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'Império das barrinhas de cereal' deu projeção a ex-assessor de Michel Temer

Fundada em 1968, Nutrimental foi uma das principais fornecedoras de merenda escolar no país

FOLHAPRESS

11/06/2017 - 11h59
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Quando chegou a São Paulo para prestar vestibular, na década de 1960, Rodrigo Rocha Loures, pai e homônimo do filho deputado preso em Brasília, não conseguia dormir por causa do barulho. "Aquele barulho de trem, de bonde", contou, numa palestra a estudantes.

Nascido em Curitiba, de tradicional família paranaense, seu destino era cuidar das fazendas dos Rocha Loures no Norte do Paraná -pelo menos assim queria o pai.

Em vez disso, o jovem que sonhava em ser empreendedor cursou administração e foi um dos fundadores da Nutrimental, empresa de alimentação com faturamento de R$ 300 milhões, pioneira em barrinhas de cereal no Brasil.

O filho, atualmente detido no presídio da Papuda sob suspeita de receber propina da JBS, integrou um importante capítulo da história da empresa, que hoje vive um período de vacas magras -mas não por causa da prisão de Rodriguinho, afastado da diretoria desde 2002.

Ele foi o responsável, como gerente de marketing e novos mercados, por encampar a ideia da barrinha nos anos 1990, que virou o carro-chefe da empresa.

"É o Zé Alencarzinho do Paraná", cunhou o presidente Lula sobre o então candidato a vice-governador do Paraná, na chapa de Osmar Dias (PDT), que perdeu a eleição. A comparação com o vice-presidente, o industrial José Alencar, parecia apropriada.

À época, a Nutrimental registrava recordes de faturamento. Fundada em 1968, ela foi uma das principais fornecedoras de merenda escolar no país. "Nós inventamos uma sopinha bem brasileira", costuma dizer Rocha Loures, o pai, sobre o processamento de pó de feijão, cebola, alho e macarrão. A mistura, feita com tecnologia inédita, foi vendida em todo o Brasil por pouco mais de 20 anos.

Em 1991, suspeitas de superfaturamento suspenderam os contratos da empresa e de outras concorrentes com o governo federal. O TCU (Tribunal de Contas da União) relatou sobrepreço, pagamentos antecipados e aditivos em excesso. O governo deixou de pagar o que devia, e a maioria das empresas quebraram.
A barrinha foi a salvação da Nutrimental, inspirada em um "pé de moleque gringo".

PÉ DE MOLEQUE

Quem levou a sugestão foi a antropóloga Mary Allegretti, que trabalhava com comunidades amazônicas e experimentou barrinhas de castanhas brasileiras nos EUA. Ela queria desenvolver produto semelhante numa empresa nacional, usando castanhas amazônicas e revertendo parte da renda aos produtores.

Allegretti não conhecia Rodriguinho. "Bati na porta e quem me atendeu foi o próprio", conta à reportagem. Recém-formado em Administração, ele tinha 24 anos. Foi "muito receptivo" à ideia, diz a antropóloga, e chegou a viajar ao Acre e Amapá para conhecer a produção de castanhas.

"A equação era: a menor quantidade de castanha ao maior valor agregado possível", contou o deputado, numa entrevista concedida em 2009. A ideia era preservar a floresta, sem extrair matéria-prima excessivamente.

A Nutrimental tinha tecnologia para isso: poucos anos antes, havia desenvolvido alimentação desidratada para o navegador Amyr Klink, que atravessou o Atlântico.

Ao longo dos últimos 20 anos, a empresa se profissionalizou. Proibiu a ocupação de cargos executivos pelos sócios ou seus herdeiros, como forma de proteger a companhia, e instituiu um sistema de gestão horizontal, em que os funcionários participam das decisões. Pai e filho se afastaram da direção.

Demonstrando inclinação à política, o patriarca foi presidente da Federação das Indústrias do Paraná por oito anos e concorreu à prefeitura de São José dos Pinhais, sede da Nutrimental, em 2012. Ficou em terceiro lugar.

"A empresa que só pensa no lucro é pobre. Não tem grandeza. A causa é que move as pessoas", afirmou, em entrevista recente, Rocha Loures pai, que é considerado uma referência em sustentabilidade e inovação. Hoje, se dedica à defesa do filho.

Com a crise, a Nutrimental reduziu os investimentos a quase zero e cortou funcionários. O prejuízo nos últimos anos é de R$ 31 milhões.

Ainda é, porém, líder no mercado de barrinhas. Em 2016, parou de fornecer à administração pública brasileira -mercado que "não tem mais importância econômica para os negócios da empresa", segundo a diretoria.

Na sua última campanha para deputado, em 2014, Rodriguinho esteve na Nutrimental. Circulou pela fábrica e distribuiu santinhos aos funcionários. Não se reelegeu.

Política

Vereadores aprovam projeto que permite a entrada de água potável em shows e festivais

O projeto aprovado em sessão na Câmara Municipal, especifica que a água deverá estar acondicionada em embalagem plástica transparente e lacrada em eventos de Campo Grande.

23/04/2024 17h37

Divulgação/ Câmara Municipal de Campo Grande

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Na manhã de hoje, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande se reuniram para aprovar o projeto de lei 11.196/23, que autoriza a entrada de água potável para consumo pessoal em shows e festivais na capital.

