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ELEIÇÕES 2018

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Folha de pagamento é maior que investimento na Saúde, diz João Alfredo

Candidato foi o 6º e último candidato a participar da rodada de entrevistas do Correio do Estado

RENATA VOLPE HADDAD

25/09/2018 - 11h47
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Candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pelo PSOL, João Alfredo Danieze, falou sobre suas propostas para o Estado, caso eleito. Entre elas, há planos de governo para desafogar os presídios, municipalização da saúde e integração das polícias para coibir o narcotráfico. Um exemplo citado pelo candidato é que a folha de pagamento do Executivo estadual é superior ao valor investido na Saúde. O candidato foi o 6º e último candidato a participar da rodada de entrevistas do Correio do Estado, nesta terça-feira (25).

Danieze contou que ele mesmo fez seu plano de governo. Com isso, citou algumas propostas para criar mais vagas nos presídios estaduais. Faltam 10 mil vagas nos presídios de Mato Grosso do Sul. 

Segundo ele, há 16 mil detentos para 8 mil vagas nos presídios. “Desse total, 42% são de outros estados. Eles são presos em Mato Grosso do Sul por causa do narcotráfico. É preciso remanejá-los para os estados de origem”, disse.

Danieze comentou que atuando dessa maneira, vai desafogar os presídios. “Vai dar espaço para os outros daqui e há videoconferência, onde a polícia pode conversar com o detento que cometeu crime aqui”.

Sobre a questão do narcotráfico, o candidato comentou ser necessário uma integração das polícias. Ele fez uma análise do cenário estadual. “Temos 1.517 km de fronteira, sendo mil quilômetros de fronteira com o rio Paraguai e 517 quilômetros de fronteira seca. Precisa de ação integrada com a polícia para acabar com o narcotráfico. Vemos um jogo de empurra da União para o governo do estadual e vice e versa”, declarou.

Caso eleito, Danieze vai unificar todas as polícias. “Polícia Militar, Polícia Federal, Departamento de Operações de Fronteira, Polícia Rodoviária Federal, e o Comando Militar do Oeste. Não adianta colocar um policial a cada 100 metros na fronteira”, citou.

Ele pretende investir em tecnologia também. “É preciso de tecnologia, usar drones, satélites, aplicativo para fazer denúncia preservando o anonimato para quem denuncia. Somos corredor do narcotráfico, o estado não tem interesse de acabar com isso, é preciso acabar com essa situação que gera insegurança pública”. 

Com relação à Saúde, ao contrário de outros candidatos que falam em regionalização, ele pretende municipalizar. “Temos 60 municípios com menos de 50 mil habitantes. Vários deles carecem de leitos e de médicos”.

O candidato lembrou que o governo estadual tem obrigação por lei de investir 12% do orçamento em saúde pública. “Só que o dinheiro gasto na folha de pagamento de servidores é bem maior do que o investido na saúde”.

Para a questão, se for eleito, Danieze falou como vai municipalizar a saúde. “Os municípios vão disponibilizar a estrutura física e o governo vai dar os equipamentos, isso é possível sim. O Estado tem dinheiro para isso. As pessoas vão parar de pegar uma van e se deslocar para cidade média para conseguir atendimento”.

RODADA DE ENTREVISTAS
Começou há uma semana a Rodada de Entrevistas do Correio do Estado com os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul. Tudo é publicado nas redes sociais (Youtube - correioestado, Facebook - @correiodoestado e Instagram @correioestado), em parceria com a Rádio Mega 94 (Facebook - @mega94fm).

As entrevistas tem 40 minutos cronometrados de forma corrida e sem intervalos. O candidato terá direito a uma apresentação de um minuto e, em seguida, responderá a 12 perguntas, sendo seis delas consideradas livres, baseadas em reportagens sobre Mato Grosso do Sul já publicadas pelo Correio do Estado; quatro baseadas no plano de governo do candidato; e duas encaminhadas por internautas, que serão selecionadas por sorteio.

A iniciativa tem objetivo de atender ao interesse da população em conhecer melhor cada plano de governo, atuando na interlocução de eleitores e representantes das coligações partidárias.

Com a proposta da Rodada de Entrevistas, a equipe jornalística do Correio do Estado convida os leitores e internautas a participarem pelo e-mail: [email protected] ou no WhatsApp: (67) 9-9922-6705, com o assunto: "Pergunte aos Candidatos ao Governo do Estado".

As perguntas podem ser enviadas pelas redes sociais do Correio do Estado, pelo Facebook e Instagram (@CorreiodoEstado). Elas deverão conter o nome do leitor e para qual candidato o questionamento será feito. É importante destacar que textos contendo qualquer tipo de ofensas serão excluídos.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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