Política

CAMPO GRANDE

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Marcos Trad diz que cumprirá
metas para disputar reeleição

O desafio dele é cumprir até 2020 todas as propostas feitas na campanha eleitoral de 2016

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Eleito em 2016, com 241.876 mil votos, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), já sinaliza a intenção de disputar a reeleição em 2020. “É natural”, disse ele ao ser questionado sobre o desejo de continuar no Paço Municipal. “Se essa for a vontade de Deus”, emendou.

Trad possui como meta alcançar o 1º lugar entre os prefeitos das 26 capitais do Brasil. Ele se encontra atualmente, segundo levantamento feito pelo G1, no 2º lugar, atrás apenas do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchesan Júnior (PSDB).

Das propostas feitas durante a campanha eleitoral, o prefeito da Capital revelou ter cumprido 72%. “Até 2020, todas as propostas serão realizadas. Faltam 28%”, disse. Entre as que ainda não foram completadas está a instalação de Clínicas da Família nas sete regiões de Campo Grande.

“Quero a multiplicação das Clínicas da Família. Conseguimos implantar uma e, até o fim do mandato, todas as sete regiões de Campo Grande terão uma”, garantiu. Criada para dar atendimento diferenciado em relação às outras unidades de saúde, a primeira clínica deste modelo foi inaugurada no Bairro Nova Lima, em agosto do ano passado.

ADVERSÁRIOS

Logo no fim da eleição de 2018, Marcos Trad procurou não demonstrar intimidação com lideranças emergentes da política que tiveram boa votação. “Que eles se preparem, porque eu ‘tô’ cuidando da cidade”, avisou ele, numa referência aos virtuais adversários de 2020.

Naquele pleito, entre os 13 candidatos ao Senado, o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC) foi o mais votado em Campo Grande. Ele não saiu vitorioso, mas obteve mais votos que o irmão do prefeito, o senador eleito Nelsinho Trad (PTB). (Harfouche recebeu 163.314 e Nelsinho, 153.613 votos). 

Outro rival em potencial do prefeito é a deputada federal eleita, Rose Modesto (PSDB). Na última eleição municipal, ela disputou com Trad a vaga na prefeitura. Enquanto ele conquistou 58,77% dos votos, a tucana recebeu 169.660 votos, o que corresponde a 41,23%. A popularidade de Rose desde então, continua expressiva, haja vista o desempenho obtido no pleito de 2018, quando elegeu-se em primeiro lugar, com 120.901 votos.

Derrotado no segundo turno pelo governador reeleito Reinaldo Azambuja (PSDB), o ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PDT) já admitiu a hipótese de enfrentar o prefeito em 2020. Ele conquistou 215.193 votos na Capital, perdendo por diferença de 28.549 votos para o governador no maior colégio eleitoral do Estado.

Além destes já citados, outro líder em ascensão é o deputado estadual eleito Coronel David (PSL). Próximo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ele teve 45.093 votos na corrida por uma das vagas da Assembleia Legislativa. Com isso, se tornou mais um nome forte para concorrer à Prefeitura de Campo Grande.

Afilhado político do ex-governador André Puccinelli (MDB), o deputado estadual Márcio Fernandes (MDB) também deverá enfrentar Trad nas próximas eleições. 

 

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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Maturidade Política

"Se não houvesse isso, jamais conseguiríamos estar dando esse passo", diz Riedel

O governador Eduardo Riedel destacou o momento de alinhamento político durante reunião com 75 prefeitos no lançamento do programa MS Ativo Municipalismo

22/04/2024 19h00

Com o programa MS Ativo Municipalismo, Riedel segue a risca a cartilha de seu antecessor, o também tucano, Reinaldo Azambuja, que fazia aproximações do governo do Estado com as prefeituras Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Durante reunião para lançamento do MS Ativo Municipalismo, o governador Eduardo Riedel frisou a importância da gestão que prioriza o equilíbrio fiscal e enfatizou a maturidade política que possibilitou a reunião com 75 prefeitos que vieram prestigiar o programa que pretende atender todos os municípios de Mato Grosso do Sul.

