Política

Lide

João Doria usa estrutura do Grupo de Líderes Empresariais para rodar o país

Ele se deslocou a cinco cidades para comparecer a eventos do Lide

FOLHAPRESS

19/08/2017 - 21h00
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 O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tem feito uso da estrutura do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que ele fundou e do qual se licenciou, para rodar o país.

Nas últimas semanas, o tucano se deslocou a cinco cidades para comparecer a eventos que tiveram o Lide entre os organizadores.

As viagens fazem parte da agenda nacional que ajudam a colocar Doria no páreo para a disputa à Presidência. Ele nega ser candidato, mas diz que "não vai se furtar. Evidentemente quando sou homenageado, eu vou e participo".

Nesta sexta (18), Doria foi a Fortaleza para evento do qual o Lide Ceará foi um dos três organizadores. Depois voou a Recife para seminário promovido pelo Lide Pernambuco, cujo presidente, Drayton Nejaim, desligou o telefone quando questionado pela reportagem sobre a iniciativa.

O Lide faz parte do Grupo Doria, cujo comando acionário o tucano passou ao filho. Em sua agenda pública, Doria não explicita quando os eventos têm o Lide na organização.

Em Curitiba, no dia 3, a palestra do prefeito teve "apoio institucional" do Lide Paraná. Segundo a seccional, houve colaboração com a produção do evento.

Em Salvador, no dia 9, Doria fez uma palestra promovida pelo Lide Bahia e outras duas organizações. Depois jantou com empresários como o presidente do Lide Bahia, Mario Dantas.

Em Brasília, em junho, o Lide local fez almoço para o tucano com a Fecomercio.

As agendas nacionais com frequência adquirem caráter político-eleitoral.

Em Natal, na quarta (16), a viagem foi turbinada por um amigo e entusiasta de sua possível candidatura.

Doria recebeu o título de cidadão natalense não na Câmara, mas no Teatro Riachuelo, pertencente a Flávio Rocha, dono da Riachuelo.

Na ocasião, sugeriu-se que os dois formassem chapa juntos para o Planalto.

Para o professor de políticas públicas da Fundação Getulio Vargas Marco Antonio Teixeira, o envolvimento do Lide nos eventos é " temerário".

"Doria não é mais o homem privado que capta recursos, mas o homem público que pode apoiar. Cria um mal-estar. Amanha alguém pode falar que o Lide pode ter contatos facilitados. Quanto maior o distanciamento, melhor."

A prefeitura diz que "é natural que empresários que tiveram relação com o empresário Doria compareçam a eventos em que o agora prefeito é homenageado". O prefeito diz que viaja usando seu jatinho.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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