas. Você paga, sim, muito imposto sobre comida, até porque grande parte dela é processada e nós, na simplificação tributária, vamos reduzir tributação para comida, alimento e remédio, como fizemos em São Paulo. Defendemos a reforma política. Não é possível continuar com 35 partidos políticos. Todos os partidos, inclusive o meu, estão fragilizados. Mas é preciso reconhecer coisas boas. Foi o governo do presidente Fernando Henrique, do PSDB, que fez o plano real, que mudou a economia brasileira e fez essa grande rede de proteção social."

Fechamento de indústrias, juros altos e câmbio flutuante - "A base de tudo é a questão fiscal. Se tem uma péssima política fiscal, frouxa, o governo gasta um absurdo, gasta mal, o Estado inchado e é óbvio que vai ter juro mais alto, política monetária ruim, atrai muito dinheiro e valoriza a moeda. Vamos fazer exatamente o contrário. Com política fiscal austera, vamos cortar gastos, vamos rever incentivos, vamos zerar o déficit em 2 anos para não comprometer a economia e o emprego e com isso vamos trazer muito investimento para o Brasil. Hoje sobra dinheiro no mundo. Tenho grande esperança que em 1º de janeiro o Brasil vai mudar. Vamos ter muito investimento. O Brasil tem demanda, muita demanda. Precisa ter segurança jurídica, reformas, boa política macroeconômica, política fiscal dura, competição entre juros e competição entre bancos e câmbio positivo.”

Considerações finais - “Quero agradecer a vocês que nos assistiram até esta hora, agradecer a essa mulher guerreira que é a nossa candidata a vice-presidente, a senadora Ana Amélia, uma das mais brilhantes senadoras, que nos honra como companheira de chapa. Também dizer aqui sobre os 50 tons de Temer, que eu acho que 40 desses tons são vermelho. É do PT e de seus aliados. Porque foram eles que escolheram o Temer de vice da Dilma. Aliás, escolheram duas vezes. Mas trazer uma palavra aqui de esperança. Eu acho que o Brasil tem pressa, né. Pressa para ter governo que funcione, sair desse marasmo verdadeiro. Fazer reformas. São as reformas (interrupção).”

Marina Silva (Rede)

Fala de abertura - “Agradeço a Deus por estarmos aqui, parabenizo a RedeTV! por esse debate. Sou candidata a presidente da República porque tenho o propósito para contribuir para que tenhamos um país que seja justo e que todos possam viver com dignidade. Sou mulher, mãe de quatro filhos, casada e mulher negra. Na minha vida pública, fui senadora, vereadora, fui ministra do Meio Ambiente e sou candidata à Presidência, porque eu quero que o nosso país não tenha educação de qualidade apenas como exceção, mas como uma regra, e o combate à corrupção é apoiar o Ministério Público, a Polícia Federal, para que sejam independente, sem sabotar a Lava Jato.”

 

Emprego - "O desemprego está assolando a vida dos brasileiros e os jovens são os mais prejudicados. Para gerar emprego, vamos recuperar investimentos investindo na construção civil. Mas queremos também empregos duradouros. O turismo é uma das formas de gerar emprego para a juventude. Nós vamos ter o modelo de desenvolvimento que aposta na energia renovável, limpa e segura. Vamos construir 1,5 milhão de casas com placas solares onde nossos jovens terão oportunidade de trabalhar. Além disso, vamos apostar cada vez mais em economia que valoriza seus ativos culturais da economia criativa, apoiando ciência e tecnologia e para start ups ajudar jovens a ter emprego e renda.”

Corrupção e ausência de Lula - “O que está acontecendo no Brasil e com todos os escândalos de corrupção, que tiraram lideranças políticas da cena política brasileira. Um ex-presidente da República que está preso, o candidato que foi para o segundo turno nas eleições de 2014, envolvido em graves crimes de corrupção, como é o caso do senador Aécio Neves, é lamentável. Agora, o que eu vejo neste momento é que o Brasil precisa dar uma resposta e esse púlpito vazio já está preenchido pelos mesmos que estavam no palanque anterior já no palanque do candidato do PSDB. É por isso que eu digo, Alvaro, aqueles que criaram o problema não vão resolver o problema e nós precisamos combater a corrupção apoiando o Ministério Público, a Polícia Federal para aqueles que se envolvem em uso ilegítimo de dinheiro público sejam punidos.”

