Política

ELEIÇÕES 2018

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Dos 29 vereadores da Capital, 17 querem buscar vagas de deputados

Dos 14 pré-candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa, onze estão no primeiro mandato

Renata Volpe Haddad

16/07/2018 - 05h00
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Aproximadamente dois terços dos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande são pré-candidatos a deputados estaduais ou federais nas eleições deste ano. Como houve uma renovação na Casa de Leis, a maioria dos que tentarão um novo cargo assumiu a cadeira na Câmara em 2016. 

Dos 29 vereadores, 17 são pré-candidatos e apenas 12 optaram por terminar o mandato. Os que vão disputar alegam maior chance de atender a população se estiver na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal.

Os vereadores Carlão (PSB), Enfermeira Cida Amaral (Prós) e Papy (SD) são pré-candidatos a deputados federais.

Primeiro mandato de Papy, o vereador alega disputar a eleição, pois o partido tem estratégia nacional de lançar deputado federal. “Aqui, no Estado, vão sair dois estaduais, que é o deputado Herculano Borges [que tenta a reeleição], e o Lucas de Lima. Eu, para federal”, afirmou.

Também no primeiro mandato de vereadora, Cida é pré-candidata a deputada federal, mas o Prós ainda está em negociação para definir a candidatura da enfermeira, conforme assessoria de comunicação da política.

No terceiro mandato na Câmara de Campo Grande, o vereador Carlão afirmou que só concorre nas eleições deste ano, se for para deputado federal. “Tive conversa para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, aí trocou o presidente do partido, agora é o Elizeu Dionizio. Ainda vamos saber em qual coligação nosso partido vai ficar para depois definir isso”, informou. 

Quatorze vereadores são pré-candidatos a deputados estaduais. São eles: André Salineiro e Delegado Wellington (ambos do PSDB), Junior Longo (PSB), Lucas de Lima (SD), Otávio Trad (PTB), Betinho (PRB), Enfermeiro Fritz e Chiquinho Telles (ambos do PSD), Cazuza (PP), Dr. Wilson Sami e Dr. Loester (ambos do MDB), Willian Maksoud (PMN), Vinicius Siqueira (DEM) e vereador Jeremias Flores (Avante).

Dos 14 pré-candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa, onze estão no primeiro mandato de vereador. Dharleng Campos (PP) afirmou ter deixado o nome à disposição do partido, caso seja necessário uma candidatura para Assembleia Legislativa. “Se eu puder optar, não quero ser candidata agora, quero terminar meu mandato primeiro, mas a gente precisa deixar o nome à disposição do partido, todos fazem isso”, justificou.

Assim como Dharleng, o vereador Junior Longo também está no primeiro mandato. Segundo ele, o partido quer um representante da igreja dentro da Assembleia Legislativa. “Venho de um segmento evangélico e eles acham bom ter um político representante da nossa igreja na Casa de Leis. Outro segmento que eu venho é o da iniciativa privada, isso foi discutido também e deram apoio para concorrer a deputado estadual”, declarou.

O vereador Otávio Trad (PTB) está no segundo mandato e espera apenas uma definição do partido para concorrer a deputado estadual nas eleições deste ano. “Ainda está sendo definida a aliança partidária, depois disso precisamos saber em qual coligação vamos ficar para assim definir minha candidatura”, explicou.

Também no segundo mandato, Chiquinho Telles (PSD) pretende concorrer à Assembleia. “Não dá para ficar dois ou três mandatos como vereador. Vejo que dá para contribuir mais com a população, como deputado estadual. Sou um dos primeiros filiados do partido, hoje sou legítimo candidato”, disse o pré-candidato. 

 

Política

Gonet defende extinção de queixa de Bolsonaro contra Lula por injúria e difamação

O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa

18/03/2024 21h00

Carlos Moura/SCO/STF

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu em manifestação na última sexta-feira (15) a extinção de queixa-crime movida no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT) por suposta difamação e injúria. O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa.

Bolsonaro afirma que o petista cometeu os crimes ao sugerir durante discurso que o ex-presidente seria o verdadeiro dono de uma mansão na Califórnia (EUA) ligada ao tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e agora delator.

A petição de Bolsonaro foi apresentada ao STF em outubro do ano passado e, no início deste mês, o relator do caso, ministro Luiz Fux, pediu a manifestação da PGR sobre o assunto.

Em discurso feito em maio de 2023, durante cerimônia de assinatura do decreto de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, Lula falava de corrupção no governo anterior quando acrescentou:

"Agora mesmo acabaram de descobrir uma casa, uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordem; certamente, é para o paladino da discórdia; o paladino da ignorância; o paladino do negacionismo", disse o petista.

