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Justiça mantém prisão de André,
que vai para Centro de Triagem

Ex-governador disse a magistrado que policiais o trataram com respeito

RODOLFO CÉSAR E LUANA RODRIGUES

14/11/2017 - 18h21
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O juiz federal Ney Augusto Paes de Andrade, da 3ª Vara, manteve a decisão de prender o ex-governador André Puccinelli (PMDB), depois de audiência de custória realizada no final da tarde de hoje em Campo Grande. No mesmo procedimento, as outras três prisão, uma preventiva e duas temporárias (com prazo de 5 dias) foram mantidas também.

A defesa do ex-governador tentou reverter a prisão preventiva por medidas cautelares, mas o magistrado negou o pedido. "Neste momento, entendo que é melhor reiterar os termos da decisão (mandado de prisão expedido anteriormente)", explicou o juiz.

André também foi questionado como foi o tratamento dado a ele durante o cumprimento do mandado de prisão. "Fui tratado com respeito", disse. Esse questionamento é de praxe em audiências de custódia.

Entre hoje e a manhã desta quarta-feira (15), o investigado pela PF vai ser levado para o Centro de Triagem Anísio Lima, no Complexo Penal do Jardim Noroeste, em Campo Grande. 

Puccinelli acordou com policiais federais na porta do apartamento dele, que fica em área nobre de Campo Grande, na Avenida Euclides da Cunha, região central. A PF deflagrou hoje a Operação Papiros Lama, 5ª etapa da Operação Lama Asfáltica.

Essa investigação apura corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, sonegação fiscal a partir do recebimento de propina. As apurações começaram em 2015, mas remetem a casos iniciados em 2013.

Há o envolvimento de pessoas físicas e jurídicas no esquema de desvio de recursos públicos que totalizam R$ 235 milhões até o momento da investigação.

No total foram cumpridos hoje dois mandados de prisão preventiva (André Pucinelli e o filho dele, André Puccinelli Junior), dois de prisão temporária (Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves), seis de condução coercitiva e 24 mandados de busca e apreensão.

Além de Campo Grande, os alvos estão localizados nas cidades de Nioaque (MS), Aquidauana (MS) e São Paulo (SP). 

REVERTER PRISÃO

As defesas dos advogados Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves argumentaram na audiência de custódia que não havia motivo para manter as prisões temporárias. Foi solicitado a substituição da prisão por outras medidas cautelares, o que foi negado.

"Meus clientes foram presos exclusivamente para depor, cada um deles prestou 16 páginas de declaração, portanto não há nenhum fato que justifique a prisão", argumento André Borges, que defende Jodascil e João Paulo.

*Editada às 18h48 para atualização de informações.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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