Política

CONFUSÃO

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Novato "briga" na Justiça
por gabinete na Assembleia

Nem empossado foi, deputado quer mudar regra de distribuição de espaço

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Eleito para seu primeiro mandato, o deputado estadual João Henrique Catan (PR) e também advogado, entrou na Justiça contra a maneira em que foi distribuído os gabinetes parlamentares para os próximos quatro anos dos políticos na Assembleia Legislativa.

A distribuição dos gabinetes geralmente é feita por sorteio, de acordo com o atual presidente da Casa de Leis, Junior Mochi (MDB) ou até mesmo por consenso entre os parlamentares. Porém, os mais antigos políticos reeleitos para mais quatro anos, devem ficar com os melhores gabinetes. 

No mandado de segurança com pedido de liminar contra ato da Mesa Diretora protocolado no dia 7 de janeiro e distribuído ao desembargador, Eduardo Machado Rocha, o deputado alega que durante o recesso da Casa, que acaba no dia 1º de fevereiro, dia da posse dos parlamentares, a Mesa Diretora deveria ter fornecido orientação aos novos deputados, sobre a maneira, critérios e regras com relação a forma de distribuição dos gabinetes parlamentares.

Na ação, Catan afirma que essa informação deveria ser dada a fim rechaçar a restauração da “velha política” e dos escusos e não republicanos critérios do favorecimento inadequado, para vedar a instituição de verdadeira oligarquia no sistema político brasileiro, principalmente porque não existem normas administrativas para disciplinar o assunto, como a distribuição dos gabinetes dos parlamentares e a existência de espaços diferentes dos demais, pequenos, em locais distantes ou próximos, entre outras divergências. Ainda segundo a ação, a pretensão do deputado não tem a necessidade de buscar tutela judicial para garantir a ele nenhum direito de preferência.

No mandado de segurança, o novato afirma que o expediente legislativo começa em poucos dias, sem que tenha havido alguma definição, estabelecimento de critérios ou aviso quanto à data do sorteio dos gabinetes disponíveis, forma de acompanhamento, escolhas e organização.

Segundo Mochi, quem discute isso é a nova mesa diretora. “Ainda não foi distribuído nada. Os deputados que não foram reeleitos podem ficar até dia 31 com os gabinetes, ou seja, não estão desocupados ainda”, afirmou.

O atual presidente afirmou ter tido precipitação com o pedido do novato. “Eu vi esse mandado de segurança, e o deputado eleito tinha que entrar primeiro com fato coautor para depois entrar com mandado de segurança”, alegou. Ainda conforme ele, depois que os deputados entregam as chaves, a Assembleia confere os patrimônios em cada gabinete, para depois ser discutida a distribuição.

“É devolvida a chave, o pessoal confere o patrimônio e a Casa pega as chaves dos gabinetes. Após isso, faz-se a distribuição em uma reunião com todos os parlamentares”, explicou. “Mas é tudo com consenso. Na minha gestão, se tivesse mais de um deputado interessado pela mesma sala, a gente fazia sorteio entre eles”, completou.

Para finalizar, o presidente da Assembleia disse que a distribuição pode acontecer depois do dia 15 de janeiro ou quando todos os deputados entregarem os gabinetes à Casa. “O processo de escolha do novo presidente [Paulo Corrêa] já está encaminhado. Ele vai chamar os deputados e de forma tranquila, acredito eu, vai discutir a distribuição. Isso pode acontecer depois da posse também”, afirmou.

Ainda de acordo com o mandado de segurança, a pretensão é demonstrar a necessidade de designação, com urgência, da data, hora e local para o sorteio dos gabinetes disponíveis aos novos parlamentares, com aviso público prévio e antecedente da posse dos cargos.

Segundo o pedido do novato, estariam excluídos do sorteio os deputados que alegam razão de idade, capacidade de locomoção reduzida ou qualquer outra justificativa legal e plausível.

 

SIDROLÂNDIA

Vereadores abrem comissão que pode cassar mandato de prefeita

Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo é sogra do vereador Claudinho Serra, preso em operação do Gaeco

23/04/2024 13h00

Vanda Camilo é prefeita de Sidrolândia Foto: Marcelo Victor / Arquivo

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Vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram, na sessão desta terça-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante para investigar a prefeita do município, Vanda Camillo (PP), por possíveis infrações político-administrativas.

Na denúncia apresentada na Casa de Leis, os parlamentares afirmam citam a operação desencadeada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 3 de abril, que apontou a existência de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia, em esquema que funcionava desde 2017.

Na ocasião, foram cumpridos vários mandatos de prisão, entre eles contra o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo.

A prefeita não estava entre os alvos do Gaeco, no entanto, pelo fato do esquema criminoso funcionar no Executivo Municipal, vereadores querem investigar se há conhecimento ou participação de Vanda na organização.

No requerimento para abertura da Comissão Processante, é citado que "é de conhecimento público as recentes denúncias de irregularidades que recaem sobre a administração municipal liderada pela prefeita Vanda. Tais denúncias levantam sérias questões sobre a conduta da chefe do Executivo Municipal e a questão dos recursos públicos e requer uma investigação detalhada".

Parlamentares também apontam que, mesmo após as prisões e constatação de envolvimento de empresas no esquema, a prefeita não rompeu contratos com as investigadas.

"Surge a preocupação sobre tais atividades ilícitas pudessem ocorrer sem o conhecimento da chefe do Executivo", diz a denúncia.

"Há indícios de desvio de recursos públicos e má gestão financeira por parte da prefeita, o que configura possível infração aos princípios da administração pública, suspeita de irregularidade em contratos firmados, o que demanda analise minuciosa", diz a denúncia lida em plenário.

Desta forma, por 12 votos a 1, os vereadores aprovaram a abertura da Comissão Processante para investigar a conduta da prefeita e, ao final, restando demonstrada a prática das infrações, a perda do mandato.

Denúncia do MP

O vereador Claudinho Serra e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPMS) pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material de crimes. 

Conforme o Ministério Públicos, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia.

A organização era formada por agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado.

"Um meio para isso foi a criação ou a utilização de pessoas jurídicas já existentes para a participação conjunta nos mesmos processos licitatórios, com o prévio incremento do objeto social sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal", diz a denúncia.

Todos são apontados como integrantes do esquema criminoso, cada qual a seu modo e com estrutura ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas.

Claudinho Serra era o chefe do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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