Envelhecimento da população e reforma da Previdência - “Uma das coisas que se tem que ter cuidado é porque é na idade que a gente precisa ser respeitado, bem cuidado, a reforma da Previdência é necessária. Nós temos um déficit da Previdência. Desde 2010 que eu defendo que se deva transitar para um regime de capitalização. Mas isso não é algo que se faça com facilidade e é preciso fazer essa transição. Nós queremos ver a terceira idade chegar ao seu descanso, não apenas ficando parada, mas sobretudo aproveitando esse período para poder desenvolver outras atividades. Para isso, é fundamental que se tenha um sistema de saúde que funcione. Eu escolhi, no início da campanha, ir para uma comunidade pobre, aonde eu vi pessoas sendo assistidas e pessoas idosas em plena atividade em função de que não se tinha uma visão apenas de promoção de saúde.”

Desigualdade salarial entre homem e mulher - "Eu queria te dizer uma coisa, Bolsonaro, você disse que a questão dos salários menores para as mulheres é uma coisa que a gente não precisa se preocupar porque já está na CLT. Só uma pessoa que não sabe o que significa uma mulher ganhar um salário que um homem e ter as mesmas capacidades, a mesma competência, e ser a primeira a ser demitida, ser a última a ser promovida, e quando vai numa fila de empregos, pelo simples fato de ser mulher, não é aceita. Então não é uma questão de que não precisa se preocupar. Tem que se preocupar sim. Porque quando se é presidente da República, a gente tem que fazer cumprir o artigo quinto da Constituição Federal, que diz que nenhuma mulher deve ser discriminada. Não fazer vista grossa dizendo que não precisa se preocupar. Precisa se preocupar sim. O presidente da República está lá para combater injustiças."

Considerações finais - "Eu quero agradecer a Deus por estarmos aqui, quero cumprimentar a RedeTV por esse debate. E quero dizer que todos nós aqui nos esforçamos para apresentar propostas, ou pelo menos a maioria de nós. Agradecer as pessoas que estão até uma hora dessas acordadas. E eu quero dizer que além das propostas, nós temos também que nos conectar com um propósito. O propósito de que nem uma mulher seja subestimada. O propósito de que nem um jovem tenha que morrer quando vai ao caminho da escola. O propósito de que nem uma pessoa que esteja num cargo público se esconda dentro do Palácio atrás do foro privilegiado para não ser julgada pelos crimes que cometeu contra as finanças públicas.”

Política

Gonet defende extinção de queixa de Bolsonaro contra Lula por injúria e difamação

O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa

18/03/2024 21h00

Carlos Moura/SCO/STF

Continue Lendo...

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu em manifestação na última sexta-feira (15) a extinção de queixa-crime movida no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT) por suposta difamação e injúria. O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa.

Bolsonaro afirma que o petista cometeu os crimes ao sugerir durante discurso que o ex-presidente seria o verdadeiro dono de uma mansão na Califórnia (EUA) ligada ao tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e agora delator.

A petição de Bolsonaro foi apresentada ao STF em outubro do ano passado e, no início deste mês, o relator do caso, ministro Luiz Fux, pediu a manifestação da PGR sobre o assunto.

Em discurso feito em maio de 2023, durante cerimônia de assinatura do decreto de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, Lula falava de corrupção no governo anterior quando acrescentou:

"Agora mesmo acabaram de descobrir uma casa, uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordem; certamente, é para o paladino da discórdia; o paladino da ignorância; o paladino do negacionismo", disse o petista.

Na explicação dada pelos advogados de Bolsonaro ao STF, a mansão localizada no sul da Califórnia, comprada por US$ 1,7 milhão, está registrada em nome de Cid Family Trust, empresa de propriedade de Daniel Cid, irmão de Mauro Cid.

Os advogados afirmam que Daniel Cid tem "uma longa e consolidada carreira no setor de tecnologia e segurança digital na Califórnia, com a qual fez fortuna de maneira completamente lícita".

