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Economistas do PSDB pedem desembarque
do partido do governo Temer

Economistas do PSDB pedem desembarque
do partido do governo Temer

FOLHAPRESS

04/08/2017 - 22h00
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Os economistas Elena Landau, Gustavo Franco e Edmar Bacha, formadores da política econômica dos governos de Fernando Henrique Cardoso, publicaram carta aberta ao presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), pedindo que o partido deixe a base do governo de Michel Temer.

Em texto publicado nas redes sociais pouco depois da sessão na Câmara que arquivou pedido de investigação de Temer, os economistas tucanos pedem que os quatro ministros do partido no governo entreguem seus cargos.

Landau, Franco e Bacha pedem também a renovação na direção do PSDB. Após suspeitas de corrupção, o senador Aécio Neves (MG) foi afastado da presidência nacional da sigla.

Landau disse à reportagem que a carta foi uma alternativa à desfiliação dos economistas do PSDB. Os signatários manifestaram apoio à permanência de Tasso no comando do partido.

Os economistas fazem críticas à aliança atual com o PMDB, diante das denúncias que recaem sobre o presidente Michel Temer e seu núcleo político. Dizem que o governo atual é manchado pela "corrupção institucionalizada".

"Infelizmente, incapaz até agora de se dissociar de um governo manchado pela corrupção institucionalizada que herdou do PT, o PSDB tem optado por deixar vazio o centro político e ético de que o país tanto precisa", diz o documento.

ELEIÇÕES 2018

Eles relatam temer o enfraquecimento do partido diante da proximidade das eleições de 2018. Dizem acreditar que o partido poderá perder protagonismo no cenário, deixando o caminho para que adversários vençam a disputa.

"Trata-se da possibilidade da eleição de um radical populista, de esquerda ou de direita, que arruinaria com as perspectivas econômicas e talvez mesmo com a democracia no país", diz a carta sem citar nomes.

Landau presidiu o BNDES nos anos 1990, durante o período das privatizações de FHC. Franco e Bacha participaram da elaboração do Plano Real. No documento, dizem acreditar que suas opiniões podem influenciar em uma mudança de orientação do partido.

Landau disse que eles são favoráveis às reformas em curso no país, como a da Previdência e a trabalhista, e que mantêm o apoio à atual equipe econômica. A divergência seria mesmo no campo da ética e nesse sentido o partido precisaria "praticar o que prega".

"Não precisamos estar no governo para defender as reformas. O partido precisa ter coerência e não precisava ter capitaneado o relatório para arquivar a denúncia", disse Landau.

Desde que as suspeitas contra Temer vieram à tona que o PSDB está rachado. O relatório que pedia arquivamento da denúncia foi elaborado pelo tucano Paulo Abi-Ackel (MG), mas o líder do partido, Ricardo Trípoli, pediu voto contrário à bancada. Dos 47 deputados, 21 votaram pela abertura de inquérito, enquanto 22 votaram contra a denúncia. Quatro não compareceram.

"Fica o nosso apelo para que, na convenção de agosto, sob sua liderança [de Tasso Jeireissati] o PSDB -reafirmando seu apoio e mantendo-se à frente das reformas no Legislativo- decida (i) renovar sua direção, (ii) entregar os ministérios que têm no governo, e (iii) refundar-se programática e eticamente", diz a carta.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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