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Fake news e impacto nas eleições
de 2018 são debatidos no Senado

Fake news e impacto nas eleições
de 2018 são debatidos no Senado

AGÊNCIA SENADO

21/03/2018 - 20h00
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O Senado promoveu uma sessão de debates temáticos para discutir as fake news e o impacto nas eleições de 2018. Os participantes defenderam a responsabilização de quem dissemina notícias falsas e a importância do jornalismo profissional. 

A sessão temática sobre fake news e as eleições de 2018 aconteceu a pedido do senador Telmário Mota (PTB-RR). Ele afirmou que é preciso entender o padrão de disseminação de notícias falsas para evitar intervenções ilegais no debate eleitoral, como aconteceu em outros países, como Estados Unidos e França.

“Que cada um tenha o zelo e o cuidado de um bom jornalismo para fazer as filtragens necessárias e impedir que uma falsa informação possa destruir de forma talvez irreversível a dignidade, o caráter de uma pessoa.”

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tarcísio Vieira, afirmou que as fake news estão entre os três principais desafios do TSE nas próximas eleições, junto com o financiamento eleitoral e a impressão do voto. “Se não para banir esse fantasma das eleições, algo que seria, a meu sentir pessoal, praticamente impossível, pelo menos para diminuir ao máximo essas tentativas mais grosseiras de desnaturação da boa informação que deve subsidiar sempre as escolhas políticas conscientes e refletidas por parte do eleitorado.”

Essas serão as primeiras eleições em que será permitido o impulsionamento de conteúdos eleitorais na internet, desde que estejam devidamente classificados como propaganda eleitoral. O presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão, Paulo Tonet Camargo, chamou a atenção para a necessidade de responsabilizar não apenas o autor das notícias falsas, mas também quem as distribui, como as plataformas tecnológicas.

Segundo ele, essa seria a única forma de defesa contra as notícias falsas, aliada ao jornalismo profissional. “Não há forma de certificação melhor para a notícia do que o jornalismo. Porque este jornalista tem cara e endereço e e-mail publicado e pode ser responsabilizado se errar.”

Além da responsabilização das plataformas, o promotor de Justiça do Distrito Federal, Frederico Ceroy, apresentou como mecanismos de defesa a educação da população sobre como analisar a veracidade de uma informação e a atuação do Legislativo, citando a Alemanha como exemplo a ser seguido.

“Fake news não é simplesmente aquilo que aparece no feed de notícias nosso. Fake news que abala a eleição, que abala a democracia é um movimento coordenado que, muitas vezes, está por debaixo dos panos e nós não estamos vendo", analisou.

O presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, Murillo de Aragão, informou que cerca de oito projetos de lei sobre fake news e o processo eleitoral estão sendo analisados pelos conselheiros, que devem apresentar um relatório nos próximos 30 dias. Essa foi uma orientação do presidente do Senado, Eunício Oliveira, durante a cerimônia de posse dos membros do Conselho em novembro do ano passado. 

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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