Política

Eleições 2018

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Odilon mantém sigilo sobre parcerias
e coligações para a pré-campanha

Pré-candidato falou sobre vários assuntos em coletiva nesta manhã

LEANDRO ABREU

22/02/2018 - 12h15
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O pré-candidato ao Governo do Estado, Odilon de Oliveira (PDT), confirmou que alguns partidos já o procuraram para alianças e coligações, mas não quis revelar nomes. O juiz federal aposentado realizou uma coletiva de imprensa nesta manhã e falou sobre vários temas.

“Fomos procurados e eu continuo mantendo uma única cláusula para essas parcerias. Não vou me misturar a pessoas envolvidas com corrupção. Não vamos citar nomes por enquanto, até para não cometer injustiça com outros”, comentou Odilon, marcando o fim de março como data para fechar as parcerias e anunciar as coligações. “Até porque precisamos começar a viajar para o interior”, completou.

Ainda conforme o pré-candidato, seu filho e vereador Odilon de Oliveira Júnior e o presidente regional do PDT, João Leite Schmidt, são os responsáveis por essa tratativa com os possíveis parceiros para a futura campanha para governador.

“As negociações estão bem avançadas para as vagas do Senado. Já conversamos com Pedro Chaves, que é o que está mais avançado. Com Chico Maia também. Já para vice-governador nem tanto. Estamos estudando e avaliando”, explicou Odilon.

NÚCLEOS
Ainda durante a coletiva, Odilon falou do lançamento de um plano para integrar a população ao seu projeto de governo. “Montaremos 700 núcleos em Campo Grande e todas as cidades do interior. Vamos mobilizar a população para que as reivindicações dela se tornem instrumento para trabalharmos no nosso governo”, explicou.

Ao todo, esses núcleos devem ser compostos por 10 pessoas de diversos segmentos da sociedade e que vão mobilizar todo o bairro ou região de onde está instalado. As reuniões devem ocorrer em residências de voluntários.

SECRETARIADO
Mesmo em pré-campanha, Odilon já comentou como deve ser montado seu secretariado, caso vença o pleito desde ano. Para o pré-candidato, há pastas que podem ser chefiadas por políticos, mas outras devem ser lideradas por técnicos e pessoas que entendam do assunto e da área.

“Segurança Pública, por exemplo, não pode de forma alguma ser política. Tem que entender e ser da área. Assim como na Saúde, tem que ser técnico e entender de gestão na área de saúde também”, relatou.

'PIADISTA'
Durante a coletiva, Odilon comentou sobre a “Chapa dos Sonhos” elencada pelo ex-governador e também pré-candidato ao Governo do Estado, André Puccinelli (MDB), que colocaria Odilon como vice e o atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), em uma vaga para o Senado.

“O ex-governador com certeza estava brincando quando falou isso. Foi um momento de humor. Ele não nos representa algo novo, até porque é ex-governador. A minha chapa dos sonhos seria comigo a frente e alguém que se encaixe naqueles critérios de lisura que comentei”, disse.

ESCOLA MANTIDA
Mesmo já aposentado como juiz federal, Odilon se mantém com a escolta da Polícia Federal, por orientação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). E conforme ele, deve se manter assim por toda campanha.

“Quando vou à fronteira também há um reforço da Polícia Civil local e da Polícia Rodoviária Federal. No caso de ser eleito, acredito que não haverá mais necessidade, pois o Estado tem condições de fazer essa proteção”, afirmou, lembrando que é escoltado há 20 anos e não é vaidade dele e nem algo confortável.

VIDA POLÍTICA X VIDA DE JUIZ
Por fim, o pré-candidato comparou as vidas públicas como juiz federal e político. Com um grande sorriso, diz que se sente mais “livre” como político e comentou algumas diferenças. “Dá para sentir a diferença. Na política não tomamos decisões sozinhos, mas como juiz não posso fazer manifestações políticas. E fico até feliz com isso agora, mais livre. Adquiri liberdade de expressão”, concluiu.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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