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Marina Silva investe em consultoria de moda

Marina Silva investe em consultoria de moda

FOLHAPRESS

12/08/2018 - 07h46
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Conhecida pelas roupas em tons neutros e pelo onipresente coque, Marina Silva quer repaginar o visual em sua terceira campanha para tentar chegar à Presidência.

Refratária a mudanças de estilo, a candidata da Rede passou a contar neste ano com a ajuda de uma consultora de imagem e moda para ajudá-la na escolha de roupas para a campanha.

O objetivo é driblar a imagem de frágil, pecha que a perseguiu durante a eleição de 2014, em meio à saraivada de ataques dos adversários.

Em um dos debates, por exemplo, seu então concorrente e atual vice, Eduardo Jorge, a chamou de "magrinha".

A candidata, à época no PSB, respondeu em vídeo. "O pessoal diz: 'A Marina é magrinha, é fraquinha. Sou magrinha, mas eu venho da Amazônia, e lá tem uma árvore chamada biorana. Experimenta bater com o machado: sai faísca, e ela não verga", afirmou.

Neste ano, para evitar que a imagem cole novamente, a brasiliense Clarice Dewes tem apostado em peças largas, que deem volume à silhueta de Marina. "Acho interessante você ter volume nas peças, estrutura, o ombro marcado", diz. "Ela é muito 'mignonzinha', pode passar uma imagem de fragilidade. Assim você consegue driblar isso."

Um exemplo foi o look montado para a convenção da Rede, em Brasília, em 4 de agosto. Marina apareceu com uma pantalona escura e uma camisa branca, sem blazer. Terninhos são algo que a consultora diz evitar. "Um tailleur ou blazer acaba ficando engessado", diz Dewes, que afirma buscar dar "jovialidade" à candidata.

Em seu site, a consultora lista pacotes de serviços que vão até R$ 6.890. No caso de Marina, porém, diz fazer parte da rede de voluntários.

Ela conta que foi apresentada à ex-senadora por uma conhecida e que ajudava em eventos específicos. Desde julho, passou a assessorá-la.

Fã assumida de cores sóbrias, Marina surpreendeu ao aparecer em uma de suas transmissões no Facebook usando uma blusa com um tom vibrante de roxo. A mudança veio a partir de um estudo feito por Dewes para entender quais cores combinam melhor com o tom de pele da ex-senadora.

"A gente não usa muita maquiagem, então assim ajuda a iluminar o rosto", explica ela, segundo quem o azul e o roxo são as cores que melhor funcionam com a ex-senadora. Elas serão usadas em pequena escala, porém. O branco, bastante frequente no guarda-roupa de 2014, está de volta neste ano.

Segundo a consultora a palavra final sobre as roupas é da candidata. "Ela tinha muito medo de ficar descaracterizada", diz Dewes.

As peças são compradas, não alugadas, em lojas como Fernanda Yamamoto e Satiko Isabel. A campanha não usa marcas de fast fashion (de grandes redes de lojas).

"A gente tem esse cuidado por questão de ética. Muitas marcas estão envolvidas com trabalho escravo", afirma.

Marina escolhe as opções de roupas quando está em São Paulo. Afeita a tecidos naturais, como o linho, leva um ferro na mala para as viagens e passa as peças na cama do hotel. Algumas características conhecidas da ex-senadora não devem abandoná-la nesta campanha: os colares de sementes, feitos por ela, o batom artesanal de beterraba e o indefectível coque.

A maquiagem natural tem explicação médica: alérgica, Marina fica com os lábios inchados com batons comuns.

Já o coque foi alvo até de campanha nas redes sociais durante a última eleição, quando apoiadores da então candidata do PSB criaram a hashtag CoqueTaNaModa.

"Ela não é tão resistente assim a mudar quanto acham", diz a consultora. Segundo ela, duas questões pesaram na decisão de manter o look conhecido. Em primeiro lugar, justamente a familiaridade do penteado. "É uma marca registrada, mudar poderia gerar um espanto que não seja positivo."

Uma das raras aparições da candidata sem o penteado foi na última campanha, quando, ao declarar apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, preferiu amarrá-los em um rabo de cavalo, deixando os cachos longos soltos nas costas.

Além disso, a correria -e a falta de dinheiro- da campanha pesou. "Para manter um cabelo solto bonito, precisa de um cabeleireiro sempre", afirma. Já o coque, dizem assessores, é a própria Marina que arruma todos os dias.

O visual chegou a ser pauta de uma de suas transmissões no Facebook. Ela respondeu a uma eleitora que pedia que cortasse o cabelo: "isso é mesmo decisivo pro seu voto?", questionou.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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