Política

ELEIÇÕES 2018

"Houve um apelo pessoal, do ser humano", diz Simone Tebet

Senadora vai substituir nome de André em concorrência pelo Governo

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A senadora Simone Tebet (MDB) disse que o pedido para substituir o ex-governador André Puccinelli (MDB) nas urnas, na disputa pelo Executivo Estadual, partiu dele próprio, no sábado (28), durante uma visita da parlamentar ao Centro de Triagem, localizado em Campo Grande. Segundo Tebet, André fez um apelo pessoal.

“Estive com ele ontem, fui fazer uma visita e houve um apelo pessoal dele. Não do político, do ex-governador, mas do homem, do ser humano. Na situação em que ele está, uma situação degradante, com 21 pessoas, eu não tinha como negar. Não tinha como negar um pedido do André, do homem que ali estava. Foi de surpresa, o ambiente não o mais propício para conversar”, destacou.

Simone destacou que esteve na reunião deste domingo (29), no escritório do senador Moka, e colocou informalmente sua pré-candidatura, mas os dirigentes do partido ainda devem se reunir e discutir o nome à disposição. “O partido vai se reunir, falar com aliados. Nós temos uma semana até a convenção para as tratativas. Estou decidida, sou pré-candidata”, afirmou.

Mesmo com o pouco de tempo de pré-campanha e a 17 dias para começar a campanha eleitoral, Simone disse que não se assusta com o pouco tempo. Ela, que já foi prefeita de Três Lagoas, vice-governadora de Puccinelli de 2011 a 2014, e atua como senadora, declarou ter consciência e tranquilidade.

“Não me assusto, fiz campanha no Estado todo para senadora e vice-governadora. O MDB é um partido grande, que fez muito por Mato Grosso do Sul, onde você passa tem obra do MDB. Temos nomes que honramos como do doutor Wilson (Wilson Barbosa Martins) e meu pai mesmo (senador Ramez Tebet - morto em 2006)”, destacou.

André Puccinelli, o filho dele, André Puccinelli Júnior, e o advogado João Paulo Calves, estão presos no complexo penitenciário de Campo Grande, localizado no Jardim Noroeste desde o dia 20 deste mês. O ex-governador teve dois habeas corpus negado pela Justiça, sendo um no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e outro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi negado na sexta-feira (27).

MOVIMENTAÇÃO POLÍTICA

Nelsinho intensifica aproximação com Riedel para garantir apoio ao Senado

O senador tem sido presença assídua nas agendas públicas do governador, tanto em Campo Grande quanto no interior

12/12/2025 08h20

Nelsinho Trad participou ao lado de Riedel das festividades dos 44 anos da região das Moreninhas

Nelsinho Trad participou ao lado de Riedel das festividades dos 44 anos da região das Moreninhas Saul Schramm / Secom

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Como na velha máxima de que quem não é visto, não é lembrado, um ditado popular que significa que a ausência ou falta de visibilidade leva ao esquecimento, o senador Nelsinho Trad (PSD), pré-candidato à reeleição, tem intensificado a aproximação com o governador Eduardo Riedel (PP), acompanhando-o nas agendas públicas, tanto em Campo Grande quanto nas cidades do interior, para assegurar o apoio do chefe do Executivo estadual como o segundo nome ao Senado no amplo arco de aliança para as eleições de 2026.

Desde a reunião realizada, no começo de novembro, no auditório do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), no Parque dos Poderes, em Campo Grande, entre o governador e 55 dos 79 prefeitos do Estado, quando os gestores municipais reforçaram que trabalhariam para a eleição do ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) como senador da República, mas também, pela reeleição do senador Nelsinho ao cargo, mesmo sabendo que o grupo de Riedel pode ter um outro candidato ao Senado, o parlamentar tem procurado ser presença constante nos atos públicos.

A mobilização do senador tem razão de ser, afinal, com a provável chapa pura do PL para disputar as duas vagas ao Senado por Mato Grosso do Sul, já que, até o momento, são pré-candidatos pelo partido Azambuja e o ex-deputado estadual Capitão Contar, o que obriga a Federação União Progressista, formada pelo PP e o União Brasil, a também lançar pelo menos um pré-candidato ao cargo, inviabilizando ainda mais a “dobradinha” com Nelsinho no arco de aliança dos partidos que apoiam à reeleição de Riedel.

