Todos os convocados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para prestar depoimentos hoje (31) na sede da Justiça Federal, em Curitiba, ficaram em silêncio e não responderam a nenhuma pergunta dos deputados. Os advogados dos depoentes já haviam antecipado que os clientes deles ficariam calados. Mesmo assim, a CPI manteve a viagem à capital paranaense.
Esta é a segunda vez que a CPI da Petrobras da Câmara dos Deputados viaja a Curitiba para tentar ouvir pessoas que, segundo o Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, têm envolvimento no esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. Em maio, apenas a doleira Nelma Kodama respondeu a perguntas dos membros da comissão.
Segundo o cronograma da CPI, 13 pessoas vão prestar depoimento à comissão e participar de acareações até a próxima quinta-feira (3). O primeiro a ficar em silêncio diante da CPI foi o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso na 17ª fase da Lava Jato. O segundo depoente que seria ouvido era o representante no Brasil da empresa italiana Saipem João Antonio Bernardi Filho, que também ficou calado.
Depois, ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, o presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e o executivo da construtora Elton Negrão de Azevedo também não responderam a nenhuma pergunta.