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Despedindo-se do cargo, Paulo Passos defende democracia

Novo procurador-geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, será empossado na tarde desta segunda-feira

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Despedindo-se do cargo de procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), Paulo Passos defendeu a democracia brasileira e o respeito às instituições. À frente da entidade por dois anos, hoje será empossado o primeiro promotor de Justiça eleito pelos membros, Alexandre Magno Benites de Lacerda. O ato será transmitido pela internet, às 16h (horário de MS), para evitar aglomeração, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a transmissão do novo coronavírus (Covid-19).

Eleito pela primeira vez em 2016 e reeleito em 2018, Passos substituiu na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) seu colega Humberto de Matos Brittes. Questionado sobre sua trajetória à frente do MPMS, Passos destacou que nesses quatro anos conseguiu alavancar a instituição e o combate à corrupção, além de crimes contra o meio ambiente e a saúde.

“De 2016 até agora demos um up e tanto no Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado], atingindo pessoas de poder político e econômico. Se a gente vive em um regime democrático, todos somos iguais, todos temos dever com a lei. As promotorias de patrimônio público prestaram serviço de melhor qualidade, na Capital e no interior. Também fizemos várias alterações na legislação interna para assegurar o direito de defesa pleno dos investigados”, destacou o procurador.

Sucedido por Magno não apenas no cargo de procurador-geral, mas também na chefia de gabinete quando precisou descompatibilizar da função para concorrer à sua primeira eleição na liderança do MPMS, Passos afirmou que conhece bem o colega de profissão e confia que um bom trabalho será realizado durante o biênio. “O agente público tem que se empenha dia a dia para honrar a confiança que a sociedade colocar na gente. Tenho certeza que um bom trabalho será feito. Quem vai me suceder é o primeiro promotor eleito, uma inovação. Além de amigo pessoal, penso que é o mais preparado para o cargo. Acho que vamos continuar em um bom caminho”.

Questionado sobre a importância do Ministério Público para a defesa dos direitos da sociedade, o procurador-geral reiterou que é necessário manter a democracia e as instituições. “A minha mensagem é que se nós quisermos ser uma nação civilizada precisamos encontrar o respeito à democracia. Respeito às instituições, ao Supremo Tribunal Federal [STF], ao presidente do Brasil, ao parlamento. Precisamos de respeito aos poderes. Respeito e tolerância; se você não concorda, tem que respeitar”.  

Sobre as manifestações que estão sendo feitas criticando os poderes e pedindo inclusive o fechamento do STF e do Congresso Nacional, além da volta da Ditadura Militar, Passos diz que é um momento preocupante e que precisamos ficar atentos. “Se a democracia não for defendida, nós voltaremos ao período ditatorial, muito ruim. Pessoas morreram, foram torturadas para termos a possibilidade de ir às ruas, dar sua opinião. Nossa democracia se deve aos muitos que morreram, deram sua vida pela democracia. Esquecemos do nosso passado; temos que visitar o passado para construir uma sociedade mais justa. Jamais vou comungar com qualquer ideia ditatorial [AI-5] inaceitável. O Ministério Público precisa estar coeso; tem a confiança da classe e traz consigo a confiança. Vivemos em um momento muito difícil, mas que exige de todos nós muito equilíbrio e muito trabalho em defesa da democracia”.  

O procurador ressaltou ainda a importância da liberdade de imprensa e a prestação de contas do MPMS. “Todos os agentes públicos estão sujeitos à crítica pública, temos a obrigação de prestar contas à sociedade. Nossa democracia é jovem e tem dificuldade em conviver com a imprensa livre. Precisamos de liberdade crítica, de informação”.

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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