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Ministro da Cultura pede demissão e diz
que a pasta se tornou 'inviável'

Ministro da Cultura pede demissão e diz
que a pasta se tornou 'inviável'

FOLHAPRESS

16/06/2017 - 16h38
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O ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade, pediu demissão nesta sexta (16). Em carta enviada ao presidente Michel Temer, Andrade afirmou não ter interesse em continuar na pasta da qual se tornou titular depois da saída de Roberto Freire, que deixou o cargo em maio quando vieram a público gravações de Joesley Batista, da JBS, em conversas suspeitas com Temer.

Andrade, que é filiado ao PPS, disse à reportagem que motivaram seu pedido de demissão o corte de 43% do orçamento sofrido pelo Ministério da Cultura, há dois meses, e polêmicas envolvendo a nomeação do presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema).

Ele afirma que Debora Ivanov, com apoio de cineastas e do ex-titular do ministério, deveria ocupar o cargo, mas o governo Temer preferiu outra indicação.

"O que acontece é que o presidente tem direito de fazer isso, mas não é a boa política desautorizar o Ministério da Cultura", disse Andrade.

Ele também afirma que, após o corte orçamentário, o ministério se tornou "inviável". "Era um ministério que já estava deficiente. O Fundo Nacional de Cultura, que já teve R$ 500 milhões na época áurea, hoje tem zero de recurso. É um ministério inviável tratado de forma a inviabilizá-lo ainda mais."

Andrade, terceiro a assumir o comando do Ministério da Cultura desde o início do governo Temer, acrescentou ainda que o país vive um "quadro desfavorável para a política cultural" e não opinou sobre futuros nomes que possam assumir pasta.

BASTIDORES

Segundo integrantes do Palácio do Planalto, a disputa na Ancine havia desgastado a relação do governo com o ministro interino e Temer já avaliava nomear o novo comandante da Cultura assim que voltasse de sua viagem à Rússia.

Mesmo com o pedido de demissão de Andrade, o presidente decidiu que não antecipará a nomeação e estuda os nomes do deputado André Amaral (PMDB-PB) e da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) para assumir a pasta.

Andrade queria nomear o presidente da Ancine mas se deparou com indicações do próprio Planalto e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para o posto.

No acerto do governo, Sérgio Sá Leitão ficaria na presidência da agência e o nome indicado por Maia, aliado de primeira ordem do presidente, assumiria uma diretoria da Ancine, descartando, assim, a opção de Andrade.

Quando o então ministro interino tomou conhecimento de que não conseguiria influenciar nas nomeações, fez chegar ao Planalto sua irritação e descontentamento, o que desagradou a Temer.

"Não quero participar desse sorteio de quem será ministro. Eu me recuso a participar disso", afirmou. "Deixo o governo livre para indicar quem quiser. Pesa muito a incapacidade enorme de superar essa crise."

Leia a íntegra da carta de demissão de João Batista de Andrade:

"Brasília, 16 de junho de 2017.

Ao Excelentíssimo Presidente da República

Senhor Michel Temer

Ref.: Vacância do cargo do Ministro Interino da Cultura

Comunico a Vossa Excelência, respeitosamente, o meu desinteresse em ser efetivado como Ministro de Estado da Cultura, posto que venho exercendo interinamente, e por determinação legal do regimento interino, por ser o atual Secretário-Executivo do Ministério da Cultura.

Assim sendo, confirmo a minha disposição para contribuir da forma mais proativa possível com a transição de gestão no Ministério da Cultura, até a nomeação do próximo Ministro de Estado da Cultura e seu respectivo Secretário-Executivo.

Respeitosamente,

João Batista de Andrade
Ministro do Estado Interino da Cultura
"

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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CAMPO GRANDE

Rose garante que sua pré-candidatura é irreversível e vai deixar Sudeco dia 30

A ex-deputada federal também do acordo que fez com o ex-governador André Puccinelli para as eleições deste ano

23/04/2024 08h00

Rose Modesto (União Brasil) foi a quarta entrevistada pela parceria CBN com Correio do Estado Foto: Eduardo Miranda/Correio do Estado

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A ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que foi a quarta da série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado estão fazendo com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, reforçou, ontem, que sua pré-candidatura é irreversível, tanto que no próximo dia 30 de abril deixará o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

“Penso que seria bom a turma do ‘deixa disso’ nem tentar atuar dessa vez para fazer eu desistir da minha pré-candidatura, pois não vai dar certo. E não é por uma vaidade, não é por uma obsessão para ser prefeita de Campo Grande.

