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Luciano Bivar é reconduzido à presidência do PSL, partido de Bolsonaro

Ele fundou o partido em 1994 e o tem presidido a maior parte do tempo desde então

FOLHAPRESS

17/11/2018 - 17h25
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O deputado federal reeleito Luciano Bivar (PSL-PE) foi reconduzido a mais um mandato como presidente do Partido Social Liberal (PSL) na sexta-feira (16). Um membro de longa data do partido, Antônio de Rueda, seguirá como vice. Demais cargos serão ocupados por filhos e aliados que vieram com a filiação de Bolsonaro.

Considerado dono da sigla, ele fundou o partido em 1994 e o tem presidido a maior parte do tempo desde então. Licenciou-se em 2018, durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, quando deu lugar a Gustavo Bebianno, braço direito do futuro presidente.

De volta à presidência do seu partido, Luciano Bivar chegou a sugerir disputar a Presidência da Câmara à agência Reuters em outubro. Foi dissuadido da ideia por Jair Bolsonaro, que negocia interlocução com Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Antônio de Rueda é ex-presidente do PSL e membro de longa data da sigla. Já foi simpático ao Livres, movimento liberal (na economia e nos costumes, como disse em artigo publicado pela Folha em 2017) dentro do partido que foi eclipsado pela filiação de Jair Bolsonaro. Foram-se os Livres, Rueda segue agora como vice de Bivar.

Junto aos veteranos chegam os novatos trazidos pelo presidente eleito. Flávia Francischini, nova secretária-geral do partido é esposa do deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), apoiador incondicional de Bolsonaro, que comemorou em seu site sua também recondução ao cargo de presidente do PSL no Paraná. "O partido sai da condição de nanico para assumir o papel de gigante no Congresso Nacional", disse.

Respectivamente presidente e ex-presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Bebianno agora assumirá o cargo de 2º vice-presidente e Lemos, o de 1º vice-presidente. 

Os filhos de Bolsonaro também assumem cargo na equipe. Flávio Bolsonaro será secretário de Formação Política e Eduardo Bolsonaro, secretário de assuntos parlamentares.

A nova Executiva vai administrar uma realidade inédita para o partido. Nas eleições de 2014, o PSL tinha apenas um deputado federal eleito (José Maria Macedo Junior, o Macedo, representante do Ceará, que mais tarde migrou para o PP). Em 2018, se valendo do nome forte de Bolsonaro, a bancada emplacou 52 parlamentares.

É a segunda maior bancada da Câmara, perdendo apenas para o PT, que elegeu 56 deputados. Como o PSL acumulou mais votos válidos que o Partido dos Trabalhadores, receberão a maior fatia do fundo partidário em 2019 (os valores ainda não estão previstos).

Principal responsável pelo crescimento do partido, Jair Bolsonaro foi o segundo candidato à presidência pelo PSL. Em 2006, Luciano Bivar também havia se lançado à corrida eleitoral. Terminou a disputa em 7º lugar, com 62.064 votos. Para comparação, naquele ano, Lula (PT) recebeu 46,7 milhões de votos no 1º turno; levou a eleição no 2º, quando disputou com Geraldo Alckmin (PSDB) e ganhou 58,3 milhões de votos (60% dos válidos).

O gosto por presidir de Luciano Bivar, contudo, ultrapassa a política e chega ao futebol. Bivar coleciona mandatos como presidente do Sport Clube Recife, do qual foi presidente por cerca de 10 anos.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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