Política

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Justiça suspende interrogatório
de Lula em ação sobre compra de caças

Justiça suspende interrogatório
de Lula em ação sobre compra de caças

FOLHAPRESS

15/02/2018 - 22h04
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A Justiça Federal suspendeu nesta quinta-feira (15) os interrogatórios do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros réus de ação penal que apura suposto esquema de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e corrupção para viabilizar a edição, pelo governo federal, de medida provisória do interesse de montadoras de veículos e a compra de caças de defesa de uma multinacional sueca.

A decisão atende a uma determinação do desembargador federal Néviton Guedes, do TRF-1 (Tribunal Federal da 1ª Região), a pedido das defesas de Lula, de seu filho caçula, Luís Cláudio Lula da Silva, e do lobista Mauro Marcondes Machado -os dois últimos também são acusados na ação.

Os advogados alegam que os interrogatórios foram marcados antes de ouvidas todas as testemunhas de interesse das defesas, especialmente no exterior.

Esta é a segunda vez em que os depoimentos dos réus são suspensos pelo desembargador. Ele já havia concedido liminar em habeas corpus impetrado pela defesa de Machado para que não ocorressem as audiências, inicialmente marcadas para outubro do ano passado.

Na ocasião, determinou a suspensão até o julgamento do mérito do habeas corpus ou o cumprimento do prazo fixado para cumprimento de cartas rogatórias enviadas a testemunhas que vivem no exterior.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, havia marcado os interrogatórios para a próxima terça (20), pois os 45 dias previstos para as rogatórias já teriam se esgotado.

O desembargador, no entanto, alegou que a primeira instância nada informou sobre o status de cumprimento das cartas no exterior. Ele afirmou ainda que o julgamento do mérito do habeas corpus pelo TRF também está marcado para a terça, mesmo dia dos interrogatórios, cabendo, por isso, a suspensão.

A medida, segundo ele, prevenirá tanto "eventuais prejuízos" ao direito de defesa quanto resguardará o "regular andamento da ação penal". Não há previsão para que os depoimentos ocorram.

A ação referente à medida provisória e aos caças é uma das quatro contra Lula em curso na Justiça Federal em Brasília. Eventual condenação, se confirmada em segunda instância, atrapalharia ainda mais os planos do petista de concorrer à Presidência da República este ano.

No fim do mês passado, o TRF-4 manteve a condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá, em que é acusado de corrupção. A corte aumentou a pena do petista para 12 anos e um mês de prisão.

Na ação que tramita em Brasília, após a fase de interrogatórios, será aberto prazo para alegações finais das partes. Em seguida, o processo ficará pronto para sentença.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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