Política

Supremo Tribunal Federal

Lewandowski assina pedido e Toffoli passa a integrar turma da Lava Jato

Colegiado será responsável pela maioria dos processos da Operação Lava Jato

FOLHAPRESS

11/03/2015 - 16h26
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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, assinou no início da tarde desta quarta-feira (11) o documento que transfere o ministro Dias Toffoli da Primeira Turma da corte para a Segunda, que será responsável pela maioria dos processos da Operação Lava Jato.

Com o ato, Toffoli passa a compor oficialmente o colegiado, que deve ser presidido por ele a partir de maio, quando encerra-se o mandato de Teori Zavascki.

Zavascki seguirá na Segunda Turma como relator dos processos que tratam dos casos de corrupção na Petrobras.

Na tarde desta quarta (11), ao chegar ao STF, Toffoli falou rapidamente com a imprensa e se limitou a dizer que se ofereceu para ir à Segunda Turma devido ao apelo dos ministros que compõem o primeiro colegiado: Gilmar Mendes, Celso de Mello e Zavascki.

A proposta formal para se completar a turma com uma solução caseira partiu do ministro Gilmar Mendes ao final da sessão desta terça. Segundo ele, a substituição resolverá dois problemas de uma só vez.

Em primeiro lugar, com a Segunda Turma completa, empates seriam evitados. Nos casos criminais, como a igualdade de votos beneficia o réu, que acaba por ser inocentado, os ministros entendem que a paridade de forças fica prejudicada, uma vez que a acusação, no caso o Ministério Público, fica enfraquecido.

Em segundo lugar, disse que a substituição evitará que o futuro integrante da corte seja "um ministro ad hoc", ou seja, indicado especificamente para atuar na Lava Jato. "A ideia de uma possível composição ad hoc do colegiado não honra as tradições republicanas e não seria compatível com a elevação que esta corte tem no cenário da Republica", disse.

DILMA

Toffoli ainda falou sobre o encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff nesta quarta. Segundo ele, em nenhum momento o tema Lava Jato foi discutido.

A reunião entre os dois ocorreu um dia após o ministro requerer a transferência para presidir as discussões sobre os inquéritos contra políticos investigados pela Operação Lava Jato e durou cerca de uma hora e meia.

O ministro foi advogado eleitoral do PT, assessor da Casa Civil no governo Lula e advogado-geral da União.

Oficialmente, o ministro apresentou para Dilma um projeto para unificar o cadastro do cidadão brasileiro em um único documento, o Registro Civil Nacional. A proposta estabelece que todos os registros sejam feitos pela Justiça Eleitoral.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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