Diante deste cenário, o governador elencou a importância de conseguir conversar com prefeitos de diversos municípios para alinhar as demandas. O programa gira em torno de três eixos de investimento que são a infraestrutura, saúde e educação.

O lançamento ocorreu no final da tarde desta segunda-feira (22), no Convenções Rubens Gil de Camilo, onde houve o anúncio de R$ 3,96 bilhões em verbas para investimentos na infraestrutura, saúde e educação.

"É essa convicção desse modelo que a gente traz até aqui, a convicção de que precisamos estar juntos para poder resolver o problema das pessoas, mas não só na infraestrutura. E esse talvez seja um passo a mais que a gente esteja dando aqui", pontuou Riedel. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, os investimentos que estão em execução e ainda os que estão programados, alcançam o montante de R$ 3,96 bilhões

Com o programa MS Ativo Municipalismo, Riedel segue a risca a cartilha de seu antecessor, o também tucano, Reinaldo Azambuja, que fazia aproximações do governo do Estado com as prefeituras. 

Para a reportagem do Correio do Estado, o Presidente da Assomasul e prefeito de Nioaque, Valdir Junior (PSDB), apontou a necessidade de manter o municipalismo ativo, para ele a maior demanda entre os prefeitos gira em torno da infraestrutura.

"Mas também entra a parte da saúde, educação, da inclusão social que vem atendendo. A gente vê universalização do saneamento atingindo os municípios do Estado. Hoje esse evento é mais um marco para o municipalismo", disse Valdir Junior.

"Nosso governador fez isso com sua equipe de secretariado, escutou as lideranças que foram eleitas democraticamente e estamos levando para casa o investimento para poder [aplicar] em todos os setores".

Ainda, conforme o prefeito de Nioaque, o governador Eduardo Riedel escutou os prefeitos, vereadores e vereadoras de modo que o investimento não será feito apenas "de cima para baixo", mas visando atender as necessidades de cada município. 

Representando a bancada federal, o deputado Vander Loubet (PT-MS) apontou o amadurecimento da classe política de Mato Grosso do Sul, destacando o alinhamento entre o governo do Estado com os municípios em um programa que classificou como "histórico" para o Estado dado o maior volume de convênios entre Estado e municípios. 

"O Governo Federal, nesse novo PAC, são R$ 89,5 milhões, só na construção de 37 novas UBS, Unidade Básica de Saúde, em 37 municípios. São R$ 160 milhões para educação em 57 municípios, na construção de creches, centro de educação infantil, de escolas em tempo integral e aquisição de ônibus escolares. São R$ 50 milhões para os dois novos campus do Instituto Federal aqui no Mato Grosso do Sul um para Amambai e outro para Paranaíba", disse Vander.

Na área de infraestrutura, a concessão da obra da Ernesto Geisel, que está no PAC e já está aprovada. A recuperação da BR-267, entre Caracol e Porto Murtinho. A construção da alça do acesso da BR-267 até a ponte do Rio Paraguai. A construção do contorno rodoviário de Três Lagoas. O término da fábrica de fertilizante em Três Lagoas. E a conclusão das obras de ampliação do aeroporto de Dourados. Na área de habitação, o investimento de R$ 550 milhões, R$ 450 milhões do Governo Federal e R$ 90 milhões da contrapartida do Estado no programa Minha Casa Minha Vida. Ou seja, esse é o papel do Estado"

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Gerson Claro (PP), rememorou uma fala do então à época governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que explicou que antes de realizar um governo municipalista era necessário ter verba para realizar os investimentos. 

Em outra fase, Gerson Claro apontou o "contrato" firmado com os gestores municipais para aumentar os índices de desenvolvimento dos municípios.

"E agora o municipalismo ativo, que eu entendo que dá um passo a mais. Nós vivemos um municipalismo com o Reinaldo, onde foi debatido e tratado a infraestrutura, agora em uma espécie de contrato de gestão, o municipalismo ativo vem para poder fazer uma espécie de contrato com os prefeitos, onde além da infraestrutura nós devemos prestar atenção nos índices de desenvolvimento dos municípios", explicou Claro.

 

 

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