A defesa do ex-governador, André Puccinelli; do filho dele, André Puccinelli Júnior; e do advogado João Paulo Calves, ainda analisa a decisão expedida ontem pela 3° Vara Federal de Campo Grande, para reverter a prisão preventiva do trio. Os mandados foram cumpridos nesta sexta-feira pela Polícia Federal, depois das prisões serem determinadas pelo Ministério Publico Federal (MPF), com base na decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em maio de 2018, relativa à Quinta Fase da Operação Lama Asfáltica.
Conforme o advogado de defesa de Calves, André Borges, a decisão da Justiça que decretou a prisão é muito extensa e é analisada. “Podemos entrar com pedido de habeas corpus durante o plantão deste final de semana ou apenas na segunda-feira”. O trio passou a noite no Centro de Triagem.
Ontem o advogados do ex-governador e seu filho, Renê Siufi, afirmou que entrará com o pedido de HC apenas na segunda-feira. Ele defende que a prisão tem a intenção de prejudicar a candidatura de Puccinelli, já que acorreu às vésperas da convenção do MDB.
As novas prisões foram motivadas pela suspeita de continuidade de esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com a decisão, mesmo após a deflagração da operação Lama Asfáltica e prisão de diversos envolvidos, o esquema criminoso segue operante e a lavagem de dinheiro “se aperfeiçoou no benefício de seus integrantes”.
Está já é a terceira vez que o ex-governador entra na mira da PF, no âmbito da Operação Lama Asfáltica. Em 2016, foi alvo de busca e apreensão e, em novembro do ano passado, ele e o filho foram presos na Operação Papiros de Lama, desdobramento da Lama Asfáltica, responsável por invertigar organização criminosa envolvida com desvio de recursos públicos.