O senador do PSD sabe da importância de contar com o apoio do governador para a sua reeleição, mesmo que o suporte do chefe do Executivo estadual seja no formato de uma “aliança branca”, isto é, fazer um acordo eleitoral informal com a legenda à qual, oficialmente, não estará coligada.

Portanto, nas últimas semanas, prestigiou todas as agendas públicas das quais Riedel estava presente, como no caso da realizada no domingo, na Capital, durante as festividades dos 44 anos das Moreninhas, um dos bairros mais antigos e populosos de Campo Grande.

Ele também prestigiou ontem o 1º MS Citrus Summit – A Nova Fronteira da Citricultura, evento realizado em Três Lagoas com a presença do governador com produtores, especialistas e profissionais que trabalham no setor.

O senador ainda foi com Riedel à cidade de Selvíria, para vistoriar uma obra de implantação e pavimentação asfáltica da rodovia MS-444.

Nelsinho ainda estará presente, no domingo, na visita que o governador fará às cidades de Amambai e Juti para entregar obras de pavimentação asfáltica, supervisionar as que ainda estão em andamento e lançar novas.

Procurado pela reportagem para comentar sobre essa intensificação de presença nas agendas públicas do governador, o senador justificou que se trata de uma forma de também vistoriar as obras, pois muitas delas receberam emendas do parlamentar.

“Estou fazendo uma prestação de contas do meu mandato como senador da República por Mato Grosso do Sul sempre acompanhando o governador Riedel e testemunhando a transformação que o Estado está passando, evoluindo em vários setores da economia”, declarou.

Ele ressaltou que é o senador de Mato Grosso do Sul que mais destinou recursos federais por meio de emendas parlamentares para os municípios do Estado e também procura atuar como interlocutor dos gestores municipais com os ministérios em Brasília (DF).

“Apenas para Três Lagoas destinei quase R$ 140 milhões, sendo R$ 4 milhões só neste ano”, reforçou.

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ultimato

Quem é Coronel Tadeu, suplente de Zambelli que deve assumir vaga

Ele já foi deputado federal na legislatura passada e se caracterizou pelas ferrenha defesa de Bolsonaro e críticas contra Lula

12/12/2025 07h28

Coronel Tadeu deve assumir depois que Alexandre de Moraes anular a decisão da Câmara que manteve o mandato de Zambelli

Coronel Tadeu deve assumir depois que Alexandre de Moraes anular a decisão da Câmara que manteve o mandato de Zambelli

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Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes anular nesta quinta-feira, 12, a decisão da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação da deputada Carla Zambelli, o ex-parlamentar Coronel Tadeu (PL-SP) deve assumir o cargo.

Moraes deu 48 horas para que o presidente da Casa, Hugo Motta, dê posse ao suplente da parlamentar e solicitou que o presidente da 1ª Turma, ministro Flávio Dino, agende uma sessão virtual nesta sexta-feira, das 11h às 18h, para referendar a decisão.

Coronal da Polícia Militar de São Paulo, Tadeu foi deputado federal entre 2018 e 2022, mas não alcançou os votos necessários para ser reeleito. Ele é suplente do PL no Estado. Durante o mandato na Câmara, Tadeu atuou como defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi à tribuna do plenário da Casa discursar contra o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vencedores da disputa ao Palácio do Planalto naquele ano.

Em 2019, Tadeu rasgou um cartaz em uma exposição sobre o racismo na Câmara na véspera do Dia da Consciência Negra. Ele arrancou da parede, rasgou e pisou em uma imagem do cartunista Carlos Latuff, em que aparecia um policial, com uma arma fumegante na mão, e um rapaz negro estendido no chão, algemado e com a camisa do Brasil. No cartaz, lia-se a frase "o genocídio da população negra".

"Policiais não são assassinos. Policiais são guardiões da sociedade, sinto orgulho de ter 600 mil profissionais trabalhando pela segurança de 240 milhões de brasileiros", escreveu Coronel Tadeu no Twitter na época. Em entrevista ao Estadão naquele ano, disse "não se arrepender" do feito. "Quem foi atacada foi a Polícia Militar", afirmou.

Zambelli já custou R$ 654,6 mil aos cofres públicos desde que fugiu do Brasil, em junho. Mesmo presa na Itália, enquanto a parlamentar mantivesse o mandato, seu gabinete teria custo de cerca de R$ 130 mil por mês. Técnicos da Câmara estimam que Zambelli poderia perder o mandato por faltas apenas no final de fevereiro de 2026, o que poderia fazer o gasto passar de R$ 1 milhão.
 

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