"O patrimônio de Daniel não foi construído subitamente, sendo calcado em um extenso histórico profissional que não guarda qualquer relação com seu irmão, Mauro Cid", continuam eles.

Bolsonaro afirma que a declaração de Lula foi leviana e falaciosa e, além de pedir a condenação por injúria e difamação, o ex-presidente cobra uma retratação pública, sob pena de multa.

Ao analisar a queixa-crime, o ministro Luiz Fux abriu prazo para manifestação da PGR, mas antecipou que o artigo 86 da Constituição Federal atribui imunidade processual temporária ao presidente da República durante o exercício do mandato, em relação a crimes comuns e sem relação com as funções no Planalto.

Gonet também citou o artigo e defendeu a extinção da queixa-crime "por ausência de condição de procedibilidade", em parecer assinado nesta sexta-feira (15).

Segundo o procurador-geral da República, não se trata de "irresponsabilidade penal", e sim de "imunidade temporária à persecução penal".

"As condutas narradas, por serem estranhas às suas funções, invocam a aplicação da imunidade constitucionalmente conferida ao presidente da República e impedem a instauração da ação penal, enquanto não cessar o respectivo mandato", escreve Gonet.

    

Política

Pedrossian Neto abandona sonho e menciona sentimento de traição após apoio de Nelsinho Trad ao PSDB

Até então pré-candidato pelo PSD, deputado estadual publicou nota após descobrir que o presidente estadual da sigla apoiaria outro partido

18/03/2024 17h50

Divulgação

Continue Lendo...

Após o presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, anunciar apoio ao PSDB para a disputa pela prefeitura de Campo Grande, o até então pré-candidato, deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, publicou uma nota anunciando o adiamento do sonho de assumir a Prefeitura de Campo Grande e apontando traição à militância do partido.

Ao iniciar o texto, o deputado destaca que a política é feita de "sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes", e relata que apresentou a pré-candidatura por acreditar que Campo Grande poderia ser "tratada com mais dignidade e respeito" e que ela "pudesse voltar a ser capital onde todos sentimos orulho de morar".

No entanto, nas palavras de Pedrossian Neto, "esse sonho terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos".

Isso porque Nelsinho Trad declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira.

Segundo a nota, Pedrossian Neto ficou sabendo da mudança de apoio do partido através da imprensa, já que o Correio do Estado havia adiantado a composição no dia 11 deste mês.

"Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria", afirmou.

O deputado estadual declarou ainda que a falta de confiança no trabalho por parte do partido "trai" o sentimento de grande parte da militância. Confira:

"E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas. Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força", diz texto.

A nota acrescenta ainda que o apoio de Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral só será definido "após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados".

Confira a nota na íntegra

"A política é feita de sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes. 

Apresentei minha pré-candidatura a prefeito de Campo Grande por acreditar que a cidade que eu amo, o lugar onde eu nasci e onde crio meus filhos, poderia ser tratada com mais dignidade e respeito. E que sobretudo ela pudesse voltar a ser a capital onde todos sentimos orgulho de morar. 

Unifiquei o meu partido, o PSD, em torno desse projeto, buscando quadros novos, lideranças promissoras, gente que pudesse não apenas disputar e vencer eleições, mas sobretudo contribuir com a construção de uma cidade melhor. 

Esse sonho, no entanto, terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos. 

Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria. 

E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas.

Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força.

Diante disso, nos termos do estatuto do partido, em obediência a lei eleitoral, e na qualidade de presidente municipal do PSD, afirmo que o apoio do deputado estadual Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral somente será definido, em momento oportuno, após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados. 

Ademais, temos uma chapa de pré-candidatos a vereador, com fortes lideranças em inúmeros segmentos, que precisa ser consultada e preservada. Política se faz coletivamente.

Manteremos o diálogo e as portas abertas, como sempre fizemos, com todos aqueles que saibam respeitar o partido e que partilhem de nossas visões e projetos para a nossa cidade. 

Pedrossian Neto,
Campo Grande, 18 de março de 2024."

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).