A suspeita de que a JBS está “enganando o governo” para os irmãos Joesley e Wesley Batista ganharem muito dinheiro em Mato Grosso do Sul com a apresentação de documentos fraudulentos, como forma de comprovar o cumprimento dos termos de acordos sobre incentivos fiscais, está no foco da CPI da JBS, constituída pela Assembleia Legislativa.
Outro alvo das investigações será a emissão de notas frias pela empresa para mascarar investimentos “fantasmas” no Estado a fim de garantir os privilégios da renúncia fiscal, bem como pagamentos de propinas por meio de caixa 2 a políticos e operadores.
Para verificar a “enganação”, os deputados da CPI vão aos frigoríficos da JBS para confrontar as notas dos bens adquiridos.
O propósito é saber se os investimentos previstos nos acordos são reais ou apenas fictícios. A consequência desta “enganação” ao Estado, alertou o presidente da CPI da JBS, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, será o cancelamento de todos os benefícios fiscais concedidos pelo governo de Mato Grosso do Sul e o ressarcimento do dinheiro da concessão dos benefícios.
O secretário estadual de Fazenda, Márcio Monteiro já determinou auditoria na JBS para verificar a confirmação da delação premiada do procurador da empresa, Valdir Aparecido Boni, à força-tarefa da Lava Jato, sobre o não cumprimento dos termos de acordos da concessão dos incentivos fiscais firmados entre 2011 e 2016.
*Leia reportagem, de Adilson Trindade, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.