Conforme o documento de autoria dos vereadores Dr. Victor Rocha e Carlão, o projeto dispõe sobre a permissão para a entrada de água potável para consumo pessoal em shows, festivais, exposições e eventos similares no âmbito do município de Campo Grande.

A proposta, apresentada pelo vereador Vitor Rocha (PSDB) em novembro do ano passado, será discutida. Naquele período, o país enfrentava altas temperaturas. Nesse mesmo período, a estudante sul-mato-grossense, Ana Clara Benevides Machado, morreu após passar mal durante um show da cantora norte-americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro (RJ). 
 
A partir de hoje, em caso de não cumprimento da lei, o evento corre o risco de ser cancelado. 

 

Outras pautas aprovadas

Outra pauta debatida e aprovada em regime de urgência foi o projeto de lei 11.307/24, do Executivo Municipal, que autoriza a Prefeitura a realizar permuta de área de sua propriedade com área pertencente à JM Administradora de Bens LTDA, localizada no loteamento Nova Campo Grande.

Também foi aprovado o projeto de lei complementar 923/24, de autoria da Mesa Diretora, que altera dispositivo da Lei Complementar 476/23. Esta última concede anistia condicional aos proprietários de edificações cuja execução esteja em desacordo com o Código de Obras e a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo. 

Durante a sessão, os parlamentares mantiveram o veto parcial ao projeto de lei 11.040/24, que estabelece o Programa Municipal de Identificação de Lar Atípico para pessoas com hipersensibilidade auditiva residentes no município de Campo Grande. A proposta foi apresentada pelos vereadores Carlos Augusto Borges (Carlão) e Prof. André Luis.

Também foi debatido o veto total ao projeto de lei complementar 917/24, que propõe alterações no Artigo 2º da lei 2.786/90. A proposta é de autoria dos vereadores Claudinho Serra, Betinho, Professor André Luis, Dr. Victor Rocha, Ronilço Guerreiro, Clodoilson Pires e Edu Miranda."

Em segunda discussão e votação, foi aprovado o projeto de lei 11.162/23, de autoria dos vereadores Papy e Carlos Augusto Borges (Carlão), que inclui a "Feira Científica" no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande.

Ainda durante a sessão, foi analisado o projeto de lei 11.199/23, de autoria do vereador Papy, que propõe a criação da carteira funcional digital e física dos conselheiros tutelares.

E, por fim, o projeto de lei 11.238/24, proposto pelo vereador Professor Juari, que trata da instituição da campanha permanente de valorização e respeito ao trabalho do professor, nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio do município de Campo Grande.

 

 

Política

Presidente Lula Descarta Crise na Petrobras e Destaca Crescimento

Em encontro com a imprensa, Lula afirma que a estatal enfrenta apenas "crises de crescimento" e minimiza desavenças internas

23/04/2024 14h00

Reprodução: Canal GOV

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Durante um encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva refutou a existência de uma crise na Petrobras, descrevendo a situação da empresa como "tranquila" e destacando apenas desafios ligados ao seu desenvolvimento.

Desmentindo Crises na Petrobras:

Nesta terça-feira, o presidente Lula afirmou que a Petrobras não enfrenta uma crise, contrariando rumores sobre instabilidades internas. Segundo ele, a empresa segue operando normalmente, sem turbulências significativas que afetem sua estabilidade.

Normalidade de Desentendimentos:

Lula comentou sobre a naturalidade dos desentendimentos dentro de grandes corporações como a Petrobras. Ele mencionou que, frequentemente, mal-entendidos podem gerar especulações, mas isso não indica uma crise real na empresa.

Enaltecendo a Petrobras:

O presidente elogiou a Petrobras por seu papel crítico no desenvolvimento econômico e energético do Brasil. Ele descreveu as adversidades enfrentadas pela empresa como "crises de crescimento", necessárias para sua evolução em uma companhia de energia mais abrangente, que inclui o foco em renováveis como eólica e solar.

Distribuição de Dividendos Extraordinários:

Lula confirmou apoio à distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras, prevista para votação no dia 19 de abril. Essa decisão poderá adicionar R$ 6 bilhões aos cofres da União, representando um importante influxo financeiro.

Controvérsias Internas e Gestão de Conflitos:

Recentemente, desentendimentos entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o Ministro da Energia, Alexandre Silveira, vieram à tona. Lula minimizou essas divergências, ressaltando que discordâncias são esperadas e gerenciáveis.

Futuro da Liderança na Petrobras:

Após uma fase de incertezas sobre a permanência de Prates na presidência da Petrobras, a situação parece estabilizada. Contudo, sua continuidade no cargo ainda depende de ajustes em sua conduta, conforme sinalizado por aliados do presidente.

Impacto da Participação de Fernando Haddad:

A entrada do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no debate sobre a gestão da Petrobras marcou uma virada importante, desafiando a oposição de outros ministros que questionavam a permanência de Prates.

Conclusão:

Em resumo, o presidente Lula defendeu a estabilidade e a trajetória de crescimento da Petrobras, apesar das especulações e desafios internos. O encontro com a imprensa reforçou o compromisso do governo com a transparência e a governança corporativa eficaz.

Participantes do Café com a Imprensa:

O evento contou com a presença de representantes de diversos veículos de comunicação, incluindo Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, G1, e outros, demonstrando a importância do diálogo aberto com a mídia.

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