Na explicação dada pelos advogados de Bolsonaro ao STF, a mansão localizada no sul da Califórnia, comprada por US$ 1,7 milhão, está registrada em nome de Cid Family Trust, empresa de propriedade de Daniel Cid, irmão de Mauro Cid.

Os advogados afirmam que Daniel Cid tem "uma longa e consolidada carreira no setor de tecnologia e segurança digital na Califórnia, com a qual fez fortuna de maneira completamente lícita".

"O patrimônio de Daniel não foi construído subitamente, sendo calcado em um extenso histórico profissional que não guarda qualquer relação com seu irmão, Mauro Cid", continuam eles.

Bolsonaro afirma que a declaração de Lula foi leviana e falaciosa e, além de pedir a condenação por injúria e difamação, o ex-presidente cobra uma retratação pública, sob pena de multa.

Ao analisar a queixa-crime, o ministro Luiz Fux abriu prazo para manifestação da PGR, mas antecipou que o artigo 86 da Constituição Federal atribui imunidade processual temporária ao presidente da República durante o exercício do mandato, em relação a crimes comuns e sem relação com as funções no Planalto.

Gonet também citou o artigo e defendeu a extinção da queixa-crime "por ausência de condição de procedibilidade", em parecer assinado nesta sexta-feira (15).

Segundo o procurador-geral da República, não se trata de "irresponsabilidade penal", e sim de "imunidade temporária à persecução penal".

"As condutas narradas, por serem estranhas às suas funções, invocam a aplicação da imunidade constitucionalmente conferida ao presidente da República e impedem a instauração da ação penal, enquanto não cessar o respectivo mandato", escreve Gonet.

    

Política

Pedrossian Neto abandona sonho e menciona sentimento de traição após apoio de Nelsinho Trad ao PSDB

Até então pré-candidato pelo PSD, deputado estadual publicou nota após descobrir que o presidente estadual da sigla apoiaria outro partido

18/03/2024 17h50

Divulgação

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Após o presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, anunciar apoio ao PSDB para a disputa pela prefeitura de Campo Grande, o até então pré-candidato, deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, publicou uma nota anunciando o adiamento do sonho de assumir a Prefeitura de Campo Grande e apontando traição à militância do partido.

Ao iniciar o texto, o deputado destaca que a política é feita de "sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes", e relata que apresentou a pré-candidatura por acreditar que Campo Grande poderia ser "tratada com mais dignidade e respeito" e que ela "pudesse voltar a ser capital onde todos sentimos orulho de morar".

No entanto, nas palavras de Pedrossian Neto, "esse sonho terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos".

Isso porque Nelsinho Trad declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira.

Segundo a nota, Pedrossian Neto ficou sabendo da mudança de apoio do partido através da imprensa, já que o Correio do Estado havia adiantado a composição no dia 11 deste mês.

"Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria", afirmou.

O deputado estadual declarou ainda que a falta de confiança no trabalho por parte do partido "trai" o sentimento de grande parte da militância. Confira:

"E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas. Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força", diz texto.

A nota acrescenta ainda que o apoio de Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral só será definido "após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados".

Confira a nota na íntegra

"A política é feita de sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes. 

Apresentei minha pré-candidatura a prefeito de Campo Grande por acreditar que a cidade que eu amo, o lugar onde eu nasci e onde crio meus filhos, poderia ser tratada com mais dignidade e respeito. E que sobretudo ela pudesse voltar a ser a capital onde todos sentimos orgulho de morar. 

Unifiquei o meu partido, o PSD, em torno desse projeto, buscando quadros novos, lideranças promissoras, gente que pudesse não apenas disputar e vencer eleições, mas sobretudo contribuir com a construção de uma cidade melhor. 

Esse sonho, no entanto, terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos. 

Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria. 

E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas.

Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força.

Diante disso, nos termos do estatuto do partido, em obediência a lei eleitoral, e na qualidade de presidente municipal do PSD, afirmo que o apoio do deputado estadual Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral somente será definido, em momento oportuno, após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados. 

Ademais, temos uma chapa de pré-candidatos a vereador, com fortes lideranças em inúmeros segmentos, que precisa ser consultada e preservada. Política se faz coletivamente.

Manteremos o diálogo e as portas abertas, como sempre fizemos, com todos aqueles que saibam respeitar o partido e que partilhem de nossas visões e projetos para a nossa cidade. 

Pedrossian Neto,
Campo Grande, 18 de março de 2024."

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