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MPF manda Polícia Federal investigar Odilon de Oliveira

Inquérito vai apurar se acusações de Jedeão de Oliveira são verdadeiras

EDUARDO MIRANDA E RENAN NUCCI

17/09/2018 - 19h01
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O juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira, e candidato a governador pelo PDT será investigado pela Polícia Federal. O procurador da República, Marcos Nassar, determinou abertura de inquérito apurar se as declarações do ex-assessor e primo de Odilon, Jedeão de Oliveira, são verdadeiras. A investigação deve ser conduzida pela Delegacia de Combate à Corrupção e a Crimes Financeiros (Delecor).

Em 15 de junho último, Jedeão - que responde na Justiça Federal pela prática (por 26 vezes) do crime de peculato - fez várias acusações contra Odilon, como por exemplo, vender sentenças judiciais e manipular escutas telefônicas. 

O próprio juiz Odilon de Oliveira já havia pedido (no dia 4 deste mês) para abrir inquérito contra si. “O interesse maior desta investigação é meu”, disse nesta segunda-feira (17) o magistrado aposentado e candidato ao governo. 

“A investigação impõe-se no caso também para, caso constatada eventual falsidade proposital dos relatos apresentados por Jedeão de Oliveira - primeiro a este órgão ministerial e, depois, à imprensa - apurar-se possível prática de denunciação caluniosa outro delito por ele”, afirmou o procurador Marcos Nassar, em despacho. 

Apesar da determinação do integrante do Ministério Público Federal, a Polícia Federal terá de agir contra a vontade de seus integrantes. Anteriormente, em 31 de agosto último, a PF foi contra a abertura de inquérito, alegando, entre outros argumentos, que “tais processos (com supostas ilegalidades) já passarão nas mãos do declarante (...) e este não indicou a existência de documentos em tais autos. 

Em sua decisão, o procurador Marcos Nassar ainda pôs fim ao sigilo do procedimento aberto a partir das acusações de Jedeão. A justificativa do representante do MPF, é de que, declarações do ex-servidor ao jornal Folha de S.Paulo, em reportagem publicada no mês passado, fez com que não existissem mais motivos para manter o sigilo das informações. 

Armação política

Odilon de Oliveira, afirma que as acusações de Jedeão, podem integrar uma “armação política”. “Na decisão, o MPF destaca o fato de o ex-servidor, por mim demitido, fazer essas acusações apenas quando eu me lancei candidato ao governo do Estado. Está clara a armação política. E quem garante que o responsável por essa armação não é o dono daquela cara de pau que a televisão nacional tem mostrado nos últimos dias?”, afirma o juiz aposentado e candidato ao governo. 

Entre os fatos denunciados por Jedeão, está o uso de escutas clandestinas de telefone, e em ambientes, inclusive a Polícia Federal, o que o ex-servidor chama da “arapongagem”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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