Política

ESQUEMA DE PROPINA

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Deputados estaduais aprovam abertura de comissão especial para investigar Azambuja

Reinaldo Azambuja (PSDB) foi citado em delação premiada de sócio da JBS

IZABELA JORNADA

23/05/2017 - 12h00
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Antes de o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), trazer esclarecimentos aos deputados estaduais, hoje, na Assembleia Legislativa, sobre as denúncias que envolvem seu nome nas delações premiadas feitas pelos donos da JBS, a bancada de oposição do Governo  já havia redigido requerimento para investigar crimes de responsabilidade praticados pelo chefe do Executivo.

"Reinaldo trouxe documentos inerentes às denúncias e disse que está à disposição para provar sua inocência", contou o presidente do Legislativo, deputado estadual Junior Mochi (PMDB).

A bancada do PT já entrou com requerimento para que seja aberta comissão especial para investigar as denúncias contra o Executivo. "A Casa de Leis tem a função de fiscalizar o Executivo e é isso que vamos fazer", disse o petista Pedro Kemp.

Os líderes de bancada do Legislativo aprovaram o requerimento da criação da comissão especial e, segundo o regimento interno da Casa, em 48 horas ela deve ser criada e indicar os integrantes.

O líder da bancada do PSDB e presidente da Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJ), Beto Pereira, disse que pode chegar até 90 dias para que a comissão apresente seu parecer sobre as investigações.  "A própria perícia da Polícia Federal pede tempo para analisar e investigar os fatos", finalizou o parlamentar.

ACUSAÇÕES

Empresário Wesley Batista, um dos sócios da JBS, disse em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato que esquema de propina em Mato Grosso do Sul era negociado diretamente com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele indicou que houve pagamento de R$ 10 milhões pelo grupo. O governador negou as acusações.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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