Eu sinceramente estou aqui, de verdade, com a missão que penso ser a que o eleitor espera.E eu sinto isso nas ruas, andando e, lógico, não é todo mundo, mas uma boa parte espera essa candidatura minha à prefeitura”, reforçou.

Ela argumentou que dessa vez, realmente, é uma decisão tomada. “Eu estou pronta e muito motivada. Tudo tem um tempo e me sinto muito mais preparada, inclusive, do que quando disputei a eleição para prefeita em 2016. Conheço Campo Grande, estudei muito a cidade ao longo desses últimos oito anos e as minhas experiências como gestora pública me deixaram motivada a encarar esse desafio”.

Rose completou que é uma “honra poder ser prefeita de uma cidade tão linda, mas é um desafio muito grande pegar essa cidade linda, mas tão judiada e precisando de cuidados em todas as áreas”.

“Por isso, a importância de alguém com experiência e com preparo. Vou escolher a melhor equipe pra poder fazer de Campo Grande uma cidade com mais oportunidades para todo mundo, quero resgatar o nosso orgulho”, afirmou.

POLARIZAÇÃO

Questionada sobre a polarização nacional entre direita, representada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e esquerda, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a pré-candidata garantiu que sempre foi e sempre será de centro. 

“Olha só, na eleição de 2022, nós tínhamos dois candidatos da direita no segundo turno e o Eduardo Riedel (PSDB) venceu. Ele ganhou porque compreendeu que, para vencer era importante fazer política com a direita e esquerda, mas sem abrir mão das bandeiras que defendia, independentemente se eram da esquerda ou da direita”, ressaltou.

A ex-deputada federal garantiu que sua vida pública sempre foi pautada nesse sentido.

“Fui eleita deputada federal, não tive o apoio do Bolsonaro, mas votei nas pautas da direita. Votei, por exemplo, pelo voto auditável, que é uma pauta de direita, como votei a favor do Vale Gás, que é da esquerda. Votei em ambos porque os dois interessavam a maioria da população, então, é dessa forma tem de fazer”, disse.

Segundo Rose Modesto, na questão de alianças políticas, não importa se é da esquerda, se é da direita, o que importa é que, ao longo dos 14 anos de vida pública, sempre foi a mesma.

“Uma mulher cristã e que defende as pautas de direita que são importantes para a cidade avançar e as da esquerda que são importantes no campo social, ajudando a transformar a vida de quem mais precisa”, afirmou.

“Hoje eu estou no governo federal, apesar de inclusive não ter apoiado o Lula, mesmo assim, ele me deu uma oportunidade de comandar a Sudeco. Fui indicada pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, do Mato Grosso, Mauro Mendes, e de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, mesmo tendo disputado a eleição contra ele. Entretanto, os três entenderam que o meu nome era importante para estar no governo federal. E é dessa forma que vou buscar as alianças, tanto no primeiro, quanto no segundo turno, para poder fazer de Campo Grande uma cidade melhor”, disse.
 

TRATO COM ANDRÉ

Ainda na entrevista, a pré-candidata foi questionada sobre o fato de o ex-governador André Puccinelli (MDB), que também é pré-candidato a prefeito da Capital, ter afirmado que ela não teria cumprido o combinado de que um apoiaria o outro que estivesse melhor nas pesquisas.

“Na verdade, eu tenho sempre um bom diálogo com toda a classe política e com o André não é diferente. E, em uma das reuniões que a gente teve, ele falou, ainda decidindo se seria ou não pré-candidato, que, quem estivesse melhor nas pesquisas, teria o apoio do outro. E aí é preciso entender o que é estar melhor, pois nem sempre quando você está com três, quatro, cinco ou seis pontos percentuais na frente, representa estar melhor”, detalhou.

Rose completou que pesquisas internas encomendadas pelo União Brasil mostraram que a rejeição dela era pequena, ou seja, que teria poder de crescimento nas intenções de votos.

“A capacidade de pessoas que podem votar em mim é maior do que o percentual de pessoas que poderiam votar no André. Então, na minha avaliação pessoal e técnica, acredito que estou melhor e, por isso, vou buscar o apoio dele”, garantiu.

 

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